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domingo, janeiro 07, 2007

Ministro de Blair condena "deplorável" execução

Tony Blair ainda nada disse sobre a morte do ex-ditador de Bagdad

O ministro das Finanças britânico, Gordon Brown, condena o enforcamento de Saddam Hussein. Brown, tido como sucessor de Tony Blair, criticou o "deplorável conjunto de acontecimentos" que rodeou a execução do ditador iraquiano, em contraste com o primeiro-ministro britânico, que ainda não teceu qualquer comentário sobre a morte de Saddam Hussein.

Gordon Brown disse hoje, em entrevista à BBC, que "agora que temos o quadro geral do que aconteceu, podemos resumir isto como um deplorável conjunto de acontecimentos" que redundou nas imagens captadas por um telemóvel durante o enforcamento do ex-líder iraquiano.

O ditador foi acicatado com provocações dos soldados e observadores que assistiam à sua execução com gritos de "vai para o inferno". As imagens, que circularam na Internet, geraram ultraje e aumentaram as críticas à decisão de executar Saddam Hussein, quer da parte de países aliados do Iraque quer de países árabes sunitas, bem como alimentaram as tensões sectárias no coração do Iraque.

Gordon Brown lamentou o efeito de choque das imagens e da execução. "Mesmo aqueles que, ao contrário de mim, são a favor da pena de morte acharam isto totalmente inaceitável. Nada fez para diminuir as tensões entre as comunidades xiitas e sunitas".

O Presidente norte-americano, George W. Bush, comentou o enforcamento de Saddam e indicou que este deveria ter-se realizado de uma "forma mais digna", apesar de considerar que foi feita justiça.

Tony Blair ainda não comentou o assunto e, no dia da execução de Saddam, a 30 de Dezembro, encontrava-se de férias em Miami, em casa de um amigo, membro dos Bee Gees.

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