O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou "arrepiantes" as recentes notícias sobre práticas de gestão fraudulenta no Banco Privado Português (BPP) e no Banco Português de Negócios (BPN) e pediu rapidez à autoridades judiciais na perseguição dos criminosos.
As palavras do chefe do Governo foram proferidas no final do debate quinzenal, na Assembleia da República.
Questionado sobre se já recebeu o parecer do Banco de Portugal sobre o BPP e se o Governo vai garantir os produtos de retorno absoluto, Sócrates disse apenas que esse relatório foi entregue "hoje mesmo" ao ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos.
"O que o Governo deve fazer, desde já, é estudar esse relatório do Banco de Portugal. Depois decidiremos em função do interesse geral, da defesa dos depositantes e dos interesses da estabilização do sistema financeiro", respondeu.
Porém, o primeiro-ministro frisou depois que "aquilo que diz respeito a gestões com índices de fraude, quer no BPN, quer no BPP, isso fez mal à economia portuguesa, prejudicou muita gente e afectou a credibilidade dos bancos".
"Espero que as nossas instituições judiciais persigam os responsáveis por esse tipo de práticas. As notícias são absolutamente arrepiantes no que diz respeito a empresas fictícias", apontou Sócrates.
Ainda neste contexto, o primeiro-ministro declarou que o que tem vindo a público sobre indícios de gestão fraudulenta "é muito preocupante".
"As nossas instituições judiciais têm o dever de rapidamente perseguirem e punirem aqueles que abusaram da boa-fé das pessoas e, inclusivamente, das pessoas que julgavam que tinham um depósito podendo não o ter na realidade", insistiu o primeiro-ministro.
No entanto, de acordo com José Sócrates, o sistema financeiro português "está agora mais forte do que há meses atrás, o mesmo acontecendo com o sistema financeiro internacional"./ LUSA
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