Em 1995 Guterres tinha acabado de entrar para primeiro ministro. Uma tragédia desabou numa casa abandonada na margem sul onde viviam 600 pessoas clandestinamente.
Houve várias mortes depois de um desabamento e Guterres visitou o local.
Vimos essas imagens na SIC. Então o país era muito mais pobre e o primeiro- ministro ia aos locais falar com os pobres e viam-se os sapatos dos governantes a chapinharem na lama.
Não me lembro de nenhuma imagem de Sócrates a falar com pobres, em locais miseráveis, a dar uma palavra de conforto, a ajudar. Ou já não há miséria em Portugal ou os fatos estilo Armani de Sócrates não se coadunam com o socialismo social.
Acho que o país mudou para melhor. A reportagem da Catarina mostrava as personagens de 95 e onde estavam agora. Uma diferença incrível. Hoje vivem em casa dignas, cresceram bem, trabalham. Têm uma vida. Quem fez por isto ? A Câmara de Almada, o governo de Guterres, com Ferro a cortar a fita das casas então dadas.
O ESTADO TEM ESTA OBRIGAÇÃO SOCIAL. É para isso que pago 40 por cento do que ganho: para haver solidariedade social neste país e não para pagar obras faraónicas, estúpidas, caras e inúteis.
Aqui a SIC fez um excelente trabalho e as falhas da forma televisiva até se desculpam com a força da história.
Uma das coisas que mais me impressionou nesta reportagem foi ver os putos pobres vestirem agora como os da classe média, e as miúdas estarem todas produzidas.
Nem tudo é mau, afinal no Portugal. Mas não foi Sócrates com a sua politica anti-social, assente num neo-liberalismo sem cultura politica que permitiu e vai permitir a mudança.
Se não for a economia, a conjuntura internacional e os investidores nacionais, não esperem milagres do socialista português que sonhava ser Blair.
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