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sexta-feira, novembro 30, 2007

O excesso de zelo português

O excesso de zelo tornou-se prática nas acções de muitas das nossas autoridades. Porquê ? Porque o poder político assim o determinou e porque o seguidismo está a fazer dos tempos em Portugal uma nova etiqueta política e social: a voz do dono.

Num país onde a criatividade escasseia, a audácia tem a cobardia por sombra, o rasgo vai pela sanita abaixo várias vezes ao dia, o estar afinado com quem manda é a última gota para a sobrevivência de uma canalha que não podendo ganhar pela qualidade, sobe pela bajolamento.
Há em cada agente da ASAE um missionário do lava mais branco, em cada agente da brigada de trânsito um cavaleiro da imaculada, em cada fiscal das finanças um enviado do céu para repor na Terra o equilíbrio das contas do Estado. Vingar os pobres dos que ganham mais pelo seu trabalho.
A imprensa de esquerda ( ou de complexos de esquerda!) criou um monstro, ou seja: alimentou o mito que Portugal era um rectângulo de taberneiros porcos, de leiteiras a mijarem no leite, de bêbados ao volante, de Fitipaldis a guiarem Fiat´s Uno, de doutores a fugirem ao fisco ou de
engenheiros a calcularem sem recibo. Resultado: Durão que precisava de dinheiro aplicou o dogma e tudo passou a servir para pagar.
O assalto aos contribuintes começou com os neo-liberais com a frase " utilizador-pagador" e continuou com o socratismo usando o princípio da " igualdade para todos", ou seja: o saque foi total , em todas as frentes. Depois da colecta máxima para serviços minímos, vem aí a cobrança verde sobre tudo e todos que aliviem uns gramas de CO2 para o ar.
Os ecologistas já fizeram de lebres, os jornais já venderam a ideia verde, os patetas dos cidadãos aderiram à ideia ecológica como os piegas que vieram cantar hossanas a Timor de lenços e velas na mão para depois se ter criado um dos países mais estúpidos, ingratos e madraçeiros do Mundo. Nós portugueses somos assim: queixa-mo-nos mas as sondagens, essa ferramenta democrática já dá Sócrates com maioria absoluta para daqui a dois anos. É o crime perfeito.

O ministro que chegava atrasado às reuniões com o Primeiro Guterres, irritando-o: " onde está esse gajo do Sócrates que está sempre atrasado ?", arrepiou caminho e, como me dizia esta semana uma figura do PS que não votou neste secretário-geral, " o tipo aprendeu e ninguém diria que iria ter este desempenho!".
Os seguidistas espertos são sempre os triunfadores. Por isso há por aí tanto excesso de zelo.

3 comentários:

  1. Imprensa de esquerda em Portugal???
    ONDE?????

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  2. Eu não diria melhor!
    Acrescento ainda que Lisboa, foi a cidade que acolheu e formou as elites corruptas, através das suas Universidades, primeiro, depois associações de irmãos e amigos , e por fim dos tachos e o seu tráfico. Ao longo dos anos, e transversalmente a todos os partidos, foram enchendo seus bolsos e Portugal foi empobrecendo, minguando e adoencendo em agonia e cheio de falsos profetas. Falsos Messias diria eu!

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  3. Excesso de zelo?
    Nada disso.

    Trata-se de uma "canzoada" como diria o Luiz, que tanto não ladra e morde, como não morde e faz um alarido que mete nojo.

    Não têm rei nem roque. São cães que não conhecem o dono, nem a voz.

    São uma mão cheia de tipos maniaco-depressivos, ora picados, ora empurrados por uma cachopada ávidos por um tacho.

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