Quando os putos do Google atingiram o ponto F da Fama, reuniram-se e um deles avisou:"não vamos cair na tentação de irmos a correr comprar Mercedes CLK!". Parece que os pequenos genios andam de forte e feio: Toyota. É uma espécie de auto-flagelação, um exercício de auto-controle.
Ontem numa agradável reunião em que estive com quatro empresários portugueses, daqueles que são mesmo úteis ao país, um deles destoava pela descontracção informal. Apareceu de mochila e ténis, garrafa de água na mão para manter uma dieta draconiana. Ao princípio pensei que fosse um técnico da TvCabo, por exemplo. Logo percebi que era um dos empresários e logo relacionei o seu nome à sua fortuna. Uma personalidade viva, extrovertida, de permanente sentido de humor, brincando com o seu próprio sucesso, nunca se levando demasiado a sério.
Os outros revelaram-se de uma acessibilidade natural, modestos, sem a arrogância dos novos-ricos, ou daqueles que vindo do nada se tornaram numas barrigas com rei.
Uma elite que pensa no país e que tem uma consciência política e social muito coerente sobre a actual situação.No final do encontro fiquei a pensar que há dois tipos de empresários de quem devemos gostar. Uns são de uma geração respeitável, e que vão sobreviver à crise porque o seu negócio não é a especulação bolsista, é a produção. Os outros são a geração que usou a net como sede do negócio e que encaram as empresas como algo vivo, dinâmico, onde o risco, a imaginação e a irreverência são a moeda forte.
Ainda estou a ver o jovem empresário a descer ontem à noite a rua sozinho, mochila às costas, a pé. Um retrato impressionante.
É a diferença entre "produção" e "especulação".
ResponderEliminarHá quem se preocupe em acrescentar mais valias ao País e quem apenas faça a gestão de dinheiro, sem produzir absolutamente nada.
E desses há muitos por aí.