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quinta-feira, abril 16, 2009

Escondam a conta vem aí o PS e o BE espiolhar

Não tenho contas chorudas e a partir deste mês, dadas as circunstâncias da crise, até vou ver abater o meu rendimento fixo. Portanto: podem vasculhar as minhas contas, o meu património enferrujado, podem atirar-me um holofote à cara, embrulharem-me a cara num lençol molhado e um tipo da DGCE ou da ASAE gritar para eu confessar onde arranjei guito para almoçar de pé no balcão da cervejaria, ou como me atrevo a tirar o Porsche da garagem ao sábado de manhã. Eu sou um teso. Não há nada a fazer, embora pague uma pipa em impostos do meu trabalho.

Mas se fosse muito rico, ou rico mesmo, e se corresse o risco de um qualquer invejoso, ou inimigo, ou afim, poder despoletar uma devassa nas minhas contas bancárias, eu mesmo sabendo que nada tinha a temer, tendo a consciência tranquila, pegava no meu dinheiro e punha-o a milhas. Há limites para o decoro e direitos para a intimidade dos cidadãos.
O que o PS vai aprovar hoje na AR, com medo do BE, e para agradar aos votantes esquerdalhos, é uma vergonha, um atentado aos princípios básicos de um Estado de direito e democrático.

Está aberta a caça às bruxas, passamos a viver num regime tipo medieval: quem é acusado tem de provar a inocência e não o contrário. É anti-constitucional, espero que Cavaco não deixe passar mais esta manobra de diversão do camarada Sócrates.
Não tem de haver leis de excepção no pais, nem tribunais plenários. As leis que temos são suficientes para combater a corrupção. Assim funcionassem os tribunais e toda a cadeia da justiça com a eficácia exigida. Aí sim havia justiça. E se o Banco de Portugal tivesse feito o trabalho de casa também não teria havido as broncas dos BPN e BPP desta vida que houve. certo?

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Parcialmente de acordo!Quanto ao sre Silva.... espere sentado,ok?

    L.R.

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  3. totalmente em desacordo

    caro luis, correndo o risco de ser demasiado simplista e generalista:
    quem nao deve nao teme, e para grandes males grandes remédios

    estamos todos fartos de uma justiça que nao funciona e que protege demasiado os arguidos, de uma forma escandalosa e incompreensivel, comprometendo recorrentemente o objectivo, fazer justiça

    em termos de funcionamento do sistema judicial a nossa preocupação principal nao pode ser, como parece ser, a garantia que o arguido nao é culpado sendo inocente
    isso é certamente uma preocupação (importante) a ter em conta, mas nao pode de forma alguma ser a principal
    a principal deve ser, tem que ser, a descoberta da verdade

    senao caímos em situações absolutamente ridículas como a que ainda ha pouco assistimos da procuradora do caso freeport, que acerca do DVD onde um dos intervenientes descreve todo o modus operandis, e quando a jornalista lhe perguntava se ja tinha visto o DVD, respondia: "Nem vi nem quero ver. Como nao pode ser usado como prova, pode-me influenciar a investigação"

    além do mais, o sigilo bancário em portugal é arcaico, bacoco mesmo

    haja coragem de mudar. Se no futuro forem necessários ajustes, cá estaremos para os fazer. Agora o dolce fare niente nao é opcao

    rui

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  4. Vendo estes comentários todos temo vir a colocar uma opinião que não vai em nenhum dos sentidos até agora aqui vislumbrados.

    Eu tenho uma visão talvez diferente do assunto e, de acordo com o que vejo opinado nos meios de comunicação, algo polémica, devido a nunca ter visto referido em lado nenhum: a maior indecência está em ser rico ou em ser pobre?

    Na minha humilde opinião, acho que estamos a caminhar exactamente no sentido inverso desta questão. Pelo que entendi, temos de acabar com os ricos e manter os pobres (e se possível acentuá-los)... percebi bem?

    Ora a minha visão vai em outro sentido: porque não manter os ricos e acabar com os pobres? Polémica esta opinião, hem? Pois é... o facto é que mantendo os ricos temos postos de trabalho e afins e mantendo os pobres temos o quê? Contestação social nas ruas, problemas sociais a resolver, etc, etc, etc.

    Eu afirmo... mantenham os ricos e tentem (através de diversas medidas) transformar os pobres em ricos (ou pelo menos puxá-los mais para a classe média), de modo a dar bem estar a todos os cidadãos deste país... só desse modo se acaba com os problemas sociais básicos (e talvez se arranjem outros, eu sei, derivados das necessidades básicas estarem preenchidas).

    Mas talvez uma medida destas seria malvista pelos actuais ricos que perderiam o seu "status-quo" e relativa "notoriedade", relegando-os para segundo plano... e isso não era nada bom para quem passou anos nas luzes da ribalta.

    Bom foi apenas a opinião de alguém que não percebe estes jogos de poder sem se pensar no que mais interessa: o bem estar da população desta bela nação.

    Abraço deste novo seguidor.

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