Gostava que António Costa pusesse o dedo na ferida lisboeta que é o Porto de Lisboa. Como sabemos é uma entidade que se porta como uma super autarquia dentro da cidade, que se sobrepõe à vontade dos cidadãos, dos governos, dos autarcas. Não sabemos bem de quem depende, sabemos que gere com total impunidade a orla do Tejo em toda a sua extensa margem lisboeta.
Não houve até agora nenhum ministro que pusesse em causa tantos poderes, tirando talvez no tempo de Cavaco quando arrancou o plano de recuperação do porto de Lisboa que deu origem a bares, marinas e outras acções que apesar de discutíveis iniciaram uma aproximação da cidade com o rio.
Agora parece que o Porto de Lisboa está a transformar-se num patrão de costa com poderes para decidir de construções faraónicas, hoteis à beira-rio...o que se fez com a estação de embarque no Cais do Sodré é uma verdaeira bosta, mas como foi projectada por um arquitecto de referência não houve uma voz discordante. Uma !
Assim como a Agência Marítima Europeia, um edifício com 200 metros de comprimento em cima do rio em pleno Cais Sodré, cortando a ligação com o rio. E o que se está a fazer entre Belém e o jardim da Torre é outra aberração.
Estão todos caladinhos e o Porto de Lisboa factura como se fosse um latifundiário de imobiliário urbano.
Espero que Manuel Salgado, um arquitecto de muito bom senso, aconselhe Costa a pôr tino no Porto de Lisboa.
bom senso o Salgado? Ó Luiz de Carvalho...poupe-me
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