A minha primeira reportagem para o Primeiro de Janeiro, em 1978, foi em Tróia com o saudoso Neves de Sousa. Viajámos até lá no meu Citroen Dyane, também ia o Vítor Carvalho (que é feito de ti ?) e encontrámos um pequeno mundo turístico, abandonado, como se fosse uma daquelas estâncias decadentes dos países de Leste. E era. O Partido Comunista tinha ocupado aquilo com o 25 A, os camaradas encarregaram-se depois de levar aquilo ao grau de total destruição. Aquilo que era uma das iniciativas do marcelismo para relançar o turismo em moldes internacionais, estava falido.
Hoje regressei a Tróia, onde já não ia há dois ou três anos. Está tudo diferente. Depois da destruição à bomba das torres, a Sonae desenvolveu ali um projecto urbanístico de qualidade. Fiquei francamente admirado. É destes projectos que Portugal precisa: coisas bem pensadas, bem feitas, que possam atrair a classe média para que se produza riqueza e aconteça desenvolvimento.
A paisagem local é deslumbrante, e tudo à volta melhorou, mantendo-se as tradições locais, da arquitectura, à gastronomia, à cultura da terra. As praias acessíveis, com estacionamento e bons restaurantes. Boa aposta.
Atrair a classe... média????
ResponderEliminarpelo preço dos apartamentos e devido ao "inocente" desvio dos ferry-boats o que mais parece é que tentam atrair a classe alta e expulsar a classe média de Troia.
ResponderEliminarTurismo de qualidade tenho a certeza que não é... Destruiram a natureza para no fim ficarmos no mesmo! Até a cafetaria junto à praia era melhor antigamente, e mais acessível! Comércio também não existe e a restauração confinada aos hóteis... em Portugal é assim.
ResponderEliminar