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terça-feira, novembro 14, 2006

Senhora puta não tem ouvidos


Embirro com alguma palavras e expressões.
Por exemplo: comunicação social. É um termo que foi utilizado em 1975 por Correia Jesuíno, o oficial da marinha responsável pela 5ª divisão do MFA que queria fazer a revolução cultural portuguesa. Imaginem !...

Agora toda a gente, ou quase, não pronunicia "estar na bicha" mas sim "estar na fila". Os portugas ficam complexados com os brasileiros e assumiram que bicha é coisa de bichona.

Outra palavra que me engalita (?): companheiro, companheira. Faz lembrar o outro: "companheiro palhaço!!" É um termo esquerdalho usado pelos barbudos de 75 para chamarem as mulheres que não eram esposas, nem namoradas, eram um misto de camarada que limpa o cano da espingarda, que imprime comunicados no stencil e que dá umas quecas no calor da luta.
Prostituta é outra expressão cinica, envergonhada com laivos de políticamente correcto.

Sempre gostei muito da palavra puta. Soa bem, é curta, directa, fácil de pronunciar e permite ser usada em multíplos significados dependendo do tom da voz ou da escrita.
Dizer puta pode ser carinhoso, agreste, hostil, provocador, arrojado. Chamar puta exige alguma coragem no uso da palavra e recebê-la pode provocar reacções imprevisíveis: se for uma senhora a levar com ela, sorrirá e achará o piropo carihoso.
Se for uma vulgar puta ficará ofendida.

Ora a postagem que Paula Lee fez hoje no seu blogue "Amante profissional"sentindo-se orgulhosa de eu ter citado ontem aqui no fatal o seu blogue como um ciberespaço de puta, só prova que ela é uma senhora no sentido total da palavra.
Outra coisa eu não esperaria de quem tão bem maneja o talento nas palavras e nos actos.

1 comentário:

  1. sim cara-metade dá mais geito e jornais daqueles que têm castanhas por dentro..............

    me encanta su blog por ser tan oportuno

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