Muito vibrante o debate de ontem no Instituto da Juventude de Leiria, organizado pelo Paulo Cunha, grande repórter da zona centro.
Entre Carriço, Alfredo Cunha e eu existem divergências óbvias no que respeita ao presente e futuro do fotojornalismo.
Carriço enquadra o fotojornalismo na perspectiva das agências, com base na LUSA e Cunha não consegue esconder uma evidente nostalgia pela fotografia em suporte tradicional, apesar de ele ser um utilizador muito advertido do digital, que tanto quanto sei o manipula de uma forma mais avançada do que eu.
A maior divergência está em que eu sou um optimista. Acho que há um fluxo de gente nova com “pica”, qualidade, talento, entusiasmo e resistência física e acredito que os jornais estão a mudar, os leitores sobretudo e que a internet veio ainda questionar mais o exercício da profissão.
Estão ai novos desafios, novas linguagens e novos suportes e o público é cada vez mais participante, parte envolvida na notícia.
A relação afectiva com os leitores será cada vez maior, logo o fotojornalismo irá reflectir estas tendências.
Continuará a haver fotojornalismo de autor mas a prática diária passará a ser mais multimédia, mais imediata, rápida.
Os leitores serão cada vez mais fornecedores de conteúdos, bracking news, o que não quer dizer que passem a fazer jornalismo ou a editar.
O debate alongou-se já passava da meia-noite. Podíamos ali ter ficado até de madrugada. A noite pedia cama.
A A8 deserta, ao som de Miles Davis, era uma fita sem fim, uma noite quente com mosquitos a desfazerem-se no pára-brisas.
Então e o Alfredo Cunha, sempre apareceu com o 320 CDI? :)
ResponderEliminarAcho que não. Pelo menos não lhe vi o carro eheheh!!!
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