Páginas

domingo, maio 04, 2008

As 6 perguntas sem resposta no caso Maddie

Clique aqui para ver infografia multimédia El Pais


O El Pais de hoje a propósito da passagem do primeiro ano sobre o desaparecimento de Maddie deixava 6 questões por responder em todos este atribulado processo. O facto das análises às substâncias encontradas no carro alugado pelo casal nunca terem sido conclusivas nem suficientemente explicadas, o silêncio dos amigos que naquela noite estavam com os pais ao ponto de quase não se saber quem são e só terem sido posteriormente ouvidos em Inglaterra pela PJ, o apoio político dado ao caso ao ponto de um porta voz do governo ter passado a ocupar-se do caso... há muitas pontas de fora em todos este processo.
Veja aqui o artigo do El Pais.

Contínuo a achar muito bizarro o comportamento do casal. Para mim é muito difícil de entender que uns pais a quem desaparece um filho possam fazer da dor um espectáculo mediático com entrevistas onde se confessam sentimentos e estados de alma, repetidos a televisões diferentes, em pools arranjadas e supervisionadas por um gestor de comunicação. É uma atitude inenarrável pois quem sofre precisa de silêncio e distância para gerir o sofrimento. Qualquer assessor de imagem sabe que não vão ser estas entrevistas que vão possibilitar o aparecimento da pequena Maddie. Então para quê o circo ? Só o entendo à luz de quem se quer defender, desviar atenções, fazer de vítima. Não há dúvida: tudo o que o casal tem feito tem sido para se defender, para se proteger. Porquê ? Não sei, ninguém sabe. E na verdade eles têm todo o direito a reivindicar inocência.

O senhor Procurador veio esta semana gabar as virtudes da PJ no caso e até o fez de uma forma caricata: vestido de escanção ! Acho que o nosso procurador anda a precisar também de um eficaz assessor de imagem. Há coisa que se não dizem em trajes menores, perdem a credibilidade. Todos estão contentes com o desenrolar do caso. Mas há quem ache que se devia ter ido por outros caminhos, mais eficazes e mais acutilantes. Pedir agora para o casal reconstituir a fatídica noite ? Porque não o fizeram há 1 ano ? E porque não os acusaram de negligência ? O casal só vem a Portugal mediante garantias da PJ ? Que garantias ? Que nunca serão presos ? Continuam arguidos porquê ?

Há na verdade muita coisa por esclarecer. Talvez o livro do inspector demitido do caso possa trazer algum sentido. Mas será tarde e acreditamos que pouco fundamentado. Vamos estar perante um caso com duas vertentes: a da convicção sem provas e das provas sem nenhuma consequência. Pobre Maddie.

4 comentários:

  1. tudo o que se diga é mera hipótese.

    - a pj tem de certeza conhecimento de factos MUITO importantes neste caso. Mas falta o corpo da menina.
    - a reconstituição do sucedido tem outros objectivos, que não aquele que é referido.
    - a solução (autor do crime) deve estar no pp grupo, ou pelo menos no aldeamento.
    - os pais estão inocentes. Quanto aos amigos ....
    - o livro do inspector gonçalo é um forte factor de pressão neste momento.

    ResponderEliminar
  2. ora aqui está como um pretenso jornalista práfrentex ( Luiz de Carvalho lui même) caldeado pelas relações mais diversas ( ao que parece só "vê" através do visor) alinha com as teses patetas de que o casal não devia expor-se não devia procurar a filha por todos os meios e os que utiliza são sofisticados para portugueses mesmo os pavões que se julgam muito multimédias etc etc etc
    Mas afinal para quê tanta vampirice num caso que é casa vez mais óbvio e cujos pais se têm de defender de múltiplos e perversos inimigos -polícias mal formados, escritores da treta, criminalistas de meia tigela e jornalistas e fotojornalistas made in Brandoa, com pedido de desculpa para a gente inteligente da localidade.

    ResponderEliminar
  3. É apenas um palpite, mas acho que a pequena Maddie foi vítima de guerras políticas e estas jogam-se (também) na comunicação social.

    ResponderEliminar
  4. Esta historia tem tanto que explicar como todas as outras de investigação criminal em portugal. Eu também tenho uma mas não conto!
    Esta história da Maddie, tem a particularidade de os réus serem de um País que nos coloniza e para mais, pertencem à classe Alta.
    Os portugueses parecem que ainda não perceberam que são vistos como gente de segunda, parvos , maus condutores e desleixados, pelos filhos de sua magestade, os grandes colonos do universo!

    Querem que faça um desenho?

    ResponderEliminar