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quarta-feira, agosto 30, 2006

Para o Líbano e em Força

Confesso que não percebo esta teimosia, e entusiasmo, dos sucessivos governos que temos tido em mandarem a tropa para conflitos internacionais. Guterres tentou convencer-nos que assim ficaríamos bem vistos, mais integrados, na comunidade internacional influente.
Depois nunca mais parámos de mandar tropa e GNR e polícia para todo o lado.

As nossas forças enviadas diluem-se sempre no meio de contingentes maiores e mais bem treinados. Acabamos sempre por sermos uns ajudantes de bréga no meio de matadores certeiros, mas os nossos bravos do pelotão têm até agora feito boa figura, no sentido de não ter havido mortes em combate, à excepção de dois ou três infelizes.
Só que esta brincadeira custa-nos milhões e é difícil eu contribuinte cumpridor entender porque havemos nós de nos armar em heróis da treta quando todos os outros que estão ao nosso lado em campanha são mais, melhor treinados e equipados. Sobretudo... com cartão de entrada no Country Club dos que podem jogar ao gatilho.

Agora lá vamos para o Líbano. E em força. Mais uns milhões para alimentar os canhões.
Ninguém se indigna, tirando os gastos protestos do PC e seu berloque.
Afinal todos ganham: os soldados que facturam ordenados de emigrantes, os oficiais que sobem na carreira e somam ajudas de custo, o governo que pode brilhar junto das instituições europeias, como se jogasse num clube restrito.

Não temos forças de segurança para tomarem eficazmente conta do país, mas na estranja somos uns figurões.

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