Eu com Alfredo Cunha na inauguração de uma exposição de fotografia no ano passado
Amanhã sou convidado para falar em Leiria sobre fotojornalismo no Instituto da Juventude.
É com grande prazer que vou poder estar ao lado de Alfredo Cunha e de Paulo Carriço, dois colegas fotógrafos que muito prezo. O convite é do Paulo Cunha.
O Alfredo é para mim uma referência profissional. Ainda eu era um amador " adverti" e já via fotografias dele na Cinéfilo, uma revista editada pelo Século com a direcção do Fernando Lopes, onde o Pedro Sousa Dias começava a publicar umas fotos granulosas, feitas de super angular, muito underground, muito pop.
Havia o Gageiro e alguns discípulos. O Alfredo era um deles. Sempre enquadrou bem e sempre foi muito cuidadoso com o trabalho de laboratório. Acho que ele começou no laboratório com aulas do velho mestre Paixão, o nosso Steinmetz.
As fotografias do Alfredo têm sempre aquela referência neo-realista mas confesso que admiro o seu trabalho pela coerência e qualidade profissional. Ele tinha o dom de me irritar principalmente quando me chamava de " petit Henri".
A melhor cena com o Alfredo tive-a no Alentejo há uns 7 anos.
Apanhei-o em Monsaraz a seguir um ministro qualquer como fotógrafo oficial.
Acabou por me pedir boleia no meu carro para Évora.
Eu tinha acabado de comprar um BMW 525 tds usado - como aliás sempre faço com carros: só compro usados- e durante a viagem fui gabando as qualidades da máquina, com ele a concordar. Quando me pediu para o deixar no parque de estacionamento, já em Évora, aproximou- se de um BMW 530D, novo, meteu a chave e disse-me adeus. Esta cena é um excelente retrato da personalidade do Alfredo.
Espero que amanhã ele não me apareça com uma E 320 CDI !!!...
Penso amanhã desenvolver o tema do fotojornalismo e do conceito de jornalismo multimédia. O fotojornalismo vai evoluir para novas formas de expressão e em novos suportes.
O debate vai aquecer espero bem com a zona centro ao rubro.
Até lá.
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