Quem anda por Lisboa e aqui aterrou de pára-quedas em pleno Chiado, não encontra sinais de recessão, crise ou depressão. Ali, a cidade vibra, movimenta-se, está cheia de energia. Há gente gira, muito gira, a passear Rua do Carmo acima, Rua Garrett abaixo, as lojas estão cheias, há muita malta nova a conversar, outros à espera de encontros marcados, há gente antiga a viver o Sol da Primavera, há sons, e um cheiro que não se identifica mas que parece ser o cheiro de Lisboa.
Ao fim da tarde as esplanadas no cimo dos hóteis de charme estão cheias de estrangeiros e de casais furtivos, de negócios e encontros acompanhados a bebidas frescas...
Na verdade nem todas as crises se reflectem nas ruas, o que é aliciante para fotógrafos e outros voyeurs. Mas descendo o Bairro da Bica, andando pela Rua de S. Paulo, passando o Texas Bar e subindo a Rua do Alecrim, tudo é abandono, decadência, ruína, numa cidade que envelheceu mal e que ninguém liga, começando pelos senhores presidentes de câmara, depois do curto mandato de João Soares.
Amanhã a Virgem vem a Lisboa, é melhor rezarmos a ela pela cidade.
Pois é, o chiado está bem agradável e isso deve-se em grande parte ao ter-se retirado a maior parte do trânsito destas ruas. não é absolutamente proibido passar ali de carro mas é apenas um mínimo. é que já vi aqui muitos posts a criticar as limitações ao trânsito e aos adorados carros. é preciso ser coerente e perceber o que é acessório(os carros) do essêncial (a qualidade de vida para as Pessoas), né?...
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