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sábado, março 08, 2008

Hoje somos todos professores

Manifestantes hoje contra a ministra da educação. Foto de Luiz Carvalho

Esta manifestação não foi só a indignação dos professores de viva voz: foi a revolta de um país cansado da incompetência e da arrogância de um govermo medíocre.

14 comentários:

  1. Sendo manifesto que este governo (no qual não votei) tem tiques de arrogância, mas muito longe da “imbecilidade” de o comparar, para pior, com Salazar, ainda não percebi o que querem os professores.

    Sendo lamentável que as questões do ensino se discutam centrando o problemas nos privilégios, ou na falta deles, dos seus profissionais e perguntando, afinal, de quem é a culpa do alto insucesso escolar, se é apenas dos alunos que são burros ou sobretudo dos professores que não sabem ensinar, sendo certo que falo por experiência pessoal, já que tenho uma filha licenciada com 21 anos e um puto que entrou para a universidade com 17 anos e que para fazer as matemáticas tive que pagar a explicadores, perguntando pelo motivo de ele ser burro na escola e ser inteligente com explicadores, conseguindo já ter feito todas as matemáticas com excelentes notas, quando a maioria dos alunos chegam ao fim do curso com as matemáticas do primeiro ano por fazer.

    Conheço muitos, mas mesmo muitos professores, e garanto que muitos deles se tivessem que fazer provas de acesso à universidade para entrar nos cursos em que se licenciaram (sendo que uma parte significativa deles nem licenciados são) chumbariam.

    É claro que um sistema de avaliação a ser implementado de forma um pouco atabalhoada e a meio de um ano lectivo não faz muito sentido, mas, lá bem no fundo, o que os professores não querem é ser avaliados nem que lhes toquem nas regalias.

    Admitindo, é certo, que a precariedade de muitos professores por anos e anos seguidos é inadmissível, entre outros problemas em que também têm razão.

    Mas o que se está passar também demonstra que os professores estão manifestamente manipulados pelos sindicatos, sendo incompreensível que alguns responsáveis sindicais, como li hoje, salvo erro no seu jornal, já não darem aulas há doze anos…!

    JS

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  2. neste caso, está enganado Luiz Carvalho ...

    onde é que tem o filhote a estudar ?

    Numa escola pública ?

    Se tiver, virá a perceber a minha pergunta, ao longo do percurso escolar do filhote.

    a minha filha esteve parte na pública, parte na privada...

    cumprimentos

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  3. Comentado num blog da concorrência, parecendo que existe mais que pensa como eu, fazendo minhas as palavras deste comentador:

    «Ontem ao ver professores que ainda não sabem porque protestam, que desconhecem por completo o que criticam, que não conseguem ter um discurso coerente sobre os motivos que os levam a manifestar-se, sem o minimo de espirito crítico, pergunto como podem estes tipos ensinar a alguem o que quer que seja.
    É evidente que o que está emn causa é o que sempre está em causa, o Poder.A corporação quer manter o poder que detem e que os torna inexpugnáveis a qualquer ideia vinda de qualquer ministro eleito nas urnas.O PCP que manobra a pasta da educação faz 30 anos sem que seja necessário para isso ganhar eleições, faz desta luta pelo Poder uma luta de vida ou de morte, pois perder a Educação pode ser o principio do fim do controle de mais sindicatos alapados no estado.A isto juntam-se alguns comentadores que percebem tanto do que falam como os professores daquilo que protestam, repetem-se todos à vez, dizendo banalidades e nada de concreto, são digamos uns analisadores de percepções.
    Se ganhasse alguma coisa nas próximas legislativas, Meneses já tinha menos uma pasta com que se preocupar, a Educação, alienou-a completamente em busca do populismo fácil. Louçã pode dizer o que quiser e fazer o que quiser porque sabe que nunca ganhará nada, a sua luta é conseguir apoios no tradicional terreno dificil do PCP.
    O Presidente fugiu para o Brasil para não ter que tomar partido e para não ouvir as habituais ladainhas, que vão desde a “atentado à liberdade de expressão” ao “está em perigo a democracia portuguesa”,etc…
    Ontem ainda tive alguma esperança que aquela manifestação tivesse algo de novo, se pusessem uns gira discos no palco e aquilo acabasse numa enorme rave party abrilhantada pelos DJ Nogueira e DJ Silva.
    Mas não, a palavra que eu mais ouvi foi “ceder” e “recuar” ilustrando perfeitamente que não querem saber da avaliação para nada, como atestam as cento e tal reuniões, o que eles não querem é perder poder.

    Não votei neste governo mas apoio-o totalmente nesta reforma, já estou farto de corporações e poderes não eleitos, de mesquinhez e de manipulações feitas com intuitos partidários com a colaboração dos media.Se for preciso tambem descerei à rua como o faço todos os dias
    para que a pouca vergonha que é o controle da Educação pelas estruturas sindicais tenha fim, em 30 anos não tiveram uma única ideia para a educação, preocupando-se unicamente em sacar benefícios com interesses corporativos.Basta.»

    JS

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  4. Caro JS, você faz jus à sigla e debita disparates a uma velocidade impressionante. Um dia destes, a continuar assim, oferecem-lhe um cargo no governo, depois não se queixe.

    “afinal, de quem é a culpa do alto insucesso escolar, se é apenas dos alunos que são burros ou sobretudo dos professores que não sabem ensinar”
    Se numa dada turma, em 25 alunos, o professor der 4 negativas e noutra turma com o mesmo número de alunos der 4 positivas, será que o professor é bom numa e mau noutra?

    Sabe o JS que os explicadores são (na sua larga maioria) professores, muitos deles acumulam a actividade com a leccionação nas escolas, outros estão no desemprego ou aguardam colocação durante o ano lectivo.
    Nas explicações há 2 ou 3 alunos em simultâneo e o tempo é o que for necessário para o aluno ficar a perceber o conteúdo em causa. Nas salas de aula há por vezes 30 alunos e o tempo é reduzidíssimo, porque o número de aulas é determinado pelo calendário e o vasto programa é para ser cumprido na íntegra, percebe a diferença.

    “Conheço muitos, mas mesmo muitos professores, e garanto que muitos deles se tivessem que fazer provas de acesso à universidade para entrar nos cursos em que se licenciaram (sendo que uma parte significativa deles nem licenciados são) chumbariam.”
    Um professor que tenha feito a licenciatura há 30 anos e que entretanto só leccionou o 1º ou o 2º ciclo foi-se especializando nessas funções e é provável que tenha esquecido conteúdos mais avançados que nunca mais utilizou no seu dia-a-dia. Não acontece o mesmo com as outras profissões?

    “o que os professores não querem é ser avaliados nem que lhes toquem nas regalias.”
    Defina regalia. Todas as profissões têm vantagens e desvantagens, caso contrário, não haveria profissionais nas que só tivessem desvantagens. Penso que regalia será o que o governante quiser quando à falta de argumentos válidos precisar de justificar o injustificável.
    Quanto à avaliação, é uma questão muito polémica. Não é fácil avaliar professores, como não é fácil avaliar médicos ou juízes. À partida temos o problema de saber quem tem competências para tal. Quem sabe mais de educação que o professor, quem sabe mais de medicina que o médico, ou quem sabe mais de direito que o juiz? Caímos na avaliação por pares, sempre altamente subjectiva e sujeita a favores amizades, etc. Para a tornar esta avaliação mais objectiva há que estabelecer critérios, o que medir e como medir. É aqui que a polémica sobe de tom. Objectivamente mensurável só vejo a assiduidade, o número de horas despendido em formação e as notas dos alunos. No entanto só os dois primeiros são aceitáveis, porque as notas dos alunos não dependem só dos professores, dependem fundamentalmente dos alunos e do controlo que é exercido sobre eles pelos pais. Não é aceitável comparar alunos diferentes porque vêm de situações sociais diferentes e reúnem à partida diferentes saberes, não é aceitável comparar o mesmo aluno nas várias disciplinas, porque por um lado o grau de dificuldade destas é diferente e por outro, o empenho do aluno nelas também é diferente, porque gosta mais de umas, porque simpatiza mais com alguns professores, ou porque a família o orienta mais para algumas. A única comparação possível seria o mesmo aluno, a mesma disciplina mas anos consecutivos, só que aí, a turma muda parcialmente, o grau de dificuldade de um ano para o outro varia, o aluno atravessa uma fase diferente de crescimento e muitas vezes o docente também não é o mesmo.
    Sabe porque há tanto insucesso? Porque o ministério pressiona no sentido de nos primeiros anos de escolaridade não haver reprovações e os alunos vão avançando cada vez com mais dificuldades devido a tudo o que vai ficando sem se saber. Porque os programas são demasiado longos e vagos. Dá-se muito mais conteúdo, mas demasiado superficialmente para ficar efectivamente compreendido, assim, muda-se ligeiramente o texto da pergunta e fica tudo enrascado. Chama-se a isto facilitismo. E é contra isto que os professores se manifestaram ontem. O ministério quer notas altas nas pautas e muitos certificados. Os professores querem que os alunos saibam efectivamente.
    Obviamente há muito mais mas fica apenas a ponta do iceberg.

    “Mas o que se está passar também demonstra que os professores estão manifestamente manipulados pelos sindicatos”
    Ontem manifestaram-se 100 mil professores numa manifestação organizada pelo sindicato, mas nos 10 dias anteriores manifestaram-se mais de 40 mil professores em manifestações convocadas por e-mail e sms. Os sindicatos têm pouco mais de 40 mil filiados, os professores são 160 mil e ontem estiveram em Lisboa cerca de 100 mil.

    “sendo incompreensível que alguns responsáveis sindicais, como li hoje, salvo erro no seu jornal, já não darem aulas há doze anos…!”
    É verdade e subscrevo. Mas o mesmo se diz dos professores que trabalham no ministério, nas direcções gerais e regionais sem qualquer conhecimento do que se passa nas escolas.
    O Estado a que isto chegou também é culpa dos sindicatos. Salvo raras excepções (de alguns indivíduos) são parte do problema e não da solução, daí que não convém confundir os dois.

    Quanto ao seu segundo comentário, lamento, não merece resposta.

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  5. o mano rangel não acha assim...
    http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=280968&idselect=93&idCanal=93&p=200

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  6. Boas este j.S.não engana nem numca enganou, ele vem é de mansinho, como a Pezinhos ,mas ambos sao "FARINHA DO MESMO SACO"!Eles são só ressentimento quando vêm uma
    classe unida como numca na história deste País, num momento unico, que dizem?que escrevem? um
    chorrilho de òdio e disparates.Já
    agora bem haja o APACHE que os pôs em sentido.

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  7. Apache,

    No essencial, até concordo consigo em muito do que diz, menos em me andar a bater a um lugar no governo. Já desempenhei lugares de muita importância e esse seria o último que alguma vez aceitaria.

    Note que o essencial do que eu quis dizer é que há 30 anos que os professores são contra qualquer reforma, tal como as polícias, as magistraturas, e todas as corporações, em geral, onde se incluem os próprios jornalistas.

    Não tenho tempo para rebater outras coisas sensatas que diz, como o elevado número de alunos, por exemplo, e a ausência da participação dos pais na própria escola, de que você não fala, a falta de autoridade dos professores, etc.

    Também que a forma como se quer implementar o processo de avaliação é um pouco atabalhoado, afinal, também digo isto no meu comentário, ou será que leu apenas os meus "disparates"...!?

    Agora, não tenho dúvidas, porque conheço bem o meio, é que muito professores são-no porque não sabem fazer mais nada e são pouco qualificados, muitos são mesmo licenciados à moda da actual Novas Oportunidades e outros saíram dos cursos em pleno PREC com passagens administrativas.

    E que são avessos a interesses instalados, porque muitas das medidas do governo (no qual não votei, repito, até porque me situo bem mais à esquerda, embora não me deixando "encarneirar", sendo a minha postura de anti-poder, mas de forma responsável).

    Por último, acho que muitos professores nem sabem sequer bem o que querem, bastando ouvir alguns falar na televisão e não conseguem sistematizar dois parágrafos que se percebam.

    Muito são, garanto, intelectualmente analfabetos.

    Concluo dizendo que não acho que os professores sejam os únicos culpados do mau ensino que temos, e não foi isso que eu disse, mas, afinal, nestes últimos 30 anos, só acordam quando lhes tocam no “osso”.

    Peço desculpa de não lhe responder de forma mais estruturada, porque, a verdade, é tenho aqui muito que fazer, apenas rematando que não será com processos à moda do PREC que os professores vão contribuir para melhorar o ensino, seja com 100.000 ou com 300.000 na rua, achando que só estão a contribuir para reforçar as sondagens a favor do governo.

    PS:
    Sobre o seu comentário «Caro JS, você faz jus à sigla e debita disparates a uma velocidade impressionante», olhe, meu caro Apache, você não parece que frequente “tabernas”, mas o seu comentário, nesta parte, é de “taberneiro.

    Fique bem.

    JS

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  8. «Boas este j.S.não engana nem numca enganou, ele vem é de mansinho, como a Pezinhos ,mas ambos sao "FARINHA DO MESMO SACO"!Eles são só ressentimento quando vêm uma
    classe unida como numca na história deste País, num momento unico, que dizem?que escrevem? um
    chorrilho de òdio e disparates.Já
    agora bem haja o APACHE que os pôs em sentido.»

    Quando respondi ao Apache ainda não tinha lido esta preciosidade.

    Ó, meu caro anónimo, você nem resposta merece.

    JS

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  9. JS o sobrinho de taberneiro "não sabe nadar yooohhh " :):)

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  10. Meu caro Apache,
    Mais um a dizer "disparates", por acaso, um jornalista com cujas ideias normalmente não me identifico, mas veja que não anda muito longe dos comentários que fiz.

    Por João César das Neves, no DN de hoje:
    "...
    Os professores estão de novo em guerra. Como todos os antecessores, a senhora ministra da Educação é a pessoa mais enxovalhada e insultada do País. Ouvindo as queixas, tem de se dizer que em muitas coisas os professores têm razão. O ministério, mais uma vez, atrapalhou tudo. Mas isso não chega como justificação.

    Todos os que gritam na televisão e escrevem enfurecidos são mestres, uma referência da juventude. Com que cara, no dia seguinte, vão enfrentar uma turma de alunos? Que respeito granjeiam depois de tais excessos? A coisa fica pior ao saber-se que um dos temas em discussão é a avaliação do desempenho. Deve ser divertido para um aluno, que é classificado pelos mesmos docentes sem poder protestar ou indignar--se, ver os seus tutores berrar de indignação por serem avaliados. Se o que os stores fazem é tomado como exemplo, os exames e pautas deste país passarão a ser muito mais coloridos e animados.

    Os professores afirmam que são a favor da avaliação, mas contra esta avaliação (declaração da Fenprof de 15 /10/2007). Essa é há séculos precisamente a posição dos alunos. Todos os estudantes são favoráveis às notas e descontentes com a que receberam. Os testes são sempre difíceis, as datas sempre inconvenientes, os professores sempre injustos. Mas é preciso aguentar com cara alegre.

    Agora, com o feiticeiro a sofrer o feitiço, as coisas podem mudar. Se houvesse vergonha, muitos teriam dificuldade em encarar a turma depois de tais atitudes públicas.

    Até porque, na catadupa de razões, algumas deixam bastante a desejar. Quantas das críticas (arbitrariedade, influências, burocracia) não são plausíveis em todas as classificações, por exemplo na que eles fazem dos jovens? E, pior, a avaliação proposta é muito mais mansa que a dos alunos. Começa por uma ficha de auto-avaliação (que os educandos adorariam preencher), seguida da opinião do professor titular coordenador e do conselho executivo. O carinho com eles é muito superior ao deles com a malta.

    Outra queixa pungente é a existência de quotas para acesso a professor titular, pelo que "só conseguirá sê-lo (por muito bom que seja) por morte ou aposentação do seu par" (ver Avaliação de desempenho. Pormenores... em www.fne.pt).

    Mas essa é desde sempre a situação dos quadros académicos.

    Na universidade, quando o departamento está cheio, só se acede a professor associado ou catedrático por saída de alguém. Dado o escandaloso excesso de professores no País, a quota é bem compreensível. Se a "motivação pela Excelência esbarra com um muro denominado 'quota' " (loc. cit.), é porque não se sabe o que seja uma genuína vocação educativa.

    Nas universidades, entretanto, a vida não está pacífica. O Ministério da Tecnologia, Ciência e Ensino Superior publicou um estudo sobre a empregabilidade dos vários cursos superiores. O presidente do Conselho de Reitores criticou fortemente essa medida a partir de certos reparos técnicos (Lusa, 28/Fev.). Também tem razão, porque empregabilidade é difícil de medir, embora mesmo mal calculado, esse indicador não deixe de ter significado.

    A declaração termina com uma frase notável: "Serão empregadores muitas vezes com a quarta classe que vão decidir quais as políticas e quais as instituições válidas no ensino superior em Portugal?" (Lusa, 28/02/2008).

    É verdade. Porque essas pessoas são a realidade, e os cursos válidos deste país têm de se defrontar com a realidade.

    Os médicos tratam pessoas com a quarta classe, os advogados defendem- -nas, os engenheiros fazem-lhes casas. As pessoas com a quarta classe são os clientes e utentes que avaliam o que valem os profissionais formados nas instituições válidas. Se as tais instituições válidas não passam esse teste, onde está a sua validade?

    Os empregadores com a quarta classe conhecem melhor a sua empresa e mercado que os catedráticos, até de Economia como eu. Quando não contratam os licenciados, eles lá sabem porquê.

    Os professores são uma referência nacional. Têm de sair da torre de marfim das escolas e privilégios e enfrentar o mundo.
    ..."

    PS:
    Para o anónimo das 12:44, se se quer divertir, olhe, vá passear, ou beber um ginjinha, para ver se lhe passa a parvoeira.

    JS

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  11. Tenho o meu filho numa escola pública depois de ter andado numa escola privada de meninos da linha. Agora tem colegas multicôres. As professoras são de uma dedicação total, interesse e empenho. Ganham uma miséria, merecem todos o apoio.
    Eu andei sempre na escola pública e o meu filho mais velho tb.

    Não sei onde quer chegar o comentador.

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  12. Boas caro Luiz aprecio o seu ultimo comentário ele diz tudo!Ele
    reflete amor e sensatez.Obrigado.
    Quanto ao SR J.S. O MEU DESPREZO!


    PS: EU SÓ NÃO ME IDENTIFICO POR CAUSA DE senhores COMO OS J.S DESTE PAÍS!!!!É QUE OS TEMPOS ESTÃO A FICAR PERIGOSOS....

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  13. Tem piada que o JS nada tem que ver com o comentário em causa...!

    Que tristeza de comentadores, além de serem preconceituosos, parece que não sabem ler.

    Mas eu vou cá continuar, a escrever de uma forma séria.

    E a levar porrada, até porque tenho bom corpo e fui treinado para isso.

    JS

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  14. “No essencial, até concordo consigo em muito do que diz, menos em me andar a bater a um lugar no governo. Já desempenhei lugares de muita importância e esse seria o último que alguma vez aceitaria.”
    Interpretou mal a minha ironia. Não disse que o JS se andava a bater por um lugar no governo, disse que a continuar a dizer disparates, entendendo por disparates, distorções à realidade, ainda lhe ofereciam (contra sua vontade) um lugar no Governo, daí a expressão “depois não se queixe”.

    “Note que o essencial do que eu quis dizer é que há 30 anos que os professores são contra qualquer reforma”.
    A larga maioria dos professores nunca se manifestou contra as múltiplas reformas que nos últimos 30 anos têm sido sistematicamente e atabalhoadamente feitas no ensino. Esta marcha, com 100 mil participantes, foi a maior manifestação de professores de sempre. A segunda maior foi em 2006 com cerca de 20 mil participantes, também contra o novo Estatuto da Carreira (já com este governo), do qual deriva este modelo de avaliação. Nenhuma manifestação anterior a estas reuniu mais de 10 a 15 mil professores. Não convém confundir algumas árvores com a floresta. Cem mil professores são mais de 60% de todos os professores de Portugal, desempregados incluídos e 100 mil na rua, significam muitos mais contra esta política. Ainda não sou muito velhote, mas não me lembro de uma manifestação, em nenhuma parte do mundo onde participasse um número tão grande de pessoas face ao universo afectado. Qualquer ministro digno apresentaria a sua demissão.

    “Não tenho tempo para rebater outras coisas sensatas que diz, como o elevado número de alunos, por exemplo, e a ausência da participação dos pais na própria escola, de que você não fala, a falta de autoridade dos professores, etc.
    Também que a forma como se quer implementar o processo de avaliação é um pouco atabalhoado, afinal, também digo isto no meu comentário, ou será que leu apenas os meus "disparates"...!?”
    Eu disse que havia muito mais.

    “Agora, não tenho dúvidas, porque conheço bem o meio, é que muitos professores são-no porque não sabem fazer mais nada e são pouco qualificados, muitos são mesmo licenciados à moda da actual Novas Oportunidades e outros saíram dos cursos em pleno PREC com passagens administrativas.”
    Tenho a honra de pertencer a esse grupo. Não sou licenciado em ensino, mas sim em engenharia. Comecei a leccionar quando estava no 4º da faculdade, os meios pais não tinham possibilidades económicas para eu continuar os estudos e tive de arranjar emprego, na época havia muita falta de professores e a oportunidade surgiu. Aos poucos fui-me apercebendo de que gostava do que fazia, alias já tinha passado um ano como instrutor no serviço militar, daí ter experimentado o ensino. Concluiu a licenciatura e nem tentei arranjar emprego noutra área. Gosto do que faço e não tenho problemas em discutir pedagogias apesar de a minha formação ser essencialmente científica.
    Quanto a diplomas em pacotes de farinha, foi um mau exemplo, o que escolheu, há-os em todas as profissões, e no governo então… é melhor não entrar por aí, senão um dia destes, em vez de ir dar aulas passo o tempo nos tribunais como aconteceu ao colega do “Portugal Profundo”.

    Quanto a interesses instalados, muitos deles foram cuidadosamente salvaguardados, infelizmente. È que o ataque à classe começou em finais de 2005 e só agora se vê contestação a sério, porque os interesse instalados são como este governo, muitas palavras para as câmaras de televisão mas pouca acção. Esta manifestação também foi uma vitória contra esses interesses.

    “Por último, acho que muitos professores nem sabem sequer bem o que querem, bastando ouvir alguns falar na televisão e não conseguem sistematizar dois parágrafos que se percebam.”
    Tem havido intervenções pouco felizes, nem todos falamos de improviso facilmente. O dom da oralidade é próprio dos políticos. Os professores falam “bem” mas nas aulas, previamente preparadas. Mas há excelentes textos escritos.

    “Muitos são, garanto, intelectualmente analfabetos.” Lá está você a destacar algumas árvores… Quer comparar com as outras profissões? Faz-me lembrar o Secretário de Estado, Valter Lemos, que quando iniciou o seu ataque, veio apresentar 9 milhões de faltas dos professores, esquecendo-se de dizer que se reportavam a aulas de 45 minutos e que muitas delas tinham sido dadas para fazer outras tarefas que a lei define como prioritárias, como corrigir exames, participar em reuniões sobre os mesmos, elaborar processos disciplinares, representar a escola em tribunal, etc. Faltou-lhe ainda acrescentar que entre os funcionários públicos os professores são quem menos falta. E que ele Valter Lemos perdeu o mandato na Câmara Municipal de Penamacor por excesso de faltas injustificadas.

    Quanto a tabernas, não frequento, de facto, mas tenho para mim que também há gente muito honrada nessa profissão.

    No que se refere ao jornalista que cita, podia contrapor-lhe outras opiniões, também de jornalistas, mas os professores defendem-se a si próprios e as opiniões são livres.
    Vou dormir antes que o despertador me surpreenda ainda por aqui.

    P.S. Peço desculpa pela extensão do comentário e por algum erro, já que devido à hora não vou reler.

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