quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Ousar informar, ousar lutar.
Não consigo compreender como jornalistas seniores, com responsabilidades há muito confirmadas, podem vir hoje defender que a publicação de extractos das escutas no Processo Face Oculta, e que revelam um mega projecto para controle da Comunicação social, possa ser posta em causa em nome do sigilo judicial. Como se esse sigilo fosse uma lei emanada por um Deus maior e não por um ministro socialista, ressabiado num passado recente, pelo Processo da Casa Pia.
Já hoje Joaquim Vieira falava contra esta corrente apelando à desobediência civil dos jornalistas, o que demonstra uma grande coragem.
Até o actual ministro da Justiça que andou a cometer ilegalidades e atropelos contra o regime anterior ao 25A (mas que era a lei vigente, usando a sua bitola) parece agora escandalizado por um jornal ter feito investigação e ter descoberto, através do relato de um juiz, que havia uns rapazes que andavam a brincar com o nosso dinheiro ( e continuam!) gizando um plano que eles próprios consideravam genial, para meterem a TVI no bolso, um grupo de rádios, e na leva outras empresas jornalísticas.
Até parece que aquilo que o Sol trazia na passada semana eram conversas de amigalhaços a comentarem performances sexuais, a combinarem fins-de-semana na neve ou a falarem de outras intimidades. Não era. Aquilo era material explosivo, mais arrepiante do que a pólvora encontrada numa vivenda idílica nos arredores de Óbidos onde a ETA tinha estado em período de reflexão.
O jornalismo aos jornalistas. E os que agora se armam em sacristas talvez venham eles a ser as próximas vítimas de um sistema que tritura os que se atravessam denunciando a orgia do Poder.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
é o legalismo dos parvenus da democracia
ResponderEliminarCriou-se neste país a ideia peregrina,que os jornalistas são uma casta de cidadãos á parte.
ResponderEliminarImpolutos(?)regidos por um supremo código deontológico, e cuidam que lhes cabe a eles guardarem o templo da liberdade,a liberdade tal como eles a entendem.
Na classe de jornalistas haverá tantos pulhas como noutra profissão qualquer,alguns até se têm revelado ultimamente com falta de carácter.
Gostaria de ver a declaração de interesses politicos/partidarios de muitos jornalistas que andam para aí a berrar pela liberdade.
A grande maioria não sabe o que é realmente a falta de liberdade,mas acham que podem atentar contra a lei e os tribunais,argumentando manhosa e cinicamente com o direito á informação.
Comparar esta arruaça acanalhada com a oposição feita por democratas á ditadura fascista,seria uma boa peça de jornalismo feita por esses tais jornalistas que andam a berrar pela liberdade,alguns nem sabem procurar a palavra num dicionário.
Fico perplexo quando se afirma que publicar extratos de escutas telefónicas,que lhe foram facultadas com intenções duvidosas, é uma investigação jornalistica.
Não passa de uma safadeza sem escrupulos.
Os escrupulos é só para quem os tem!!!
Neste País o unico impoluto é o 1º ministro .Essa é que é vergonhosamente a verdade !!!
ResponderEliminarComa-se um arrozinho de polvo, com um Redoma Reserva (caro mas bom).Depois ,se não se quiser vomitar,este belo repasto,proponho que não ouçam essa "figura",de revista á portuguesa,chamado Noronha do Nascimento. Homem grotesco, não?Não me digam que "aquilo", é um dos "Pilares da Democracia"!?Aliás ,agora um áparte,já repararam que têm caras de Rato?Não?Este Noronha,o da Saúde(vacinas e tabaco), o da Autoridade da concorrência( o pitrólino),etc.Todos,mas todos cheios de tiques e salamaleques...eu até me dá nojo cada vez que os vejo a vomitar palavras merdosas/medrosas em qualquer T.V.!O problema é que estes anormais têm Poder.Hó pá e o Socrates?Pois. talvez f.....L.R.
ResponderEliminarJulgo que sabe que eu sou pescador desportivo de mar?
ResponderEliminarUma vez apanhei um polvo tão grande, tão grande, que se agarrou ao casco do barco de tal maneira que quase me puxou borda fora tal a força que fazia e eu a tentar não o deixar fugir.
Acabei por o enfraquecer à facada, literalmente, porque o polvo estava todo enrolado ao meu braço e nem se ia embora, alapado que estava ao casco do barco, nem eu o conseguia tirar da água pela mesma razão.
Andei uma semana com as marcas dos tentáculos no braço esquerdo. Mas o cabrão do polvo bem se fodeu e acabou na panela com um arroz que estava um espectáculo.
Acontece que perdi a faca. Que caralho, já viu a falta que me pode ainda fazer?
Nem sei por que lhe estou a contar isto. Você não passa de um totó que mal sabe andar de bicicleta como daquela vez que se mandou ao chão lá para os lados da curva do Mónaco. E quando anda no seu Smart passa a vida a ser fodido com excessos de velocidade.
Olhe, passe bem. Bom fim-de-semana.
JJ
Com a minha história de pescador de polvos acabei por me esquecer de ler o que o Luís escreveu no post.
ResponderEliminarLi agora. Concordo. Tudo uma grande merda. Mas eu comia era uma arroz de polvo.
Agora vou-me embora que o meu filho está a chegar vindo daí de Lisboa e vamos os dois almoçar. Telefonou agora mesmo.
JJ
Se todos temos direito a opinar, ou será que não...(?!), não entendo por que se refugiam no anonimato...
ResponderEliminarA minha opinião é esta: se esta merda está como está devido à falta de credibilidade da classe política, como estaria se os JORNALISTAS estivessem amordaçados...???
Votos de um fim de semana.
Até porque, se anuncia mais SOL para hoje.
Gaspar de Jesus
Hoje, ao comprar o "Sol", senti orgulho em ser jornalista.
ResponderEliminarE o Alegrete ( A MIM NINGUÊM ME CALA) cadê ele? E é que não foi ao lançamento do livro do Mário Crespo afinal cala ou não cala?
ResponderEliminarLuiz o seu artigo é muito bom ,mas o artigo estória do JJ é uma coisa divinal .Um tipo começa a manhã a rir á gargalhada é muito bom .Grande estória ou será mesmo uma história .
ResponderEliminarAbraço
Rogério Gonçalves