Luís de Carvalho, aquela do José Rodrigues dos Santos ser um jornalista completo, porque até dá notícias do interior (quando deu o arroto) é mesmo “impagável”. Mas, vai desculpar usar o seu blogue, e veja este apanhado da vida real:
"Terça-feira, 6 de Fevereiro de 2007: O Diabo existe, afinal. Acabei de pagar os cem euros acordados com o dono das quatro ovelhas que o Black abocanhou, depois de ter deixado mais dezasseis euros no canil municipal por uma noite de cadeia.
O homem das ovelhas já estranhava a minha demora, pensando que eu lhe tinha dado a volta e que, depois de resolvido o problema da libertação do Black, me fazia de esquecido do compromisso acordado.
Acontece que, depois de ontem andar em pijama a resolver o problema, contrariando as indicações do médico para não sair de casa por causa de uma arreliadora gripe, a segunda em cerca dois meses, outros factos ocorreram, e que me fazem acreditar que se Deus não existe, é provável que o Diabo, afinal, ande por aí.
De manhã, fui com a minha mulher fazer o curativo devido a uma operação a um pé, feita há quatro dias, ficando preocupado porque um hematoma num dos dedos, provavelmente devido a um mau jeito dado e que terá provocado um derrame, me fazem ir ter com o cirurgião, amanhã, para ver se o problema é ou não razão para preocupações.
Há dois dias o carro da minha filha, mas cuja prestação sou eu a pagar, apareceu com o pára-brisas rachado. Na agência local da seguradora dizem que o seguro contra todos os riscos, que me custa uma pipa de massa, que não cobre vidros rachados mas só vidros quebrados. Tendo telefonado para o número verde da seguradora, ignorando a agência, o problema foi de imediato resolvido e no dia seguinte o carro já tinha o vidro substituído. Obviamente, se assim não fosse, só me restava partir o vidro, porque não dá para perceber a justificação dada. Que me interessa se o vidro está quebrado ou rachado se, em qualquer dos casos, o vidro não garantia segurança.
No dia seguinte, aparece o vidro do espelho do mesmo carro partido. E esta noite aparece a porta furada por debaixo do canhão da fechadura. Do mesmo carro. Se calhar, foi mesmo o Diabo.
Lá fui à mesma agência da seguradora, e constato que na participação que fiz na polícia que, sendo óbvio que me tentaram furtar a viatura, o seu conteúdo não garantia que me pagassem os danos, porque estes estariam enquadrados em actos de vandalismo. Por acaso, ao contrário da questão do pára-brisas, agora, a funcionária da seguradora foi impecável e aconselhou que fosse alterar a participação na polícia, devendo nesta constar que a viatura foi objecto de tentativa de furto. O que, afinal, era evidente, só que não estava lá escrito. Vamos ver como é que a coisa vai acabar. Depois conto. Se não pagarem, vou pensar a maneira do carro ser mesmo furtado. O que parece óbvio, para não ser burro duas vezes. Em apenas dois dias.
Amanhã, espero, sobretudo, que o dedo da minha mulher tenha mesmo só um hematoma.
Luís de Carvalho, aquela do José Rodrigues dos Santos ser um jornalista completo, porque até dá notícias do interior (quando deu o arroto) é mesmo “impagável”.
ResponderEliminarMas, vai desculpar usar o seu blogue, e veja este apanhado da vida real:
"Terça-feira, 6 de Fevereiro de 2007:
O Diabo existe, afinal.
Acabei de pagar os cem euros acordados com o dono das quatro ovelhas que o Black abocanhou, depois de ter deixado mais dezasseis euros no canil municipal por uma noite de cadeia.
O homem das ovelhas já estranhava a minha demora, pensando que eu lhe tinha dado a volta e que, depois de resolvido o problema da libertação do Black, me fazia de esquecido do compromisso acordado.
Acontece que, depois de ontem andar em pijama a resolver o problema, contrariando as indicações do médico para não sair de casa por causa de uma arreliadora gripe, a segunda em cerca dois meses, outros factos ocorreram, e que me fazem acreditar que se Deus não existe, é provável que o Diabo, afinal, ande por aí.
De manhã, fui com a minha mulher fazer o curativo devido a uma operação a um pé, feita há quatro dias, ficando preocupado porque um hematoma num dos dedos, provavelmente devido a um mau jeito dado e que terá provocado um derrame, me fazem ir ter com o cirurgião, amanhã, para ver se o problema é ou não razão para preocupações.
Há dois dias o carro da minha filha, mas cuja prestação sou eu a pagar, apareceu com o pára-brisas rachado.
Na agência local da seguradora dizem que o seguro contra todos os riscos, que me custa uma pipa de massa, que não cobre vidros rachados mas só vidros quebrados.
Tendo telefonado para o número verde da seguradora, ignorando a agência, o problema foi de imediato resolvido e no dia seguinte o carro já tinha o vidro substituído.
Obviamente, se assim não fosse, só me restava partir o vidro, porque não dá para perceber a justificação dada. Que me interessa se o vidro está quebrado ou rachado se, em qualquer dos casos, o vidro não garantia segurança.
No dia seguinte, aparece o vidro do espelho do mesmo carro partido. E esta noite aparece a porta furada por debaixo do canhão da fechadura.
Do mesmo carro.
Se calhar, foi mesmo o Diabo.
Lá fui à mesma agência da seguradora, e constato que na participação que fiz na polícia que, sendo óbvio que me tentaram furtar a viatura, o seu conteúdo não garantia que me pagassem os danos, porque estes estariam enquadrados em actos de vandalismo.
Por acaso, ao contrário da questão do pára-brisas, agora, a funcionária da seguradora foi impecável e aconselhou que fosse alterar a participação na polícia, devendo nesta constar que a viatura foi objecto de tentativa de furto.
O que, afinal, era evidente, só que não estava lá escrito.
Vamos ver como é que a coisa vai acabar.
Depois conto.
Se não pagarem, vou pensar a maneira do carro ser mesmo furtado.
O que parece óbvio, para não ser burro duas vezes.
Em apenas dois dias.
Amanhã, espero, sobretudo, que o dedo da minha mulher tenha mesmo só um hematoma.
E o Diabo que vá para o diabo que o carregue."
aquele gingle " rtp uuuuummm" da c qualquer pessoa em doida!
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