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quarta-feira, maio 13, 2009

Jardim de braços abertos à espera de Sócrates

O senhor Pinto de Sousa vai ser recebido na Madeira por Alberto João Jardim de...braços abertos. Segue-se o Sr. Silva.

O encanto de Jardim não se explica. Só naquela base: quanto mais me insultas mais gosto de ti. Até Jaime Gama que num momento de raro humor e delírio chamou ao chefe da Madeira " O Bokassa do Atlântico" acabou por cair nos braços do pândego com direito a discurso elogioso não só ao personagem como à sua obra.

Percebe-se que assuntos de Estado são assuntos de Estado. E que as instituições ficam e os protagonistas passam. Jardim não é de desprezar. Se não fosse competente (no que quiserem considerar) nunca estaria há um quarto de século à frente de uma ilha, com resultados sociais visíveis e irrefutáveis. Mesmo esse negócio de corrupção ( desculpem o brasileirismo) acaba por nunca dar em nada. Na verdade, quantos tipos foram julgados e condenados na Madeira por corrupção? Não me lembro de nenhum. Há menos corrupção na Madeira por cidadão quadrado (!) do que no Continente. Verdade?

Sócrates ao ir à Madeira pratica um acto de coragem e vai permitir caçar uns bons votos na ilha. Se chegar a um acordo razoável sobre os fundos( se é que não chegou já) Jardim estará com ele, ou no mínimo não estará contra ele.

E se Sócrates trata Hugo Chavez por tu, Kadafi por irmão (imaginemos) e Durão por Pá, porque não tratar Jardim por camarada?

Com tanta amizade ainda vamos ver Sócrates a fumar um daqueles charutos cubanos com cinta timbrada AJJ, deliciosos- pelo menos o que Alberto João me deu um dia era fantástico- e a voltar ao tabaco. E por lá pode fumar à vontade, Jardim meteu a ASAE no bolso.

Sócrates chega assim á Madeira, a partir dali é sempre de vento em popa.

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