O senhor doutor Cadilhe está zangado com o governo. O engenheiro Sócrates nacionalizou-lhe o banco como se ele fosse uma Dona Branca desautorizada a quem os tansos correram a retirar as apostas.
A esposa de Cadilhe ficou conhecida há 20 anos pela frase:" tudo o que entrou tem de sair!", já nem sei a propósito de quê. Talvez da mobília que a então Guarda Fiscal transportou graciosamente para o então espectacular apartamento no Complexo das Amoreiras, mudança feita aliás sem complexos nenhuns. Fascinados pelo meio lisboeta, vindos do Porto, o então ministro das finanças do Professor Cavaco dava uma de novo-rico, deixava-se fotografar para as poucas revistas do jet-set (então mais jet- dois e meio!) e acabou mal, como se recordam os mais velhadas.
Portanto, o senhor presidente do BPN está irritado e já anunciou, para grande desilusão do país e do governo, e dos contribuintes, que jamais ficará à frente do BPN nacionalizado-nosso! Embora ninguém queira o traste para nada.
Ontem ao visitar as instalações do BPN para fotografar a conferencia de imprensa pude constatar como o luxo e o gosto caro por ali abunda. Ainda bem. Nada de miserabilismos bacocos.
O senhor Cadilhe depois de amuado vai poder explicar à Pátria como reporia aquelas 700 milhões mocas e como iria conseguir o milagre da reprodução dos dinheiros mal parados.
Quem já veio dizer que "nunca tinha visto nenhuma irregularidade no BPN" foi Dias Loureiro, por acaso "compagnon de route" de Cadilhe no governo de Cavaco e também camarada dessa figura agora sumida, dada pelo nome de Oliveira e Costa, que quando era secretário de estado das finanças de Cavaco tinha uma especial tendência para apertar com os contribuintes. Era bom haver memória e contar as histórias destas figuras e da forma como se cruzam, ou por azar, sorte, destino ou....por viverem nesse país chamado Centrão.
Outra grande figura é o Vitinho. O homem tem-se mantido à tona no B de P sabe-se lá por alma de quem !... Decerto alguma penada.
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