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quinta-feira, julho 24, 2008

A distância de Maddie a Esmeralda

Hoje o pai afectivo de Esmeralda foi obrigado a pagar qualquer coisa como trinta e dois mil euros ao pai biológico da menina. O sargento-herói e sua mulher deram um lar, uma família, amor e futuro a uma criança que tinha a sina marcada perante um quadro familiar à nascença dramático. O pai biológico, que ao que consta nunca se interessara por ela, acabou por ter de recorrer a exames de ADN para poder provar que afinal era o pai natural. Todos sabemos desta triste história. Triste para uma criança que se viu envolvida numa disputa para a qual nunca contribuiu, e demasiado pesada para uma família que terá dado o melhor de si para proteger e amar uma criança desprotegida.
Esta família teve de pagar hoje essa avultada verba a um pai que era ao princípio um desconhecido. Valeu-lhes a solidariedade de pessoas como Felipe La Féria e José Cid que angariaram verbas em espectáculos para ajudarem a família, que viu as suas economias na falência e o seu equilíbrio afectado.

Do outro lado das notícias há um porta-voz ameaçador, de um casal que abandonou numa noite 3 crianças num quarto, de onde uma delas desapareceu e nem sequer foram chamados à responsabilidade por negligência na guarda dos filhos.

O que é isto ? É a justiça estúpido.

8 comentários:

  1. Olá Luiz.

    Embora me encontre de férias, arranjo sempre um tempinho para visitar o seu "quiosque".

    Na maioria das vezes, reconheço, somos como alma gémeas mas neste seu "escrito" não sou tão consonante.

    Sem me querer alongar até porque não tenho de momento muita disponibilidade, seria bom lembrá-lo da manigância da "adopção", embora reconheça que na actualidade e dado o tempo decorrido concorde que a situação da menina se deva manter como o decidido judicialmente.

    A ligação ao pai devem no entanto ser incentivada e teria sido dispensável da sua parte, penso eu, certas considerações de carácter demasiado subjectivo relativamente ao próprio como se de um ser desprezível se tratasse.

    Pai é pai e mesmo que no início tenha cometido o "pecado" da não assunção, pelo menos não andou fugido ou em atitudes de sequestro como ficou aliás provado na mesma instância que agora decidiu como decidiu.

    Cumprimentos.

    Camila

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  2. Caro Luiz, ao contrário da Camila, e com todo o respeito pela opinião dela, eu assino por baixo de tudo o que aqui dizes, sobre os pais da menina inglesa já dei a minha opinião em comentáro anterior, agora sobre a menina portuguêsa, quero dizer que, estou de alma e coração com os pais de AFECTO, a diferença entre eles e o dito pai natural é tão evidente que até uma criança nota, por falar em notas...(€€€€) só agora passaram para o bolso do Baltazar 32mil, e se calhar não fica por aqui... será que o que move esse "pai" é a luta por indeminizações ???, o pai de afecto lençou-lhe o repto, ao aconselhar o depósito desse dinheiro em nome da menina... veremos se ele o faz... talvez que a atitude que vier a ser tomada nos esclareça mais um pouco sobre a verdadeira face do "pai" Baltazar.
    Luíz, não tenho grande disponibilidade económica, mas estarei sempre pronto a ajudar alguém como este Sargento-Herói!
    Coloco desde já à disposição as minhas modestas Fotografias, para o caso de no futuro alguém tomar a iniciativa de reunir e leiloar peças com algum valôr a fim de realizar algum dinheiro para esse fim.
    Quero também dar um grande e fraternal abraço ao Sr LÁ FÉRIA, ao JOSÉ CID, à Dra MARIA BARROSO e a todos quantos, de uma forma ou de outra, se solidarizaram com esta FAMILIA DE AMOR.
    Gaspar de Jesus

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  3. Foi um misto de náusea e revolta o que senti com as declarações de clarence mitchell. Quase não queria acreditar no que os meus olhos e ouvidos estavam a ver e a ouvir. O homem que ganha milhões em comunicação, ontem fragilizou ...

    Ah se houvesse alguém que trouxesse a prova que falta para comprovar a verdade do livro publicado ontem. Meu Deus que bom que era !

    Fazia.se justiça quanto a quem fez mal a madeleine, e fazia-se justiça quanto ao Inspector Gonçalo.

    Eu acredito na convição deste homem.
    E acredito que o inspector só dormirá descansado no dia em que for descoberta a verdade.

    Este caso tem de ser deslindado.

    A bem da Justiça.
    A bem da PJ.
    A bem de Portugal.



    Mas principalmente por Madeleine .....

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  4. É justiça portuguesa concerteza!

    Pai é pai? Sem dúvida! Mas ser doador de espermatezóides não faz dele pai. Pai é quem cuida, quem dá afecto, amor, quem está presente para ajudar, acompanhar, não é quem põe a criança no mundo e vira as costas. Este senhor Baltazar não é pai e ainda estou para perceber quais as suas verdadeiras motivações...

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  5. Os Media têm um poder incrivel na lavagem cerebral desta malta toda !!!
    Então quer dizer que o que foi discutido e decidido em tribunal é tudo uma treta e que os valores outorgados e apelidados de morais é que conta e cada um faz a justiça à sua maneira e a nossa constituição que todos os representantes da nossa soberania promentem respeitar e honrar na hora de assumirem os cargos é tudo uma palhaçada!
    Que moralistas sois vós !
    Já viram se a vossa mãe, à revelia do vosso pai , vos vendesseis por meia dúzia de patacos a um casal infertil se calhar hoje seriam mais felizes, e não diziam tantos disparates !!!!
    Tenham dó!

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  6. Os que põem o Pai-Bom (o “sargento”) de um lado e o Pai-Mau (o Baltazar) do outro fazem um raciocínio redutor e simplista.

    É claro que Baltazar devia ter assumido a paternidade mais cedo, logo que teve notícia da “puta-brasileira” a quem fez um filho, e que devia ter respeitado uma cidadã brasileira, que é, a par da criança, um dos elos mais frágeis deste imbróglio.
    Mas também me parece óbvio que o sargento se tem portado mal nesta história, começando logo por uma forma não legal de adoptar a criança, e que ele sabia ser assim, e depois durante todo o tempo em que a furtou ao conhecimento do Pai-Mau.

    Agora, por culpa de adultos estúpidos, quem se trama é a criança, sendo óbvio que o Pai-Bom tem a obrigação de fazer tudo para que a criança um dia não o culpe de não ter conhecido o seu Pai-Mau, porque, mesmo sendo um Pai-Mau, isso não significa um processo automático de rejeição.

    Para não falar na Justiça que funcionou a duas velocidades.
    A alta velocidade para condenar o Pai-Mau por um crime que não cometeu, achando o sequestro uma condenação absurda, o que não quer dizer que não tenha praticado um crime ao “se apropriar” da criança, mas nunca o sequestro, e ainda mais absurda a indemnização dos 32.000,00€, que, espero, que o Pai-Mau faça como o Pai-Bom o desafiou, para que abra uma conta em nome da criança.
    A baixa velocidade porque a justiça só reconheceu os direitos o Pai-Bom quando o assunto passou a ter dimensão nos media, porque, me parece evidente, que se ao Pai-Bom fossem reconhecidos direitos, que, mal ou bem, passou a ter quando “subtraiu” a criança, as coisas não se complicassem tanto.

    Enfim, o que eu acho é que ambos, o Pai-Bom e o Pai-Mau, merecem dois valentes pares de estalos, e que a criança, um dia, saiba crescer para ser, ela própria a dar-lhos.

    JJ

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  7. Já vi por aqui muitas "palermices" - políticas diga-se, e com todo o respeito é claro - mas esta é uma das maiores verdades que já vi, li ou ouvi falar sobre qualquer um destes assuntos.
    E é engraçado reparar com esta verdade nos esmurraça na cara com tanta força. É pena que não faça ao mesmo a quem é realmente responsável.

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  8. Oh Luís, se a justiça funcionasse o caso desta miúda já teria sido resolvido há séculos. Se ela sobreviver a este pais e a este Estado sobreviverá a tudo...
    Quanto à Maddie, vai à Pastelaria ver a foto que eu lá "postei". Obscena.

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