Quem é Pinto Monteiro
Fernando José Matos Pinto Monteiro, que vai ser nomeado procurador-geral da República, é juiz de carreira e preside, neste momento, à primeira secção do Supremo Tribunal de Justiça.
Pinto Monteiro foi secretário-geral da Associação Sindical dos Juízes Portugueses nos anos 80, alto-comissário-adjunto na Alta Autoridade Contra a Corrupção, juntamente com o coronel Costa Brás, membro da Comissão de Gestão e do Conselho Pedagógico do Centro de Estudos Judiciários, onde também leccionou e presidiu a exames.
Nomeado para o Supremo Tribunal de Justiça em 1998, Pinto Monteiro foi ainda juiz desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa e é professor convidado na Universidade Autónoma de Lisboa.
Em 2004, Pinto Monteiro foi derrotado nas eleições para presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
Natural do concelho de Almeida, Pinto Monteiro formou-se em Coimbra e iniciou-se na magistratura como procurador do Ministério Público em Idanha-a-Nova.
O País dos Sorrisos, de Franz Lehar
ResponderEliminarDurante anos após anos, um gajo, de cujo nome já não me lembro.... ah, sim... chamava-se Cunha Rodrigues, e serviu de colcha a todo o Horror que foi o Primeiro Cavaquismo, as burlas, os desvios de fundos, o branqueamento, a instalação das grandes rotas das droga, do tráfico de seres humanos, enfim o nascer do Segundo Polvo, que, por sua vez, já se vinha instalar sobre o Primeiro, o célebre Polvo Soarista, foi sendo reconduzido.
Não conheço Monteiro de lado nenhum, apenas sei que, enquanto o Cunha Rodrigues era sempre simpaticamente mantido no Palácio Palmela, já o Souto de Moura, que dinamitou algumas das áreas-chave desta Porcaria, foi, ontem, pura e simplesmente, posto na rua.
Pede-se ao novo Procurador uma única coisa elementar: que saiba sorrir; que sorria, sempre que aperte a mão às figuras do Protocolo de Estado, e que, sorridentemente, nunca foram incluídas no "Casa Pia"; que sorria, sempre que se encontre com o "Major", com o Pinto da Costa, a Felgueiras, o Isaltino; que sorria, e tente desconhecer que muitas dessas figuras do Estado, a quem está a cumprimentar, estão, directa, ou indirectamente, ligadas ao Branqueamento, ao Polvo da Construção Civil, aos Tráficos da Droga, das Armas e dos Corpos. Se Churchill fosse vivo, diria que, em Portugal "tinha caído uma Cortina de Ferro". Caiu, e há muito tempo. Desconheço-lhe as fronteiras, mas sei que podem ser rua a rua, porta a porta, sala a sala, corpo a corpo.
Numa nauseante maré mundial, os Órgãos de Intoxicação Social afadigaram-se em confundir Boato com Informação, através do nivelamento do Relato. Ao Relato não se pede que seja verdadeiro, ou falso, apenas se pede que agrade, ou não agrade, ao público, ou seja, que tenha audiência e que venda bem.
Em Portugal, a Realidade é de tal modo que, muito para lá de todos os disparates dos boatos e das imaginações da Teoria da Conspiração, e, se viesse à superfície, ela pareceria uma insuportável Mentira, e, mais grave ainda, nós não sabemos, literalmente, NADA do que realmente se passa...
Ah, sim, o novo Procurador-Geral chama-se Monteiro, e vai pairar sobre tudo isto. Como sou optimista, desejo-lhe boa sorte.
Coitado...