A vida está mal para todos e se está mal para os pobres o que fará para nós! -Esta frase cínica e divertida é uma das minhas preferidas. Não que eu me sinta do lado de quem a profere. Mas na verdade os intocáveis estão a sentir-se da crise.
Claro que têm meios para matar a angústia e acabam por agir como aquelas mulheres dondocas frustradas perante o mau desempenho dos maridos no leito: sacam do VISA e vingam-se na primeira loja aberta que apanham. Eles, perante os fracassos em que deram as gestões inspiradas na nova economia, encomendam um carrão topo de gama, enquanto vão gizando as suas listas de Schindler da escumalha a despedir. Os políticos, perante o fracasso de uma política democrática decadente, inoperante e completamente incompetente, desatam a pedir inquéritos improváveis a si próprios numa fuga para a frente descarada, ou começam a falar ao microfone armados em "entretainers" rascas de Las Vegas e numa tirada digna dos Monty Python pedem ditadura sazonal, ou outros perante o afundamento do rectângulo pegam num computador da treta e põem no Itunes uma cantiga do Quim Barreiros numa versão Madre de Deus.
Os ressabiados e sobreviventes vêm dizer da sua razão antiga, como se isso contasse nos dias de hoje, onde a memória está amnésica, o decoro dado a porcos, o bom senso tornado moeda de troca.
Quando há uma multidão indignada porque querem fazer dela um exército de burocratas e não de ensinadores, há um ministro que enquadrado num candeeiro pires, fala como se a cartilha do Dr. Salazar tivesse sido aplicada aos novos tempos.
Pior: quando o Sr. Super Cola 3, que não larga um lugar que lhe calhou depois de ter fracassado como líder político, esse loser que é Vítor Constâncio (o Vitinho dos socialistas!) vem depois de ter demonstrado a maior incompetência (um novo empata) embora o seu salário astronómico lhe não devesse permitir fracassos, assim como às outras inteligências do B de P, vem dizer que há muito desemprego longo em Portugal porque... o subsídio é chorudo.
Que cambada de calões são os desempregados portugueses! Afinal se todos fossem como o Vitinho todos teriam emprego fácil: bastava colarem o rabo ao posto de trabalho com cola que cola banqueiros ao banco.
O dia de hoje dava um excelente relato político ao estilo futeboleiro: "Leite atrasa a bola, Passos aguenta o adversário, Sócrates com a bola ataca, rasteia Cavaco, este tropeça mas não cai, os professores ameaçam invadir o campo mas Constâncio ameaça colá-los à bancada com a cola mágica, Dias Loureiro assobia para o ar, Menezes continua a treinar e a fazer piscinas...golo! é golo de Sócrates. Mas estava fora de jogo".
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