Com o título Uma resposta a Luiz Carvalho, o meu amigo e colega Jorge Barbosa que eu muito estimo e com quem trabalho na melhor das relações profissionais, sem nenhum favor, todos os dias e várias vezes ao dia, ficou indignado comigo ( percebo perfeitamente) e respondeu-me à letra.
Mandou-me ontem um link para a sua indignação, o que eu lhe agradeço, e depois de lida decidi publicá-la aqui e pôr a coisa a debate para quem quiser.
Para já só quero dizer que nada do que escrevi tem a ver com falta de estima pessoal pelo Henrique Cayate nem teria o atrevimento de por um momento pôr em causa o seu profissionalismo, curriculum, importância no design gráfico em Portugal.
As pessoas valem o que valem, e Henrique Cayate vale muito.
Agora, acho que não há vacas sagradas e quando começamos a mitificar as personalidades acabamos por caír em parcialidades, o que até é humano, louvável e comovente, mas não ajuda a termos uma análise mais objectiva.
Se o Jorge Barbosa ficou irritado quando leu o que escrevi sobre aquela triste capa, porque criticava o seu ( dele Jorge Barbosa) mestre, não percebo porque não entende que eu tenha ficado indignado quando vi uma das fotografias de referência do fotojornalismo português cortada ao meio como fazem ao bacalhau na Rua do Arsenal. Tendo sido a guilhotina acçionada por um artista que tem um curriculum de vários milhares de caracteres, e que eu estimo, fiquei perplexo.
Só para deixar bem clara a minha posição sobre este assunto do corta- não corta as fotos, vou voltar ao tema da gastronomia.
As fotografias não são todas iguais. Há umas que são filhas do pai ou da mãe ( autores) e que devem ser respeitadas como obras com estatuto de autoria e de obra de arte ( ou equiparado), há outras que são de autor e que devem ser respeitadas no essencial da sua essência e que permitem cortes e adaptações na hora de serem editadas ( até porque foram feitas com o propósito único de assim funcionarem) e há outras fotos que são meros registos fotográficos sem valerem como objecto de autor indentificado. Pode saber-se o autor, ele ser pago mesmo por isso, mas valem tanto como uma porca apertada por um canalizador.
Uma fotografia não é por si um objecto intocável ( isso só é válido para certos mestres !). Falo a sério.
O que aconteceu com a foto do António Pedro Ferreira ( meu amigo há quase 40 anos) e a quem eu me farto de cropar fotos na edição do EXPRESSO ( porque muitas dessas fotos são feitas para serem adaptadas ao jornal) e que tem um curriculum que refere passagem pela Magnum ( vamos lá puxar então pelos galões), foi que a foto que Cayate esquartejou é um verdadeiro filho fotográfico do APF. É uma foto de autor que vive do enquadramento, da relação entre o que se passa na metade inferior do enquadramento ( um marinheiro abraça a namorada numa pungente cena de saudade) e a parte superior com os mastros do navio e a bandeira que simbolizam o Poder, a força, a Pátria e gráficamente tem uma força incrível. É uma fotografia que tem geometria, sentido do enquadramento, ritmo gráfico, dialéctica, intenção, instante, luz, saturada gama de cinzentos, História, antropologia, análise sociológica, cultura fotográfica, olhar de mestre, assinatura. TUDO. Isto não pode ser banalizado por um designer e legitimado porque tem um curriculum do tamanho de um lençol e porque gosta de falar de ética entre o designer e a fotografia ( vê-se) em palestras. Aliás os fotógrafos, e a fotografia, dispensam esse tipo de discursos paternalistas. Era o que faltava!
O design não é arte em valor absoluto.
O design existe em primerio lugar para ter uma função.
A relação entre forma-função e a resolução desta simples equação é que faz um bom ou mau projecto de design. Portanto: o design gráfico é um TGV para transportar com clareza, conforto, prazer e eficácia, estilo também, as fotografias, os textos, os desenhos, tudo o que é conteúdo. E qaunto mais depressa passar, menos se nota e mais eficaz é.
Se não houver conteúdo não há razão para haver design, mas se não houver design os conteúdos sobrevivem sem ele, embora desconfortávelmente. É por esta razão que eu não concordo que se considerem jornalistas os designers porque não produzem conteúdos jornalisticos, embora tenham de ter cultura jornalistica e espirito de jornalistas ( falo aqui dos designers de imprensa, claro).
Isto, meus caros, é como a comidinha. Há anos fui jantar com uma amiga numa operação de charme. Entrámos no restaurante, a dona ao conhecer-me como cliente habitual diz que vai buscar um tinto especial e quando dá o vinho a provar a estúpida da miúda sai-se com esta:" arranjava-me uma seven-up para misturar?" - eu se pudesse tinha-me enfiado pelo chão abaixo. Mandei a miúda dar uma volta. estranho: eu adoro seven-up no vinho, mas é com sardinhas, em feiras de verão e com carrascão da casa. Jorge Barbosa, meu querido: percebes a diferença ?
Abraço e cá continuaremos a cortar fotos todos os dias, mas também vamos almoçar aqui à cantina do Torneiro( onde há dias em que nem se come mal!)
Luiz Carvalho
PS: Insisto: não tenho nada contra designers. O meu filho André é designer gráfico, o meu director de arte é designer ( e excelente, e sem peneiras e com uma compreensão rara e respeito pela fotografia), eu frequentei até ao 3º ano de design na ESBAL( 1972-1975), ao mesmo tempo que me licenciava em arquitectura, um dos meus mestres é designer e chamava-se Alexander Brodovitch. You Know?
"Foto cortada às postas"As postas de pescada de Luiz Carvalho
http://www.jorgebarbosa.com/jotabe3/01centro.html#"Post" de Sexta-feira, 8 de Junho de 2007
"Vejo na FNAC um livro do António Lobo Antunes. Reparo que tem na capa uma fotografia do António Pedro Ferreira (APF), porventura uma das suas melhores fotografias de autor,um marinheiro abraçado à namorada antes de partir em missão".Vejo no Instante Fatal um ´post’ de Luiz Carvalho (LC). Reparo que LC tem aqui, porventura, uma das piores intervenções, porque marinheiro que escreve sobre coisas de mar, não se pode afogar.Vejo também que (LC) não apresenta aqui a imagem da capa do livro, para o leitor, avaliar ele próprio, a tão extraordinária fotografia de António Pedro Ferreira.
"Reparo que a fotografia foi decepada ao meio. Procuro lá dentro para ver se a fotografia traz crédito, traz assim:" capa de Henrique Cayate sobre uma fotografia de António Pedro Ferreira". Nem quero acreditar "!Reparo que LC sabe procurar mas não sabe escrever nem tão pouco copiar!O crédito não ‘traz assim’, como ele diz, porque Cayate não é Cayate mas sim: Cayatte.Nem quero acreditar!Por outro lado, segundo LC, é referido: sobre uma fotografia...Esta expressão quer mesmo dizer que houve uma intervenção intencional do desenhador. Esse facto está correctamente explícito no crédito, não está por isso, escondido. Acontece muito este tipo de intervenção ou reenquadramento, por exemplo, em obras de arte.No crédito, isso tem de vir especificado, tal como acontece aqui.
"Acho um grande abuso da parte do Henrique Cayate e de uma grande falta de consideração e de ética, ter feito semelhante trabalho sobre uma fotografia do APF".No dia 19 de Novembro de 2004, durante o Primeiro Congresso - O melhor do Design Jornalístico - Espanha/Portugal (ñh01), na cidade de La Corunha, a intervenção de HC,à qual eu tive o prazer de assistir, tratou precisamente da ética profissional do designer, ao manipular fotografias, e da responsabilidade que estes profissionais têm para com o futuro da humanidade. Embora o âmbito dos trabalhos em causa seja outro: design gráfico jornalístico / design gráfico editorial de outro tipo na capa do livro de António Lobo Antunes, a preocupação de HC não deixou margem para dúvidas, ao criticar a manipulação das fotografias, fazendo um apanhado histórico muito completo e muito incisivo.
"Os artistas gráficos têm este tique de deceparem fotografias. Cortam fotos às postas como se tratassem bacalhau.Se fossem mestres de culinária pegavam em bifes de primeira, transformava-nos em hamburgueres para serem acompanhados com ketchup e mostarda".As fotografias são matéria prima essencial para o designer transmitir ao destinatário as ideias a que se propõe. E se aquilo que se pretende for melhor realçado com o seu reenquadramento tanto melhor, como bem sabe LC, que por sinal assim o pratica, todosos dias, à minha frente, no trabalho que ambos tão bem desenvolvemos na Revista Únicado jornal EXPRESSO. Depende do que se está a fazer, depende do que se quer fazer.Henrique Cayatte é o grande mestre desta culinária. A maior referência do design português de todos os tempos. O Mestre de facto.
"Os gráficos adoram estragar porque o narcisismo latente leva-os a sobreporem o grafismo ao conteúdo. Não entendem que o grafismo é tanto melhor quanto menos se notar e que o grafismo não pode canibalizar as fotos e a mensagem dos textos. Desde que os consideram artistas e jornalistas ninguém os atura. Claro que há exemplos de bons profissionais, eu lido com eles todos os dias".Luiz Carvalho tem como profissão o jornalismo, a reportagem, não percebeu ainda que existem vários tipos de intervenção ao nível do design, diferentes do âmbito jornalístico. Neste caso: a capa de um livro, HC poderia mesmo ter usado só um pixel da fotografiade António Pedro Ferreira.Relativamente ao design gráfico editorial desenvolvido dentro de um jornal, LC trabalha todos os dias, e à muitos anos com designers. Sabe que eles são dentro de uma redacçãoo elemento equilibrador, o pilar visual de uma publicação. Todos os fotógrafos querem publicar, sempre muitas fotografias. Todos os jornalistas querem escrever sempre, muitos caracteres. Os designers têm de ser um pouco fotógrafos e jornalistas, e estes têm de ser também um pouco, designers. Isto é tão óbvio. Todos trabalhamos para alguém: o leitor.Não cabe aqui portanto o narcisismo.
"Fiquei deveras chocado. Quem é o Henrique Cayate para assassinar em público uma fotografia de um fotógrafo como a António Pedro Ferreira ?O grafismo é para servir não para ser servido".Para responder à pergunta quem é o Henrique Cayatte: nada melhor do que apresentaro seu curriculum profissional. Mas atenção, se o leitor não estiver sentado numa cadeira, sente-se, não vá cair para o lado de espanto.Apresento também, a seguir ao Curriculum, um ‘post’ de 13 de Fevereiro de 2007, retirado do blog de Nicolau Santos (Economista Poeta). Um texto também ele conclusivo.-----
Curriculum (não actualizado) de Henrique Cayatte
Henrique CayatteLisboa, 1957. 49 anos. Designer.Membro da Associação Portuguesa de Designers.Foi director gráfico de diversas editoras e trabalhou como freelancer na área editorial.Participação na 1.ª Exposição de Ilustradores Portugueses [S.N.B.A. 1985].Membro da Selecção Portuguesa à Bienal Internacional de Ilustração Infantil de Bratislava [B.I.B.1985].1.º Prémio de Ilustração da Secretaria de Estado da Cultura 1986 para o conjunto da obrade ilustração.Prémio Fundação Calouste Gulbenkian de Ilustração 1988.Artista convidado da VI Bienal Internacional de Design Gráfico de Vila Nova de Cerveira.Foi fundador e autor do design global, editor gráfico e ilustrador do jornal Público.Design da revista Ler [Círculo de Leitores].Artista convidado da Arte Pública, Lisboa 91, da Câmara Municipal de Lisboa, com a escultura Os Corvos.Autor da ideia e do projecto Cassiano Branco e o Éden – Lisboa 91, tendo sido co-comissário da exposição e responsável pelo design global.Apresentou proposta de recuperação do Éden como edifício polivalente.Em 1990 fundou o Atelier Henrique Cayatte, onde desenvolve trabalho de design na área cultural, educativa e científica, ilustração e produção de trabalho editorial, bem como assessoria gráfica e de comunicação pluridisciplinar e multimédia.Membro e conferencista, desde 1993, dos Rencontres Internationales de Lurs [França].Designer coordenador dos catálogos para a área de exposições da "Lisboa Capital Europeia da Cultura '94".Editado pelo Who's Who in Graphic Design [ed. 1994].Pertenceu à Comissão Organizadora do Congresso Internacional de Design Gráfico – ICOGRADA PORTUGAL'95, tendo pertencido ao respectivo Board International.Integra a equipa que ganhou o prémio especial do júri Moebius/Barcelona 1995 [UNESCO],para o CDI sobre o Barroco.Dirige, entre 1995 e 2001, o Seminário Avançado de Design de Comunicação do A.R.C.O.De Setembro de 1995 a Julho de 1996 foi autor de uma crónica semanal de rádio sobre design, na T.S.F.Editado pela revista Graphis [1996].Representante português no júri do Concurso Internacional "Banknote Design" do InstitutoMonetário Europeu, para a escolha do EURO.Foi consultor para os projectos especiais de design da EXPO '98 e do respectivo plano de pormenor do recinto.Desenvolveu, em conjunto com o arquitecto italiano Pierluigi Cerri, o sistema de sinalética e comunicação da EXPO ’98.Consultor para o 3.º núcleo expositivo e responsável pelo design do Pavilhão de Portugal na EXPO '98Art Director dos CD-Rom Arte Portuguesa do Século XX e Biblioteca Virtual dos Autores Portugueses.Foi Art Director do canal de televisão CNL – Canal de Notícias de Lisboa.Textos, aulas e comunicações sobre design em Portugal e no estrangeiro.Comissário e autor do design global para a exposição Liberdade e Cidadania – 100 Anos Portugueses.Um dos coordenadores do curso de pós-graduação em Design Urbano da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e do Centro Português de Design.Em 1999 ganha o Prémio Nacional de Design, atribuído pelo Centro Português de Design.Responsável pelo design global do Pavilhão de Portugal na exposição universal Hannover2000.Design da revista Egoísta.Em 2001 ganha o Prémio Nacional de Ilustração.Em 2002 ganha o concurso para a concepção de um modelo de comunicação no espaço público e projecto de sinalética aplicável às operações POLIS, promovido pelo Ministério do Ambiente e organizado pelo Centro Português de Design.Maio de 2002. Exposição em Bruxelas Atelier Henrique Cayatte, 2002 – 22 anos de trabalho.3 Prémios APEX [EUA] para o design da revista Egoísta.Membro do Conselho Consultivo do Centro Português de Design.Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, na modalidade Livro Ilustrado com a obra Estranhões & Bizarrocos de José Eduardo Agualusa.Co-comissário e autor do design global da exposição Engenho e Obra – Engenharia portuguesa no século XX.Medalha de prata Design, medalha de mérito Design da Society of Publication Designers [SPD] para a revista Egoísta.Vencedor do prémio Dibner Award 2003 [EUA] com a exposição Engenho e Obra – Engenharia portuguesa no século XX.Prémio Nacional de Design 2003 [Troféu Sena da Silva – carreira].Professor convidado na Universidade de Aveiro.Presidente do Centro Português de Design [desde Julho de 2004].Comissário e autor do design global da exposição 19902004 Arquitectura e Design de Portugal, Trienal de Milão.Projecto expositivo do Pavilhão de Portugal na exposição mundial de Aichi 2005, Japão.Vencedor em 2005, de 4 prémios para a revista Egoísta na categoria de Design : 2 medalhas de mérito na categoria de Design pela Society of Publication Designers [SPD], 1 prémio de Design & Layout atribuído pela APEX (Awards for Publication Excellence, EUA) e 1 Prisma Award medalha de ouro Best of Show.Autor do design global da obra D. Quixote, editada pelo jornal Expresso.Autor do novo design global dos jornais Diário de Notícias e O Jogo.Prepara actualmente, entre outros projectos uma grande exposição sobre a Terra para a Faculdade de Ciências de Lisboa.Autor do design global do novo Passaporte Electrónico Português e do Cartão de Cidadão.-----
Henrique Cayatte e o novo "Público""Post" de Nicolau Santos / 13 de Fevereiro de 2007
http://www.jorgebarbosa.com/jotabe3/01centro.html#
"A mudança gráfica de qualquer jornal é quase sempre recebida com pouco entusiasmo pelos leitores fiéis que, habituados a uma certa organização e grafismo, não gostam de alterações que lhes baralham os hábitos. Na maior parte, contudo, acontece-lhes depois o que Fernando Pessoa disse, em campanha publicitária para a Coca-Cola, que se iria passar com os portugueses quando a bebida americana se preparava para entrar no mercado nacional: "Primeiro, estranha-se. Depois, entranha-se".
Fundado em 1990, o "Público" sofreu esta semana uma radical mudança gráfica. Se essa mudança vai ou não num sentido mais popular, se o jornal está mais confuso e menos organizado, logo mais difícil de ler, serão os leitores e o mercado a julgar. Mas não é disso que quero falar, mas sim do anterior modelo, que sofreu alguns retoques ao longo da sua vida, mas sem nunca perder a identidade gráfica, que fazia do "Público" o mais bonito jornal diário português.
Ora esse modelo, convém lembrá-lo nesta altura, foi desenhado pelo que considero ser o melhor e mais original "designer" português, Henrique Cayatte - que, para além do "Público", tem uma vasta obra em muitos e diversos sectores. Recentemente, colaborou com o "Expresso" desenhando o grafismo do D. Quixote, que publicámos em fascículos, com desenhos de Júlio Pomar, tornando-se igualmente uma peça de arte lindíssima.
Ao longo de quase 20 anos, o "Público", repito-o, foi, do ponto de vista gráfico, o mais elegante e bonito jornal diário de Portugal. Se jornal tivesse sexo, o "Público" seria uma lindíssima mulher, com um enorme toque de classe. No momento em que o "Público" decide deixar cair o modelo gráfico que tinha desde a sua fundação, não ficaria bem com a minha consciência se não deixasse aqui o meu testemunho público de apreço e admiração pelas qualidades profissionais e humanas de Henrique Cayatte. Agradeço-lhe não só o jornal que nos deu, mas também o facto de ter provado que, em matéria de "designers" gráficos, não precisamos de andar á procura de soluções pelo mundo: temos em Portugal do melhor que há no planeta".-----
E mais nada...
Jorge Barbosa
Quem se mete com o Cayatte... leva.
ResponderEliminarCayatte ? quem é ? espeta-mo na árvore de natal...
ResponderEliminarSó conheço o bass o glaser o carson e o brody...TUDO O QUE É NACIONAL É MAU
Só desejo deixar um pequeno reparo. Na fotografia mencionada,a pessoa a quem o marinheiro esta abraçado não é a namorada. Pela rugasidade da mão e o traje que veste. é mais provavel que seja a mãe.
ResponderEliminareh,pá a propósito da sardinha,do 7-up e do carrascão...que g'and peixeirada!
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