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sábado, julho 14, 2007

A força do silêncio

Esta campanha para as autárquicas em Lisboa veio confirmar aquilo que muitos observadores atentos andam a dizer há muito: a forma de fazer política em Portugal está velha e caduca, desajustada aos tempos modernos em que vivemos.

A Internet está a fazer parte do nosso quotidiano. Usamo-la para tudo e temos uma relação interactiva com este novo meio. Os jovens passaram a ter a Internet como o seu meio natural, onde se cruza passatempo, lazer, engate, trabalho e conhecimento.

Por causa de tudo isto, e muito mais, os jornais mudaram métodos de trabalho, reinventaram as linguagens visuais e escritas, passaram a ser títulos multimédia e não só marcas no papel.

Nós jornalistas estamos a fazer uma revolução nas nossas vidas, na nossa profissão, nos nossos objectivos de conquista de novos leitores, os que são jovens e andam na net e que estão cansados dos jornais do papá.

Ora na política nada disto aconteceu, pelo contrario. As campanhas de charanga no ar, de beijinhos e apalpões, de sound bites para as rádios e televisões, as campanhas da gritaria em vez do debate e da apresentação clara dos projectos concretos, as campanhas populistas das vassouras do Portas com boné ou de Costa a ser içado até janelas de rés do chão, são patéticas, medíocres, fora de tempo.

São formas cínicas de fazer política. São os métodos das Testemunhas de Jeová. Por isso o pais está como está. Enquanto os portugueses não recusarem nas urnas, com a abstenção massiva, este tipo de política do engraxatório para depois no Poder lançar sobre os eleitores todo o tipo de impostos, restrições e leis anti-sociais não iremos a nenhum lado.

Amanhã os lisboetas tem uma oportunidade para protestarem contra a incompetência, o populismo, a demagogia e o cinismo.

Vão à praia, respirem fundo e sintam como é bom ignorar estes idiotas que nos desgovernam.

2 comentários:

  1. não concordo, adoro apalpar cus de em marchinhas eleitorais de gaijas extasiadas com os candidatos.

    E o folclore se acabar acabam as poucas fotos com acção e vida que aparecem nos jornais. O resto e na Net é tudo teatro, fabricado em estúdio e em softwares de efeitos especiais.

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