Talvez o post abaixo fique aqui bem, porque, afinal, eu tenho um problema de liberdade. ... “O “212ahora” encerra com este post a sua curta mas intensa actividade, como resultado de uma análise introspectiva sobre a importância deste meu interlocutor.
Talvez seja o momento adequado para que quem me leu na blogosfera ficar a saber quem foi “212ahora”, como é que nasceu e por que vai morrer.
Tudo começou num contexto de vivências pessoais e profissionais complicadas, sendo despertado para a necessidade criar um blogue como forma de exteriorizar e de repartir sentimentos e muitas angústias.
A ideia partiu de alguma troca de impressões com o autor de outro blogue, O Instante Fatal, aquando de um post que publicou sobre o ministro da Economia, a propósito deste ter sido interceptado a conduzir a 212 quilómetros à hora.
O autor do Instante Fatal é editor coordenador de fotografia do Expresso e defendeu no seu post algumas ideias que desculpavam o ministro, contra o que me insurgi, defendendo que a lei deve ser igual para todos, não interessando, agora, estar aqui a discutir este assunto, por não ser este o meu propósito.
Como Oficial de Polícia fui envolvido numa série de problemas, no contexto do exercício de funções com alguma responsabilidade, os quais me desiludiram profundamente.
Os problemas em que me vi envolvido não vêm aqui para o caso, porque, apesar de sentir uma necessidade, sempre emergente, de os tornar públicos, tenho vindo sempre a resistir em o fazer, por achar que a roupa suja se deve lavar em casa, não sendo do meu estilo ser um delator, mesmo quando certas verdades mereciam a pena ser tornadas públicas. E se o não fiz também não é agora que o vou fazer.
No contexto desta motivação comecei a perceber que a minha atitude no “212ahora” era, por vezes, encapuzada e metafórica, pretendendo tornar públicos os tais problemas mas não tendo a ousadia de o fazer, por razões de ordem ética.
Então, fui começando a perceber que continuava a falar em circuito fechado, o que tornava público era “nada” e que falava para o universo desconhecido da blogosfera mas, afinal, apenas me queria dirigir a uns “quantos”.
Não tendo retorno dos meus desabafos, ou seja, não sentindo outro interlocutor para além do próprio “212ahora”, comecei a enviar os meus posts apenas aos “quantos” atrás referidos. Na prática, substitui as secas que dava aos meus “quantos” pelo envio compulsivo de mails com os meus posts, como que os obrigando a gramar com os meus desabafos, desenvolvendo um processo de terapia sem resposta.
Continuando em circuito fechado e num processo de alguma esquizofrenia. Porque, vejamos bem, o “212ahora” é um tipo que anda comigo, quando, eu próprio estou maldisposto ou, simplesmente, não estou bem.
Sendo assim, das duas uma, ou abria o jogo e divulgava os motivos dos meus problemas, tornando públicos assuntos de grande gravidade, ou continuava a dar secas, numa manifesta incapacidade de gerir as emoções e correndo riscos sérios dos meus “quantos” se limitarem a fazer delete aos meus mails.
Entrei, assim, num impasse do qual tenho que sair. E, ou parto a loiça toda e desabafo em público, ou tenho, de uma vez por todas, que resolver interiormente o que me chateia.
Tenho vindo, com altos e baixos, a optar pela segunda solução, sabendo que continuo a precisar dos meus “quantos”, mas tendo a consciência de que o meu amigo e confidente “212ahora” deixou de ter paciência para me aturar.
Mas, um destes dias, quando for um homem “livre” e puder exercer de forma plena os meus direitos de cidadania, o que ainda não posso, nem devo, enquanto Oficial de Polícia, então, terei, de novo, um blog. Seguramente, até aceitarei os convites que me têm sido feitos para escrever em jornais, ou passarei a ter uma intervenção cívica em fóruns que me dêem prazer e onde considere ser útil. Mas terá que ser com a minha fotografia e o meu nome verdadeiros.
Por agora, espero apenas ter conseguido dar mais um “passo” para conseguir resolver os meus “tais” problemas.
Por gratidão ao Instante Fatal, vou lá colar este último post do agora morto “212ahora”, esperando que o Luís de Carvalho o não apague, mas não se livrando de o chatear quando disser mal da “bófia” de forma que não seja ”vulgar”.
Aos “quantos”, apenas o enviarei por mail a uma amiga muito especial, porque a ela devo o facto de me ter “safado”.
Quanto ao “212ahora” deixei de ter pachorra para o aturar. O que não deixa de ser um bom sintoma.” ...
25 de Abril Sempre!
ResponderEliminarTalvez o post abaixo fique aqui bem, porque, afinal, eu tenho um problema de liberdade.
ResponderEliminar...
“O “212ahora” encerra com este post a sua curta mas intensa actividade, como resultado de uma análise introspectiva sobre a importância deste meu interlocutor.
Talvez seja o momento adequado para que quem me leu na blogosfera ficar a saber quem foi “212ahora”, como é que nasceu e por que vai morrer.
Tudo começou num contexto de vivências pessoais e profissionais complicadas, sendo despertado para a necessidade criar um blogue como forma de exteriorizar e de repartir sentimentos e muitas angústias.
A ideia partiu de alguma troca de impressões com o autor de outro blogue, O Instante Fatal, aquando de um post que publicou sobre o ministro da Economia, a propósito deste ter sido interceptado a conduzir a 212 quilómetros à hora.
O autor do Instante Fatal é editor coordenador de fotografia do Expresso e defendeu no seu post algumas ideias que desculpavam o ministro, contra o que me insurgi, defendendo que a lei deve ser igual para todos, não interessando, agora, estar aqui a discutir este assunto, por não ser este o meu propósito.
Como Oficial de Polícia fui envolvido numa série de problemas, no contexto do exercício de funções com alguma responsabilidade, os quais me desiludiram profundamente.
Os problemas em que me vi envolvido não vêm aqui para o caso, porque, apesar de sentir uma necessidade, sempre emergente, de os tornar públicos, tenho vindo sempre a resistir em o fazer, por achar que a roupa suja se deve lavar em casa, não sendo do meu estilo ser um delator, mesmo quando certas verdades mereciam a pena ser tornadas públicas. E se o não fiz também não é agora que o vou fazer.
No contexto desta motivação comecei a perceber que a minha atitude no “212ahora” era, por vezes, encapuzada e metafórica, pretendendo tornar públicos os tais problemas mas não tendo a ousadia de o fazer, por razões de ordem ética.
Então, fui começando a perceber que continuava a falar em circuito fechado, o que tornava público era “nada” e que falava para o universo desconhecido da blogosfera mas, afinal, apenas me queria dirigir a uns “quantos”.
Não tendo retorno dos meus desabafos, ou seja, não sentindo outro interlocutor para além do próprio “212ahora”, comecei a enviar os meus posts apenas aos “quantos” atrás referidos.
Na prática, substitui as secas que dava aos meus “quantos” pelo envio compulsivo de mails com os meus posts, como que os obrigando a gramar com os meus desabafos, desenvolvendo um processo de terapia sem resposta.
Continuando em circuito fechado e num processo de alguma esquizofrenia. Porque, vejamos bem, o “212ahora” é um tipo que anda comigo, quando, eu próprio estou maldisposto ou, simplesmente, não estou bem.
Sendo assim, das duas uma, ou abria o jogo e divulgava os motivos dos meus problemas, tornando públicos assuntos de grande gravidade, ou continuava a dar secas, numa manifesta incapacidade de gerir as emoções e correndo riscos sérios dos meus “quantos” se limitarem a fazer delete aos meus mails.
Entrei, assim, num impasse do qual tenho que sair. E, ou parto a loiça toda e desabafo em público, ou tenho, de uma vez por todas, que resolver interiormente o que me chateia.
Tenho vindo, com altos e baixos, a optar pela segunda solução, sabendo que continuo a precisar dos meus “quantos”, mas tendo a consciência de que o meu amigo e confidente “212ahora” deixou de ter paciência para me aturar.
Mas, um destes dias, quando for um homem “livre” e puder exercer de forma plena os meus direitos de cidadania, o que ainda não posso, nem devo, enquanto Oficial de Polícia, então, terei, de novo, um blog.
Seguramente, até aceitarei os convites que me têm sido feitos para escrever em jornais, ou passarei a ter uma intervenção cívica em fóruns que me dêem prazer e onde considere ser útil.
Mas terá que ser com a minha fotografia e o meu nome verdadeiros.
Por agora, espero apenas ter conseguido dar mais um “passo” para conseguir resolver os meus “tais” problemas.
Por gratidão ao Instante Fatal, vou lá colar este último post do agora morto “212ahora”, esperando que o Luís de Carvalho o não apague, mas não se livrando de o chatear quando disser mal da “bófia” de forma que não seja ”vulgar”.
Aos “quantos”, apenas o enviarei por mail a uma amiga muito especial, porque a ela devo o facto de me ter “safado”.
Quanto ao “212ahora” deixei de ter pachorra para o aturar. O que não deixa de ser um bom sintoma.”
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Para o Luís um "yours"... Sincero, acredite.
Não se vá embora 212 a sua participação é fixe e faz falta aqui ao instante. Conto consigo camarada
ResponderEliminar25 sempre
Luiz Carvalho