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sábado, setembro 22, 2007

Dia sem carros, dia do atraso de vida

Carro português verde correcto puxado por militantes verdes

Vrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

Hoje os fiéis do políticamente correcto estão felizes. Podem andar a butes, à vontade, porque os carros foram proibidos em 6o cidades. Tudo começou há anos com uma iniciativa de uns verdes e que todos os políticos, mesmo os mais cavernícolas da direita, seguiram. Perceberam que o povo adere a estas iniciativas como os confrades de S. Vicente de Paulo aderem à esmola. Portanto: é uma iniciativa que não custa dinheiro, acalma os esquerdas e põe os direitas a sentirem-se uns ecologistas do quilé !

O que esta multidão de pedestres não entende é o seguinte: o planeamento urbano nunca existiu, as pessoas vivem longe e trabalham longe; as escolas, os centros comerciais, todas as infraestruturas estão fora de mão. O carro é um instrumento de trabalho, um utensílio, uma comodidade a que os cidadãos têm direito. A história da sociedade moderna é muito a história do automóvel pelo lado útil e depois pelo obscuro objecto de desejo.

O Estado português desprezou os bons transportes públicos, os interfaces, o planeamento urbano e a componente da mobilidade. Se em Londres é possível viver a 40 quilómetros, ou mais, do centro com toda a comodidade e rapidez, em Portugal é impensável vencer com eficácia essa distância diariamente. É possível mas sai caro e perde-se uma vida.

Lisboa, por exemplo, é uma cidade com maus acessos de comboio, poucos parques gratuitos à entrada, com uma ligação rápida ao centro, com um Metro confuso ( basta vermos aquela linha que sai do Cais do Sodré para o Marquês onde tem de se mudar de comboio!) e uns autocarros manhosos, atrasados, lentos e caros.

Ninguém que tenha pressa e ande a trabalhar pode andar de transportes públicos com filhos às costas e horas marcadas. Andar nos transportes públicos é bom para pobres, reformados e calões; Ou para quem gosta de passear com o povo e seu odor.
Se em Paris andar de Metro é normal, mais rápido e barato, aqui é uma maçada.
Pensar em cidades sem carros, multidões, néons, outdoors, confusão é matar as cidades.

Lisboa começou a sucumbir quando há anos Krus Abecassis começou a ficar complexado com a esquerda e cortou o trânsito no Chiado. Depois o Chiado desertificou-se, depois ardeu e hoje é uma sombra do que era, também por causa daquele projecto lamentável do Siza Vieira.

Num destes dias sem carros estava eu a falar com o então Presidente João Soares e estava o Presidente da Carris, que acho ainda o ser. O tipo estava furibundo comigo e com a defesa dos carros. Nisto passa um autocarro com 30 anos a deitar fumo. Quando lhe perguntei se aquilo é que era o seu modelo de transporte albanês o tipo meteu o autocarro no saco. Depois veio Sócrates, entrou na conversa, era então ministro do ambiente, e foi uma discussão entre nós do Terreiro do Paço ao Campo Grande. A minha irritação com o engenheiro começou naquele dia e eu ganhei-lhe.

Cidades organizadas com zonas pedonais e custos ( não portagens) para quem traz o carro para a cidade, concordo. Porque tem de haver regulação.Transportes públicos amigos do utilizador, rápidos e confortáveis, sim. Perseguição esquerdista aos carros como se fossem o mal do Mundo, discordo. Pago impostos tenho direito a usar o meu carro.

Vejam o que escreveu sobre isto Miguel Sousa Tavares no Expresso. (O link desapareceu !)

Vrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!

7 comentários:

  1. "ecológicamente"
    o senhor insiste em escrever mal o português. faça como o seu amigo alfredo cunha: apenas o que sabe.
    este é apenas um exemplo. se falássemos de sintaxe era um nunca acabar. dirá que não é escritor e isto é escrito sem preocupações de português. então faça um favor ao cuidado: não escreva. ou então peça a alguém que lhe escreva os textos.

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  2. Concluindo:
    O dia sem carros é um sound bite... político.
    Ou seja, uma ideia de merda para os merdosos dos políticos darem nas vistas.
    Quando o problema não se resolve com dias sem carros, porque os carros existem.
    Mas sim com a gestão integrada dos transportes públicos articulados com parques de estacionamento que não custem uma semanada em paquímetros, etc, etc.
    A propósito, alguém viu o António Costa na sua bicicleta hoje ou será que andou de carro puxado a mulas com combustível de bosta.
    Se foi com mulas, espero que as tenham munido com fraldas, por questões de igualdade de deveres, já que o meu cão também está proibido de cagar na rua.

    Nota:
    E o Luís que não se atreva a censurar o meu ordinário comentário, no máximo, que ponha uns "pis" nas palavras de merda que utilizo.
    Caso contrário, passa a ser mais um merdoso.

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  3. Mais uma iniciativa dentro do espirito de "mais vale parecer do que ser".

    "o link desapareceu" foi uma forma simpática de referir que o artigo foi censurado?

    Alguns anónimos podiam utilizar o seu direito democrático de não ler.

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  4. Não generalizemos caro Luis, assino um blogue de cariz ambientalista,, mas não estou de acordo nem subscrevo esta palhaçada, da semana europeia da mobilidade ao dia sem carros.

    Nem um nem outro são invenção de ecologistas, ambientalistas, conservacionistas ou afins, são iniciativas governamentais via Comunidade Europeia que terão sentido na europa das alternativas, mas não no Portugal de hoje.

    O fim é pois contraproducente, bacoco e algo salazarento, meter a ecologia ou o ambiente aqui é um erro que será tudo menos inocente.

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  5. Concordo consigo ponto verde. Ecologia sim, demagogia não.
    LC

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  6. 1-Estas politicas são lavagens cerebrais para o povo que precisa de ocupar a cabeça para não perceber como o dinheiro do seu trabalho é mal gasto todos os dias, pelo politicos .
    Se o povão andar com a cabeça ocupadinha mama melhor! É como cantar uma musiquinha para bebé embalar!

    2- Eu detesto que usem, as calinadas de escrita do LC , para lhe infringirem golpes baixos. Por favor vão á RTP , que come o nosso dinheiro, e mostrem o quanto sabem de português e da sua sintaxe aos seus jornalistas ou vão ensinar o Socrates a falar, agora não rebaixem o LC, que faz um trabalho sério e não come o nosso dinheiro!

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