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quarta-feira, outubro 10, 2007

Catalina pia e Pedroso faz de morto

Já me tinha esquecido de falar sobre a entrevista de Catalina Pestana à Tábu que li na net porque não gasto o meu rico dinheiro a comprar o Sol.
A velha senhora indignada faz lembra o orelhas: denúncia no timing certo, quando já não pode ser vítima da sua verdade. Se sabe tanto porque não fez nada enquanto lá esteve ? Não era também para limpar a podridão que para lá foi ?
Estranho, muito estranho...

Mais intrigante é a reacção de Paulo Pedroso às acusações de Catalina. Veio dizer muito discretamente que ela não tinha dito nada que o voltasse a envolver, e quem a ouviu ou leu é que a compreendeu mal. Mal ? Não percebo.
O facto de adiantar que não a vai processar pode levar muita gente a pensar que quem cala consente. O melhor nestas alturas é ameaçar com um processo em cima e de seguida fazer de morto. Pedroso quis calar logo o caso desta maneira e porventura voltar para a "clandestinidade" na Roménia.

4 comentários:

  1. HÁ MUITO TEMPO QUE, muitas personalidades (entre elas a Provedora Catalina) que tinham poderes e deviam intervir contra a prática destes crimes gravíssimos contra crianças desfavorecidas sob a tutela do Estado e que nunca o fizeram.... E porquê ?

    (a eanes e a barroso agora andam muito interessadas no Caso Esmeralda, mas nunca puzeram a boca no trombone, em relação aos meninos da Casa Pia ... tadinhas ...)

    As palavras de Paulo Namora (ex casapiano) há dias na SIC foram muito elucidativas.

    Mas é bom que as altas individualidades da Justiça não se esqueçam de um piKeno pormenor.
    O Caso Casa Pia será o maior processo de Justiça e talvez o mais vergonhoso para a História do país.
    A decisão final vai pôr em causa a credibilidade da Justiça, como Pilar da Democracia e do Estado de Direito, que é Portugal.

    ... e se essa credibilidade já anda tão posta em causa, por todos nós ...........

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  2. E ainda sobre a (ameaçada) credibilidade da nossa Justiça, dou apenas como exemplo, o caso recente do Juiz do Supremo, que reduziu a pena a um pedófilo, e que numa entrevista, sobre esse processo de abusos sexuais a rapaz menor, disse:

    - "um rapaz de 13 anos em plena puberade não tem por sete vezes erecções e ejaculações obtidas à força"

    Portanto podemos concluir das palavras do Meretíssimo Senhor Doutor Juiz, do Supremo Tribunal de Justiça, que se o puto teve erecção é porque gostou...

    No mínimo, eu ordenava uma avaliação psicológica a este Juiz.
    Porque está a "bater" mal, por certo.

    :-(

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  3. Paulo Varela Gomes escreveu:
    Agosto 21, 2007 às 4:22
    A reacção - histérica - ao caso de Silves e ao post do Miguel é um caso dos mais interessantes acontecidos em Portugal de há muito tempo para cá. Neste país de cobardolas, qualquer gesto decidido assume de imediato foros de escândalo. Neste país que enterrou uma revolução debaixo de um manto de mentiras, silêncios e cumplicidades traidoras, qualquer recordação - por mais ténue - daquilo que se passou em 1974-75 cheira a ameaça insuportável. Neste país onde os poderosos violam a lei todos os dias, onde a polícia e os tribunais servem sobretudo para ajudar os poderosos a não cumprir a lei, onde a lentidão e ineficácia dos tribunais criam um estado de não-direito, ninguém se lembra de exigir que seja aplicada toda a força da lei (de imediato! rigorosamente!) quando os salários não são pagos, os patrões fogem aos impostos, as empresas e os bancos defraudam os cidadãos. Mas ai de quem puser o pé num centímetro quadrado da sacrossanta propriedade privada agrária, esse símbolo por excelência da Ordem multi-secular.
    Que extraordinário país! Um povo todos os dias enganado, roubado, o mais pobre da Europa, o mais ridículo. E nem um carro incendiado, nem uma montra partida, nem um protesto violento. Dóceis como carneiros, que é naquilo que foram treinados, é aquilo que são - envergonham-me vocês, oh ordeiros de dedinho sentencioso no ar e voz tremeluzende de indignação só porque meia dúzia de miúdos resolveram violar a lei. Pode não ter sido correcto o que os miúdos fizeram, mas mostraram mais coragem que vocês todos juntos. Respeitem ao menos isso: que ainda haja portugueses capazes de arriscar alguma coisa por aquilo em que acreditam. Respeitem ao menos quem é capaz de um gesto.

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  4. Não sei em que contesto, mas corroboro com tudo atrás dito.

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