A Câmara de Abrantes decidiu construir um paralelípipedo no centro histórico. Uma obra intelectual, imponente, polémica, horrenda, mas como tem a assinatura do arquitecto Carrilho da Graça, a coisa está assegurada. É cultura, meus!
O crime foi-me dado a conhecer pelo blogue Animo do meu querido amigo António Colaço. E depois de ver a estupidez não queria acreditar.
Entretanto li não sei onde, o meu colega arquitecto a justificar por palavras o que a vista não consegue digerir. É um argumento, ou uma ferramenta, que os artistas costumam usar quando o que desenham é uma bosta. Já vi paginadores de jornais (que não são sequer artistas nem jornalistas) a justificarem com teorias delirantes o facto óbvio de a paginação de uma reportagem estar uma simples...merda. Julgam sempre que uma tretas podem salvar uma solução de jerico, desde que falem baixo, pausadamente.
Estou-me nas tintas para o meu colega Carrilho da Graça e para os seus prémios. Até gosto de peças suas, embora ache sempre que são mais esculturas para o utilizador servir, do que para servirem o utilizador. O pior que a arquitectura pode ter é esse conceito do bonitinho e do artístico. O sonho tem de vir depois da função. E é a função que "genializa" a forma. Se é funcional é bonito, se é bonito pode ser uma inutilidade e o tempo se encarregará de liquidar a proeza.
Não percebo porque tem Abrantes de levar com um caixote para a vida e não percebo que direito tem um arquitecto de incomodar toda uma população com ruído visual. Não percebo. Mas Carrilho dirá de sua graça com mais uma tirada teórica. Faz-me lembrar o arquitecto Braizinha que tive no último ano de arquitectura. Desprovido de talento, passava as aulas a gabar as virtudes dos bairros clandestinos à volta de Lisboa, enquanto ia citando umas frases de algibeira. Eles intelectualizam nós temos de levar com os mastodontes.
Há uma vivenda no Porto desenhada pelo Siza que eu costumava dizer que parecia um posto de transformação (eléctrico).
ResponderEliminarAmigos meus arq.tos nao comentavam, provavelmente por delicadeza.
Hoje adoro aquela vivenda, percebo porque está desenhada daquela forma, admiro a simplicidade das suas linhas e a riqueza dos espaços que proporciona. Das obras daquele género é das mais carismáticas do Siza.
Há pessoas que andam à frente...
Olhe, eu gosto, até porque já estou HABITUADO AOS SILOS DE CEREAIS EM ALJUSTREL,FERREIRA DO ALENTEJO,ETC...HÁ PESSOAS QUE "REALMENTE" OLHAM
ResponderEliminarE TAMBEM "ANDAM" PRÁ FRENTEX...SÓ GOISTAVA QUE
O IMBECIL " QUE TANTO ADORA AS "FORMAS" E AS "LINHAS", QUANDO FOSSE ABRIR A JANELA DO QUARTO OU SALA DA SUA CASINHA, LEVASSE COM UM
" MURO DE BETÂO" NAS VENTAS,TALVEZ AÍ TIVESSE A "RIQUEZA DOS ESPAÇOS",E DEPOIS APROVEITAR, E AGRADEÇER AO "ARTISTA CARISMÁTICO".DASS!!!
L.R.
OS SEUS COMENTÁRIOS, VINDOS DE UM ARQUITECTO, MOSTRAM QUE NÃO CONHECE A ESCALA DO PROJECTO, E QUE BASTA ALGUÉM LHE FAZER UMA FOTO-MONTAGEM PARA ACREDITAR NELA SE SERVIR PARA DESCARREGAR A SUA BÍLIS NO LAUREADO COM O PRÉMIO PESSOA. SOMOS UM PAÍS PEQUENO, MAS NÃO HAVIA NECESSIDADE DE TAMBÉM SERMOS TÃO IGNORANTES E MESQUINHOS.
ResponderEliminarIgnorante é o seu comentário que demonstra não conhecer o projecto em causa. Pois esta montagem não representa a verdadeira escala da torre.Na realidade é ainda mais assustador.A montagem foi feita por Arquitecto formado nos E.U.A. com curriculo superior ao seu! Concerteza que não leu tambem, a justificação dada pelo juri ao prémio Pessoa 2008. Uma bílis tal como o senhor.
ResponderEliminarMiguel S.Tavares
Este Carrilho da desGRAÇA, foi corrido de Montemôr-o-Novo, de Lisboa (margem sul) e agora corrido foi de Abrantes, onde já chupou 800.000 eurinhos aos nossos bolsos. Os técnicos de Abrantes são incompetentes e queriam destruir o que resta do Convento classificado.Ignorantes e por este acto deveriam ser despedidos, por crime contra o Património.
ResponderEliminarLeiam o estudo do B.Pereira, que levou as tábuas DO RETÁBULO que faltam em Santa Maria do CASTELO. Pretende demolir parte do edificio e pilhar as igrejas locais para sacar as imagens conventuais!!! E o Pina (Vice-Presidente da Camara) ainda concorda com isto.Eu que pensava que eram só antigos seminaristas e sedutoras pegaxas de padres...
As revelações sobre o este Museu sucedem-se agora são os ajustes directos para despesas relacionadas com as "antevisões do MIAA" que já vão em mais de 130 000 euros!!!!!!!!!! vale a pena ir visitar o site da Administração Pública e confirmar...
ResponderEliminarhttp://209.85.229.132/search?q=cache:ES_braj4nH0J:transparencia-pt.org/%3Fsearch_str%3Dnif:502661038+museu+ib%C3%A9rico+de+arqueologia&cd=72&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt&lr=lang_pt
aNTONIO cASTELBRANCO
que cambada de punheteiros!!!
ResponderEliminarEste edificio e Belo!
Mais uma adjudicacao directa de um edificio publico.
ResponderEliminarIndecente, diria ate, se me permitem, Nojento.
Nao da vontade de trabalhar neste P(p)ais.
Basta ver o projecto (disponível na página da CM) para ver que essa fotomontagem é completamente rídicula e exagerada, quase tanto como os que a fizeram, ou mandaram fazer... O menir do Carrilho faz-me lembrar as Torres das Amoreiras do Taveira, egocêntricas, ''EU ESTOU AQUI'', se na altura se dizia que eram uma arquitectura super à frente, contemporânea ou até futurista e que dentro de poucos anos se iria confundir com a paisagem, enganaram-se. Cada vez que olho para as Amoreiras dá-me um arrepio na espinha e infelizmente acho que me vai acontecer o mesmo em Abrantes. Onde está o Carrilho que integra a paisagem? Que respeita acima de tudo as pré-existências? Desse eu gosto.
ResponderEliminarOutra coisa que me faz um bocado de confusão, são as polémicas entre o Arqº Castelo Branco e o Obélix. Com todo o respeito que tenho para com o Arqº Castelo Branco, mas porque raio é que agora anda por aí a choramingar, a fazer beicinho, a cair no ridiculo e a infernizar a vida aos outros só porque não ficou com o projecto? Mas porque haveria de ficar o Arqº Castelo Branco com o projecto? Reconheço a sua obra e a importante intervenção que tem tido no desenvolvimento da Cidade, mas porquê o Sr? Eu também sou Abrantino, também sou Arquitecto e também gostaria imenso de ter dado a minha opinião, não me deram essa hipótese, azarinho. De qualquer maneira um projecto desta importância deveria ter ido a concurso público, nunca por adjudicação directa, nem ao Obélix, nem ao Castelo Branco.
Não desgosto de tudo quanto é Carrilho da Graça, mas...
ResponderEliminarFui muito amigo de seu pai, que como bom pai arranjou bons projectos para o filho.
O Engº Carrilho da Graça era director das Obras Publicas em Portalegre e a partir de dado momento, quando o seu filho ficou arquitecto, vários presidentes de Câmara na região passaram a contratar os seu serviços, pois os processos dele andavam mais depressa e o dinheiro vinha mais célere.
Foi assim que ganhou rios de dinehrio em avenças nalgmas câmaras e fez alguns projectos, alguns uma autêntica merda, como um quartel de bombeiros que nunca serviu para quartel de bombeiros, uma bairro que continua a ser uma porcaria a que na terra chamavam de talho, ou a remodelação de um edificio de câmara que ficou completamente adulterado.
Ganhou fama o senhor, com quem aliás me dou bem, e fez o edifício da segurança social em Portalegre que é mais uma coisa esquisita, e até fez recentemente a Igreja de Santo António em Portalegre que é uma coisa sem escala, disparatada, mas que tem uma traseira de altar bem bonita e muito bem aproveitada. Quanto ao resta é uma autêntica porcaria; basta dizer que tem um centro infantil integrado mas as casas de banho são noutro andar; que as portas são pretas viradas a poente no Alentejo, que o átrio é de uma areia xpto porque sim e os tapetes a seguir são pretos.
É falar com quem lá trabalha que esses explicam.
De Abrantes conheço o que tenho visto e naturalmente que o projecto se me afigura uma completa cagada.
Conheço o senhor bastante bem, a sua prosápia e altivez, a sua auto-importância e a sua falta de humildade. Ele está ali para marcar que é ele, e ele é o maior.
Por isso, ou estoiram com a coisa enquanto é tempo ou vão mesmo ter de gramar com o mamarracho.
Evocar o nome do Engº Carrilho da Graça e compadrios ("com quem aliás me dou bem") e utilizar isso nao lhe fica bem, e' pobre, mesquinho...e ja' que conhece tao bem a familia pode dizer-me o seu nome sff...talvez me conheca. Subscrevo inteiramente o comentario anterior que diz:
ResponderEliminar"SOMOS UM PAÍS PEQUENO, MAS NÃO HAVIA NECESSIDADE DE TAMBÉM SERMOS TÃO IGNORANTES E MESQUINHOS." Cumprimentos
Coitado do Braizinha: rebentou-lhe hoje um caixote, em Algés!
ResponderEliminarEste blog é de um arquitecto ou de um arroaçeiro?
ResponderEliminarA ordem deveria levantar-lhe um processo disciplinar por difamação.