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sábado, janeiro 06, 2007

Capacetes azuis da ONU abusam sexualmente

ONU investigou 319 capacetes azuis por suspeitas de abuso e exploração sexual cometidos nas missões de paz em que estiveram envolvidos entre Janeiro de 2004 e Novembro de 2005.

A sub-secretária das Nações Unidas para as Operações de Paz, Jane Holl Lute, garantiu que o departamento está a colocar em prática novas directrizes para evitar casos de abuso sexual cometidos por soldados de paz, bem como para acelerar o apurar de responsabilidades nos casos que continuam a ser denunciados, como o que veio a público sobre o Sudão e que forçou o repatriamento de quatro capacetes azuis do Bangladesh.

Das denúncias relativas a 319 capacetes azuis resultaram o despedimento imeditado de 18 civis e o repatriamento de 17 polícias e 144 militares, elenca a agência de notícias espanhola EFE.

Jane Holl Lute vincou que o comportamento de qualquer soldado das forças de manutenção de paz enviadas pela ONU afecta a "reputação de todos". O facto das denúncias provirem de países ou zonas de conflito, tumultuadas pela guerra, é um dos motivos apontados pela ONU para as delongas das diligências e as dificuldades nas investigações.

A sub-secretária lembrou que cabe aos países de origem dos acusados julgar os seus cidadãos por tais crimes, mas acrescentou que se os países membros não partilharem dos padrões da ONU para castigar os responsáveis pelos abusos, a ONU poderá declinar que essas nações participem em missões de paz.

Estes números surgem dias depois da denúncia pelo diário britânico "Daily Telegraph" de que capacetes azuis em missão no Sudão terão explorado sexualmente menores durante a missão de paz. Há 13 pessoas sob investigação, segundo o jornal, e quatro militares do Bangladesh já foram repatriados em consequência do processo. Segundo um relatório da UNICEF, a idade dos menores alegadamente abusados não ultrapassa os doze anos./ Público

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