A empresa de que Mário Lino foi presidente até há 3 anos está falida, mete água por todos os lados. O relatório do Tribunal de Contas foi devastador: investimentos no estrangeiro em total perda, proliferação de 60 empresas dependentes, gastos faraónicos com carros no valor de dois milhões e meio de euros, uma factura de combustível alarmante, prémios a funcionários sem a respectiva contrapartida produtiva...um fartar vilanagem.
Agora que a água transbordou o copo, a água vai aumentar para pagar o desperdício ou então: vão privatizar o bem público para pagar a gestão leviana e incompetente.
Quando se vem com a lenga-lenga de que os portugueses andaram a pedir ao banco para ir de férias, comprar apartamentos na Amadora e para andarem de carros cinzentos metalizados, deviam apontar o dedo a este Estado que gasta à tripa-forra como se o dinheiro fosse destes gestores do bloco central, que enriqueceram nos últimos anos, e criaram uma classe média-alta cheia de privilégios que não merecem porque não são fruto da produtividade que permitiram e da competência que deviam ter tido.
No Estado como nas empresas a chave do sucesso está nas chefias intermédias. Lembro-me de que quando era arquitecto na Ministério das Obras Públicas o problema estava nos chefes de divisão e nos directores e não no governo que estivesse. A verdade é que aqueles burocratas eram verdaeiros burrocratas. Hoje mantém-se esse estigma.
Os sargentos e cabos de esquadra acabam por alimentar a mediocridade, o deixa-andar, o amiguismo. As empresas públicas, e muitas privadas, depressa ganharam os vícios do aparelho de Estado: privilégios para os mandões, escassez de meios para a modernização. Uma empresa compra mais depressa carros para as chefias do que equipamento para trabalho, trocam de carro de quatro em quatro anos, mas mantêm computadores no activo com dez, sem memória, sem "suplesse" com monitores baços e queimados. E Windows eheheh!!!
Esta cultura do poder é anacrónica num país sem recursos e que precisava de instinto ganhador.
Mas quem julga que só no Estado e empresas públicas esta chaga existe que se desengane: quando toca a mordomias a raça portuguesa ( como diria Cavaco) é toda igual.
Resta sempre a opção de virmos ser nós a pagar a factura, de alguma forma.
ResponderEliminarSe uns até estão a pensar cobrar aos pagadores a despesa de quem não paga, não é caso de nos admirarmos. Mesmo nada.
Não é só o aumento da água mas também a sua falta!!!!
ResponderEliminarJá viram que com tanta balbúrdia e despesismo , os privados tomarem conta da distribuição da àgua e cortarem-na onde os custos de obtê-la e bombá-la são maiores?
Não se esqueçam que as guerras do futuro serão avolta da àgua e paparoca!!!!