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sábado, outubro 25, 2008

Sócrates dá bi-entrevista multimédia

O DN que gosta mais de Sócrates do que macaco por quinto canal foi entrevistar o Primeiro a S. Bento. Levou duas câmarazecas de filmar a famelga, comandadas por dois operadores que puseram o entrevistado contra uma parede de pedra (a lareira?), meteram a cabeça do Primeiro a meio do enquadramento e cortada, filmaram-no de lado com o olhar a fugir para as traseiras, e editaram os dois planos com saltos que fazia aquilo parecer um filme do tempo do mudo.
A estreia do DN no conceito multimédia começa com tiques de amadorismo (a Câmara tremia no tripé desconjuntado, havia fantasmas a entrar no enquadramento) e parece um mau presságio para quem quer ter um canal alternativo aos existentes. Mesmo como sopa de feijão a experiência deu um sinal péssimo.
Num plano de corte à la TVI via-se João Marcelino no seu papel de indefectível socialista. O tom de Sócrates em mangas de camisa com uma voz colocada à Hugo Chavez, transmitia a ideia propagandística que as obras públicas têm de avançar a todo o TGV mesmo com a crise internacional dos créditos. Acho que foi nesta altura que a câmara ia caindo do tripé, ou por falta de aperto do parafuso ou porque quem estava atrás dela viu ali uma possibilidade de ir trabalhar para as obras.
Das declarações de Sócrates já todos estamos fartos e esclarecidos do resto percebemos que o amadorismo é o que vai dominando a prática do jornalismo. Voltámos ao tempo da pedra lascada.

7 comentários:

  1. Meu caro LC,
    Acho que cometeu um erro gravissimo ao esquecer-se das fotos.
    Intragaveis, vulgares, sem imaginação, etc....
    Digo isso porque tem que se verificar que o fotógrafo que as fez tem a categoria de Grande Reporter, basta ver na ficha tecnica do DN, e quem tem a categoria de grande reporter espera-se sempre mais, muito mais.

    Mas se calhar estou a ser injusto pois se o Marcelino é director do DN e nao tem categoria nem conhecimento, não se pode ficar chocado com a categoria de Grande Reporter, dada a um fotógrafo tão banal.
    Quanto ao multimedia nao podia estar mais de acordo.

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  2. O Marcelino , ex-record , é o pau mandado do Oliveira, mano do Oliveirinha, que desde o tempo que tinha um restaurante chunga até hoje, multiplicou o seu patrimonio milhares de vezes , mas ainda não arranjou dinheiro para colocar uns dentes novos, como é que pode investir em meios Multimédia ????

    O LC anda a criticar os jornalista que andam a ganhar o seu miserável pão e não critica os artistas graudos que à custa de promoverem bacanais e fruta a pontapés tornaram-se nos grandes empreendedores lusitanos que envergonham qualquer indigena em qualquer situação ! Porque será??? Talvez porque pensa que um dia pode precisar deles??? Custa-me um pouco a acreditar!

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  3. Quando li o 1 comentario a este post achei precipitado e de certo modo injusto, pois era apenas a 1ª primeira parte da entrevista, além de que se costuma dizer que o melhor está reservado paro o fim, mas.....

    Precisamente o contrario, se a 1ª parte estava fraca, entao a 2ª é de fugir, mais do mesmo. Como se pode admitir que uma entrevista a um primeiro ministro nao tem uma foto de pose, não tem um plano limpo sem microfones, sem quadros a entrar na cabeça, etc...

    pode ter fugido a muita gente, mas numa foto em que esta o entrevistado e os entrevistadores a passear pelo belo jardim, está um texto a explicar que entre as duas partes da entrevista houve um intervalo de 40 minutos, sim 40 Minutos. Das duas uma, ou o Marcelino venera tanto o Socrates que não o largou e não se fartou de apaparica-lo ou entao o fotografo não tem noção de imagem e do que tinha á sua frente.
    Ainda por cima, quando somos bombardeados com imagens e entrevistas aos candidatos aos EUA e em que vimos imagens fortes.
    Poderá dizer-se que são os EUA e eles têm noção de imagem. Sim é verdade mas o nosso Primeiro-Ministro também a tem, basta ver fotos que fotografos PORTUGUESES fizeram, exemplo: El Pais/Expresso, VISAO.

    Mas meus caros tudo isto é normal no reino do Marcelino e dos seus subitos (marcelinozinhos).
    Mas mais triste se fica quando se pensa nos fotografos que o DN tem e que fariam melhor, muito melhor.
    Mas se esse senhor é Grande Reporter, então eu quero ser Redactor Principal.

    Utilizando a expressão do LC, voltámos ou se calhar nunca saimos do Fotografo Lascado.

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  4. Só tenho a dizer que esta malta com os diálogos cibernéticos, esquece-se da realidade lá fora e da sua verdadeira incapacidade, ou por fraqueza, falta de coragem ou mesmo nulidade como pessoas, de falar frente a frente e de colocar na mesa os seus pontos de vista.
    Ao chapinhas " saiam de trás da camera e falem" aos Canetas " larguem o bloco e digam o que pensam"..vivem todos na sombra de alguém, cambada de mariconsos e gente se personalidade.

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  5. Pois é verdade Sr. Orlando Almeida, quase que juro que este é um comenário de defesa. Será um pouco complicado,quando os "grandes reporter" sentem-se superiores ao "chapinhas" e não aceitam qualquer comentário,quanto menos uma critica. As vezes é preciso falar com os colegas mais pequenos, mesmo em serviços de rua onde se encontram todos na mesma esquina,é preciso nem que veja dizer boa tarde.Quem será que vive mesmo na sombra?O Grande Reporter que não fala com ninguem e se acha superior, ou os chapinhas que andam na rua a todo o custo a fazer tudo o que seja possivel para ganhar a vida e até poder aprender coisas novas, nem que seja com uma simples fachada.Pensando assim será que vale a pena ser Grande Reporter???

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  6. Orlando Almeida, um senhor na fotografia e fora dela,alguém que não tem pudor de ensinar e passar aos outros o que sabe com humildade,sinto tristeza ao ver o que dizem por quem não conhecem, a todos que comentam evoluam como fotógrafos mas a cima de tudo como homens, assim tudo em Portugal e directamente na fotografia será melhor um dia para todos nós.

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  7. Entrei neste blog sem querer, e acho-o muito interessante.
    Não posso deixar de referir o seguinte: Assim se vê que esta classe, de união têm muito pouco ou nada, existe muito egoísmo, muita cobardia, e acima de tudo, uma grande falta de humildade. É pena, porque temos grandes valores na área da fotografia, sendo ela jornalistica ou não. É um problema de raiz, a inveja consome muita gente. Parabéns pelo blog.

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