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domingo, novembro 19, 2006

Marcelo: a confrangedora banalidade de Cavaco

Marcelo Rebelo de Sousa disse hoje na RTP que a entrevista de Cavaco a Maria João Avillez foi de uma confrangedora banalidade.
No final deu-lhe 14 por uma questão de bondade cristã.
Ele que é um cavaquista, pelo menos era, não teve dificuldade em achar que aquela entrevista não fez sentido, nem pelo timing, nem pela oportunidade, muito menos pelo que disse que foi mais do mesmo, ou seja:nada.
Cavaco jogou todo o tempo à defesa e só a insistência da jornalista o fez dizer qualquer coisa de novo, muito pouco.
Num país onde a taxa de inflação aumentou, o pib baixou e o investimento retraiu, o PR apresenta-se como um contentinho com a governação, indo ao ponto de cometer uma pequena inconfidência: chega a dar achegas a Sócrates. Lá está o professor de economia, o ex-primeiro que tudo sabe e que soube criar as fundações do Estado que temos: o estado ao qu`isto chegou!

O Presidente da República não tem uma palavra para os carenciados, para as vitimas da crise, para os que se manifestam nas ruas, para os que engrossam as fileiras do desemprego? Não.
Cavaco não contraria o governo, nem por nada deste Mundo.
É o cinzentismo institucionalizado.
Os portugueses têm o que queriam: estabilidade. Como aqueles casais que não se separam por causa dos filhos e aguentam uma vida de estupidez, cinismo e inferno.
Portugal já é isto e não haverá interrupção voluntária do estado de graça PM-PR que o safe.

1 comentário:

  1. Pensei que ia atacar a nota de MRS, apesar de tão abundante bondande cristã. Mas não é a nota 14 que está em causa? Parece os jornalistas desportivos a pontuarem certos jogadores...

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