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terça-feira, junho 30, 2009

Sócrates e os brinquedos eléctricos

Sócrates deve ter tido poucos brinquedos em menino. Adora aviões, aeroportos, TGV`s e agora carros eléctricos. É giro isto: construíram uma rede de auto-estradas bestiais para andarmos a 250 à hora, marimbaram-se na qualidade dos transportes suburbanos e na sua interligação, destruíram as linhas tradicionais de comboio, não compraram um único carro hibrído, ou a GPL, para a frota do Estado, não conseguiram uma legislação para tornar os táxis em Lisboa menos poluentes, os autocarros e os carros da câmara, mas ontem descobriu a electricidade (em pó?) para os carros dos contribuintes.

As fábricas ainda não atinaram num sistema standard de motores e abastecimento, mas Sócrates já avançou com uma rede de abastecimento. Não é que a ideia até não possa ser interessante, eu questiono é a prioridade. Nenhum país anda a pensar nisto e nós, os do fim da tabela europeia, já sonhamos em andar com uns carrecos de golfe com carroçaria de carros de família.

Os ingénuos ficam felizes e lá vamos nós pagar mais uns brinquedos que ainda não existem e cuja história verde está mal contada.

Por exemplo aquele aborto sobre rodas, o Toyota Primus, polui mais toda a vida devido às baterias não recicláveis que traz do que se andasse a gasolina daquela da boa com chumbo. Só o fabrico das baterias e o seu transporte à volta do mundo é uma calamidade em CO2. Mas como é eléctrico...é fixe. Embora o Francisco Louçã ainda não tenha um.

Sócrates, que anda num Phantom V12 todos os dias, e que polui tanto como um TIR, está encantado com o power da electricidade. É chique, sem dúvida, e politicamente correcto. Mas nada passará de mais marketing.

Era de bom senso perceber-se que quem menos polui são os carros. Se pensarmos nos veículos pesados, aviões, centrais térmicas...é fazer as contas.

Não julguem que sou contra os carros eléctricos. O meu próximo Smart será eléctrico.

2 comentários:

  1. Vejam o meu mais recente artigo acerca das novas patranhas do Ministro Mário Lino e do Ministério das Obras Públicas no blogue O Flamingo.

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  2. Os trabalhadores da Autoeuropa não vergam perante nada. Vejam o artigo no blogue O Flamingo.

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