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terça-feira, junho 05, 2007

Afinal, portugas não são calões

Os portugueses laboram o mesmo que os alemães e mais que os franceses, noticia o «Diário de Notícias».
Um estudo da Mercer, uma conceituada consultora de recursos humanos, hoje a divulgar em Lisboa, coloca Portugal na média europeia de dias gozados sem trabalho. Isto, claro, levando em conta os cinco dias semanais de trabalho, com pelo menos dez anos de serviço.
Contas feitas, os finlandeses têm mais dez dias de férias e feriados do que os portugueses.
E, alerta o «Diário de Notícias», não se pense que os cidadãos do ex-bloco comunista são na União Europeia a 27 dos que mais trabalham: na Estónia, Lituânia, Eslováquia e na Eslovénia os dias extras de descanso variam entre os 36 e os 40.
Ao todo, entre férias e feriados os portugueses gozam, em média, 34 dias anuais, enquanto em terras da Nokia (Finlândia) as folgas somam os 44 dias.
Reino Unido, Holanda e a Roménia estão entre as nações que menos dias livres concedem aos seus cidadãos. Com resultados, em termos económicos, distintos. Estas nações conseguem reduzir os «dias de folga» porque cortaram nos feriados. Regra geral, as férias representam 20 dias úteis, enquanto que os feriados não ultrapassam os sete ou oito dias. O estudo da Mercer destrói vários mitos. Um deles é o que se passa com os países de Leste, o que pode merecer a atenção dos departamentos de recursos humanos das multinacionais com planos para se deslocarem para o Leste.
Em geral, as nações resultantes da desagregação do «império soviético», como a Eslováquia e a Eslovénia, detêm o recorde de feriados, com 15 e 16 dias de gozo, respectivamente. E, nesta contabilidade, não são levados em conta os «feriados regionais», evocativos de festas religiosas ou nacionalistas. Bem como, claro está, a concessão de «tempos extras» legais, concedidas por muitos Estados, por motivo de casamentos ou licenças por funerais.

4 comentários:

  1. As bocarras em relação á pouca produtividade do Zé Povinho sempre foi uma arma contra as classes baixas deste sítio frequentado por chulos c diplomas universitários.
    Desde a Monarquia passando pela 1ª República e a Ditadura e depois do 25 de Abril....mas antes mesmo encontramos em textos diversos insultos de nobres lacaios e burgueses abastados aos seus servidores. Os mesmo que lhes enchiam os bolsos com trabalho quase grátis...o que aliás ainda hoje se encontra em certas circunstâncias.
    Quanto ganha por exemplo os estagiários de Arquitectura em ateliers de Arquitectos. Sei de um caso em que a estagiária ainda paga.
    E nas redacções dos jornais, é vê-los a ganhar o ordenado mínimo e outros nem isso.
    É por estas e por outras que o lamento do Prado Coelho parece razoável mas no fundo no f8undo soa a XOXO quando põe o ónus da nossa desgraça nas costas do Povo.
    É mais um que se serviu do Povo quando era comuna e depois xuxa para facturar e agora que está na reforma morde a mão de quem o acolheu como seu igual. O ensaio " A Traição dos Intelectuais" do J Benda foi escrito há muitas décadas mas é muito actual.
    E pergunta-se o País na generalidade funciona no dia a dia merc~e do trabalho quotidiano dos simples.A infraestrura.
    Onde o nosso ranking é péssimo é ao nível da superestrutura, coisa da responsabilidade dos doutores e engenheiros intelectuais e afins.
    Repare-se Fernando Pessoa artista do cânone universal ( pelo menos segundo Bloom) era um autodidacta, Saramago Prémio Nobel, pouco mais que analfabeto 4º Ano do Curso de Serralheiro Mecânico, de resto NADA nadica que se tenha distinguido e possa exibir c orgulho canudos de Lisboa,Coimbra ou Baixa da Banheira

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  2. No Expresso on-line: «Perante as declarações do ex-presidente da autarquia lisboeta, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) deu instruções à PJ para a abertura de uma "averiguação preventiva". Não se trata de um inquérito crime, mas de uma fase anterior que servirá para a recolha de informação. Depois caberá ao DIAP decidir se é aberto um inquérito crime ou se a informação recolhida é anexada aos processos já em curso sobre a gestão de Carmona Rodrigues na Câmara de Lisboa.»

    Sendo uma “averiguação preventiva,” coisa que não sei bem o que seja no nosso direito processual penal, teremos aqui um “pré-arguido” ou talvez um “proto-arguido”.

    É o que faz usar o conceito de arguido como arma de arremesso político, depois dá nisto. Do mal, o menos, porque já vai sendo tempo de alterar a lei, que obriga a que se seja arguido se acaso temos um vizinho que não gosta de nós e se lembra de nos denunciar de uma treta qualquer.

    Mas, pergunto se fosse um de nós, se não levaríamos logo com o arguido em cima, ficando a dúvida.

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  3. Até o Bagão Félix denunciou no Choque ideológico as políticas laborais ultra liberais que se praticam em Portugal ( nem nos USA se abusa tanto dos trabalhadores autóctones )que endureceram após 25 de Abril com a conivência da pseudo esquerda as traições de Soares e Cunhal às PME e da CGTP/UGT aos trabalhadores em geral. Senão não éramos como somos os mais mal pagos da UE.Salvo os políticos e os que se encostaram aos Partidos. Abaixo o Parlamentarismo !

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  4. Viva a Democracia, o governo dos piores !!!!!

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