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segunda-feira, janeiro 14, 2008

Portela menos esgotada que Gatwick e Heatrow

Recusar voos durante os melhores horários é comum em todos os aeroportos do mundo. A maioria das companhias prefere aterrar e levantar de manhã, à hora do almoço ou ao final da tarde o que torna algumas horas mais concorridas. O aeroporto da Portela, em Lisboa, não é excepção.

Todos os aeroportos têm um determinado número de slots, direitos de aterragem e descolagem, disponíveis. Ou seja, há um número máximo definido para cada infra-estrutura aeroportuária.

O PortugalDiário fez uma pesquisa num site que permite comparar os slots disponíveis no aeroporto de Lisboa e nos aeroporto de Londres, Heathrow e Gatwick e chegou à conclusão que a situação vivida nos aeroportos britânicos é muito mais grave que a do aeroporto da Portela.

O ano passado

O site www.online-coordination.com permite não só ver as previsões, como revela os números finais dos meses que já passaram.

Quando usamos site para ver os slots usados no passado, os números são «fiáveis». E as diferenças entre Lisboa e Londres aumentam. Na semana do dia 30 de Novembro de 2007, a Portela teve apenas uma hora em três dias esgotada. Mas uma vez a diferença em relação a Heathrow e Gatwick é notória.

Mapa de Gatwick de 30 de Novembro de 2007

Mapa da Portela de 30 de Novembro de 2007

Mapa de Heathrow a 30 de Novembro de 2007

Para que possa perceber os quadros que o PortugalDiário lhe revela saiba que a cor «verde» significa grande disponibilidade de slots, o «laranja» poucos slots disponíveis e o «vermelho» nenhum slot livre.

Previsões

Para a semana do dia 2 de Junho de 2008, a Portela tem quase completas as horas entre as 06h e as 08h da manhã. Já o aeroporto de Gatwick tem quase todos os slots completos entre as 05h e as 20h. O quadro piora quando se olha para Heathrow.

No entanto, as companhias adquirem direitos sobre os slots e apesar de «alugarem» a hora, isso não significa que mais tarde a usem.

Mapa de Heathrow para 2 de Junho de 2008

Mapa de Gatwick para 2 de Junho de 2008

Mapa da Portela para 2 de Junho de 2008

«Saturação é falso argumento»

Já em Julho de 2007, um artigo publicado no suplemento Cargas e Descargas, do jornal Público considerava que o argumento «da recusa de slots na Portela», para justificar o aeroporto na Ota, «era um falso argumento relativo à sua saturação, pois era um problema que se verificava nos principais aeroportos da Europa, e, com muito maior gravidade».


5 comentários:

  1. O problema da portela não são as pistas mas a organização de terra.
    O terminal de carga é uma catastrofe.Uma vez fui desalfandegar umas mercadorias e aquilo era um pandemónio.

    Depois nós os portugueses temos aquela ancestral vocação para a barafunda o que faz parecer qualquer estrutura pequena. Eu acho que se a portela tivesse o dobro da area tb era pequeno. Entravam funcionarios a pontapé.Na limpeza era um para segurar o balde, outro para a vasoura , outro para indicar o que fazer e outro para mandar fazer outra coisa.Rapidamente ficava pequeno!

    A sinalética hoje está um pouco melhor mas mesmo assim ainda há muita gente perdida naquele aeroporto!
    Eu uma vez fui descobrir um bar perto da administração , 5 estrelas , mas parece que o tinham escondido de propósito só para mim, é claro , estava às moscas!

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  2. Num dia de tráfego excepcional, no Verão, a Portela atinge 3/4 da sua capacidade. Num dia de pouco tráfego, a sua ocupação não vai além de 1/3. E com a saída dos militares de Figo Maduro, há possibilidade de expansão. Com uma logística decente e mais algumas obras (bem feitas, para variar), a Portela sozinha garante no mínimo mais 30 anos de operacionalidade. É só falar com a antiga gestão da Portugália, ou com a rapaziada do controlo aéreo (desde que não tenham interesse partidário).
    Até que enfim que os jornalistas começam a falar nisto.

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  3. «Público: «Lusoponte: PGR admite novo parecer»
    Hum...! Será conforme a vontade do freguês, tal como é prática de alguns jurisconsultos.

    Cá para mim, que não pertenço nem à PGR nem sou jurisconsulto, parece evidente que tal «contrato de exclusividade com a Lusoponte», no mínimo, é absurdo.
    E também me parece que pode ser ilegal.
    Embora também não seja licenciado em Direito, e nem sequer tenha lido tal contrato.

    A ver vamos...
    E, se tal se confirmar, mais uma vez me podiam ter pedido um parecer, que sempre ficava mais barato aos contribuintes, que eu trabalho de borla nestas coisas.

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