Jardim vai estar amanhã com Sócrates. A tragédia uniu-os. A natureza fez mais pela concertação institucional do que anos de guerrilha. Como dizia hoje o Professor Marcelo na sua derradeira intervenção na RTP: é como entre amigos desavindos. Um dia as coisas recuperam.
Mas o que eu querida dizer era só isto: se Sócrates anda tão entusiasmada em fazer obras públicas para fazer crescer o país, tem na Madeira uma excelente oportunidade para o fazer.
Investir na reconstrução ( e requalificação!) da Madeira é apostar no crescimento do turismo que vem de fora e na riqueza interna. Não é de certeza o mesmo que reconstruir escolas com projectos megalómanos ou fazer auto-estradas para nenhures.
Se andavam à procura de terra para meter dinheiro façam-no na Madeira. Mas com inteligência, sentido do progresso e cultura ambiental. Não gastem dinheiro em túneis inúteis, viadutos desenquadrados, em rotundas patéticas.
Pensem no que faz bem e faz crescer. Pensem nos pobres, naquela população abandonada, isolada, que ainda trabalha como há séculos e que foi a mais atingida pela tragédia. Aliás só morreram pobres.
Pensem nos pequenos comerciantes que ficaram sem o património de uma vida e sem forma de trabalhar e sobreviver. Ajudem-nos, já.
Ajude-se a Madeira com o olhar num futuro moderno, sustentado, equilibrado.
Se assim for está ali uma janela de oportunidade e uma referência para a utilidade das futuras obras públicas também no Continente. Obras para crescer e trazer conforto, segurança aos portugueses.
Que Deus os ajude e a inteligência os ilumine.
Um dia, já há alguns anos, em funções de inspecção, comentei que as obras em construção da nova sede dos serviços, não estando ainda acabadas, já evidenciavam sinais de infiltrações.
ResponderEliminarO responsável distrital comentou comigo que «não te preocupes, quando o ministro vier inaugurar isto a gente tem esta porta fechada». Ao ler http://economico.sapo.pt/noticias/caiu-o-tecto-da-sala-de-espera-do-novo-hospital-de-cascais_83077.html lembrei-me daquele episódio.
JJ