Há duas figuras políticas cujo branqueamento decorreu esta semana na maior das tranquilidades, na maior da lata. José Eduardo dos Santos e José Sócrates, puseram a imprensa, os fazedores de opinião, muitos políticos, a dizerem que afinal eles são uns políticos com qualidades notáveis e que os opositores não passam de forças negras.
Um é ditador há 30 anos mas, segundo o meu amigo Manuel Alegre, o Afonso Henriques também foi, ou citando Jorge Coelho " há corrupção em Angola mas em Portugal também". Portanto: siga a banda. Angola é uma esperança e um belo país e uma terra prometida. Percebe-se que ninguém queira ver o seu visto negado quando um destes dias quiser ir a Angola. Aliás, os vistos que os portugueses nunca conseguem não são negados, simplesmente retardados ao ponto de a viagem já não fazer sentido. Fala a experiência.
Sócrates desapareceu da bagunçada Freeport, aliás é um tema que morreu na imprensa.E aí está a ser gabado pelos seus 4 anos de ataques à classe média e justificado o seu fracasso governamental em todas as frentes, pela crise global, pela impaciência dos sindicatos, pelos mal dizentes habituais. Quem escrevia ontem contra ele, hoje já o perdoa, amanhã já o adolará.
É o líder político mais sortudo de sempre. O Poder verga os fracos, os necessitados, os que comem na manjedoura do orçamento, os pedinchas de fraque.
Eduardo dos Santos é a última esperança para um Portugal sem mercados internacionais. Empresários, técnicos, trolhas e outros, na hora de precisarem, prescindem da memória, aceitam as condições draconianas que Angola impõe nos negócios. Cede-se em princípios o que se ganha em valores materiais.
Sócrates, por cá, é aquele que ainda pode dar uma ajudinha para muitos que, na hora da crise, ainda esperam do Estado uma mão amiga, uma ajuda. A salvação. Já não é o mercado a funcionar, o pagamento do utilizador-pagador: os neo-liberais renderam-se ao socialismo, depois de terem delapidado heranças e mais-valias do trabalho (dos outros) em casinos. Os democratas, cansaram-se da luta, ficaram com Parkinson virtual e entregaram-se à ditadura da política real, dando razão aos renegados revisionistas.
Esta é verdadeira crise: a dos valores políticos, éticos e morais.
Gosto da tua eficácia, e da tua memória.
ResponderEliminarJB
... e do pragmatismo.
ResponderEliminarAmigo Luiz:
ResponderEliminarNa "mouche"!
Mas não é PRECINDEM mas PRESCINDEM. Corrija,antes que haja comentários inapropriados!
Depois apague este comentário, p.f.
Um abraço!
comentários inapropriados? :)
ResponderEliminarisso parece-me um bocado mania da perseguição
Pois ainda hoje cismo:afinal o GAJO CONHECEU O PEDRO?SE O VIR NA RUA LEMBRAR-SE-Á DA CARINHA DO PEDRO?EU SEI QUE ELE NÃO SE LEMBRA DO SEU PRFESSOR NA "INDEPENDENTE"!!PORTANTO TUDO MUITO NATURAL...NUM ESQUIZÓFRÉNICO.L. R.
ResponderEliminarFotos e textos, tudo vou devorando neste blogue. Tem qualidade, tem oportunidade e tem verdade.
ResponderEliminarHoje esqueci o Mário Crespo mais os "seus" economistas e fiscalistas e optei dor uma digestão suave. Sem Sócrates, sem governo nem oposição.
Estava tudo a correr bem, até que cheguei a post sobre Angola.
Mais uma vez, tive vontade de disparar: o que conheces de Angola?
E o que quer que conheças, é passado a não ser que estejas aqui, agora.
O que escreveste sobre Angola, ao contrário de tudo o que vais registando, não passa de frases vulgares e observações tendenciosas.
Angola é muito mais do que isso. Esta sociedade multiracial e pluri-cultural deve ser apontado como exemplo, em vez de ser apresentada.
Sou português e passei a ser um homem livre. Não, não foi no 25 de Abril, foi quando me mudei para aqui.
Há problemas por resolver? Claro que sim. Falta saúde e educação? Eu sei. Mas reconstruiu-se um país em 8 anos.
Por favor, quando voltares a escrever sobre Angola, tenta ser justo.