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segunda-feira, maio 22, 2006

No Camarim com Barbara Guimarães


A noite dos "glóbulos" pela primeira vez no Campo Pequeno.
Tarefa para um fotógrafo do Expresso: passar a noite atrás de Barbara Guimarães, entre o camarim e a boca de cena, seguindo a azáfama de bastidores. A Barbara aceitou a proposta do meu jornal e lá fui eu, até porque comigo era possível uma relação de confiança.
Na verdade, tenho pela Barbara uma empatia muito especial. Isto será o que 90 por cento dos homens dirão e os outros 10 ( os tais que...) também subscrevem.
A sério: depois de ter sido entrevistado por ela, há 4 anos quando apresentei Lisboa e Lisboetas, percebi como aquela mulher não só é uma mulher charmosa como uma grande jornalista.
Já a tinha fotografado para o Expresso e voltei mais tarde a fotografá-la. Aliás, era eu que estava destinado a fotografar o seu casamento com Carrilho, mas por impossibilidade pessoal coube ao António Pedro Ferreira essa espinhosa ( e traumatizante) experiência.
Há pouco tempo ao falar com Sofia Pintro Coelho no seu programa da SIC acabei por ser um pouco desagradável para Carrilho a propósito do alarido dos paparazzi e as fragilidades de quem expõe a vida privada quando convém, e de atiçar a cãozoada contra quem precisa de reportar quando a coisa já não interessa nada.

Acabei por me arrepender do que disse, não por achar que não tivesse razão, mas porque uma amizade, muitas vezes, não vale um desabafo. Enfim, adiante.

Gostei de reencontrar a Barbara e ela foi, mais uma vez, de um grande profissionalismo. Aceitou-me ali, intruso a espreitar pelo visor da Epson.
As fotografias vão ser publicadas na próxima edição da ÚNICA e estou muito contente com o resultado final. Logo que possa "postarei" algumas aqui.
Estamos a fazer no Expresso um grande esforço de mudança e aos poucos as coisas boas começam a ser notadas. Oxalá os leitores nos apoiem.

Sentir o frenesim de um espectáculo de televisão nos bastidores é muito giro. As equipas esfalfam-se, fumam que nem umas bestas, alimentam o colestrol, sofrem até ao apagar das luzes. Aquilo não dá saúde a ninguém.
As vedetas sofrem horas de espera, ao frio,à fome, para brilharem uns minutos. Quando as vemos no monitor e depois ao deixarem o palco aparecem na boca de cena, ao vivo, é o virtual a transforma-se em real. Fica estranho e chega a arrepiar.
Por detrás dos panos a televisão é outra. Ou seja: quando a fama acaba é a verdadeira vida que recomeça.

1 comentário:

  1. Caro Luis, não querendo de forma alguma baixar o nivel deste post que sinceramente adorei, não resisto a uma pequena piada. Não falta algo no nome do ficheiro de imagem? babanet.jpg??? Pela imagem em si e pela senhora fotografada, no minimo mais um "na" ali pelo meio não?

    Agora ainda um pouco mais a sério. è já o segundo comentário que leio sobre esta senhora e a sua atitute nos globos de ouro. Ambos primam por dar uma imagem real e de humanidade a alguem que a "cultura popular" tem lá em cima, no pedestal das divas. Ainda bem. É bom que se mostre ao mundo que são pessoas normais. No melhor dos sentidos.

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