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terça-feira, dezembro 16, 2008

A sapatada contra Bush e a versão pacífica


A sapatada do jornalista iraquiano vai ficar como um ícone para o fim do mandato de Bush. As conferências de imprensa nunca mais vão ser como eram. E não nos admiremos que a segurança de Sócrates não passe a impedir os jornalistas de acompanharem o nosso Primeiro de sapatos calçados. Conferências em S. Bento só descalços. " JORNALISTAS PÉS-DESCALÇOS ENTREVISTAM SÓCRATES!"- escreverá um tablóide de serviço.

O gesto rápido, mas incompetentemente certeiro do jornalista iraquiano, aliado aos bons reflexos caninos de Bush, deveria já ter sido criticado pelo nosso Sindicato dos Jornalistas, pelas comissões da carteira, pelo Louçã e pelo nosso generalista Moita. E o ministro Santos Silva que adora o controle remoto para jornalistas já devia ter tomado providências, e até podia acrescentar que "são os esquerdalhos do calibre, do número de calçado de Alegre, que acabam por atacar à sapatada".

Soares ao avisar no DN de hoje sobre os perigos da revolta popular deveria ter acrescentado:"os pés descalços deste país ameaçam mesmo usar os sapatos para atirarem a Sócrates!"- eu acrescentaria: a violência não leva a lado nenhum. Não é preciso atirar com os sapatos! O simples acto de os descalçar pode funcionar como bomba dissuasora, pior do que o cheiro das chaminés da co-incineração socrática, ou o odor bombástico de qualquer balneário de ginásio da moda no final da aula para tios.

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