Crescemos no meio do esterco e só há poucos anos se tornou rotina o banho diário, a muda de roupa, o perfume, desodorizantes e afins.
Hoje os hábitos de higiene estão mais enraizados na população. Ainda me lembro de na aldeia dos meus pais, Beira-Alta, as mulheres mijarem de pé em cima da palha que servia de tapete para a entrada nas casas que mais pareciam currais. Aliás, ao lado roncava o reco ( o porco) que aquecia a casa e engordava para a matança antes do Natal.
Os putos andavam descalços, ranhozos, e os mais pequenos tinham um rasgo nas calças atrás no rabo para fazerem as necessidades em directo para a quelha.
Os pratos eram lavados na água de lavar roupa e a água do banho servia para toda a família.
Perfume só brilhantina e assim era um pouco por todo o lado. éramos assim: poupados, porcos e aperaltados para a missa de domingo. A promiscuidade era total e ninguém morria. A máxima " o que não mata engorda" serviu como cultura de merda. Hoje não andamos longe, pelo lido no artigo a seguir. LC.
Hoje os hábitos de higiene estão mais enraizados na população. Ainda me lembro de na aldeia dos meus pais, Beira-Alta, as mulheres mijarem de pé em cima da palha que servia de tapete para a entrada nas casas que mais pareciam currais. Aliás, ao lado roncava o reco ( o porco) que aquecia a casa e engordava para a matança antes do Natal.
Os putos andavam descalços, ranhozos, e os mais pequenos tinham um rasgo nas calças atrás no rabo para fazerem as necessidades em directo para a quelha.
Os pratos eram lavados na água de lavar roupa e a água do banho servia para toda a família.
Perfume só brilhantina e assim era um pouco por todo o lado. éramos assim: poupados, porcos e aperaltados para a missa de domingo. A promiscuidade era total e ninguém morria. A máxima " o que não mata engorda" serviu como cultura de merda. Hoje não andamos longe, pelo lido no artigo a seguir. LC.
Cerca de um quarto dos portugueses não lava as mãos antes de comer e depois de ir à casa de banho ou contactar com animais, segundo um estudo internacional apresentado hoje, juntamente com uma campanha de promoção de higiene.Realizado em onze países, entre eles Portugal, o estudo do Hygiene Council revela que "45 por cento dos portugueses afirma não lavar as mãos sempre que espirra ou tosse", sendo que um quarto da população portuguesa "não o faz quando contacta com animais, antes das refeições e depois de ir à casa de banho.
Em Portugal, 38 por cento da população acredita que os locais onde há mais germes são a sanita e a roupa suja, apesar de, segundo o estudo, ser nos interruptores, auscultadores de telefone ou comandos de televisão que há maior quantidade de germes.
"Sujamos as mãos em qualquer sítio, mas o fundamental é lavarmos as mãos antes de comer, depois de ir à casa de banho, quando fazemos limpeza na nossa casa ou quando passeamos com os animais", disse à Lusa a pediatra Ana Leça, da Unidade de Infecciologia do Hospital D. Estefânia, em Lisboa.
Para Ana Leça, "as mãos devem ser lavadas com sabão, num período razoável de tempo, palma com palma, dorso com dorso, entre os dedos, por baixo das unhas, de modo a que toda a superfície da palma da mão e do dorso seja perfeitamente lavada, incluindo a região do pulso".
Público/Lusa
Calculo que o lavar as mãos depois de passear os animais refira-se a quem sabe apanhar os dejectos. Porque desconfio que a maioria que anda a passear os seus animaizinhos volta a casa com as mãos mais limpas do que tem ao mudar de canal.
ResponderEliminarSó agora reparei que o blog já tem som. Ó Luiz, quer dar-nos música??
ResponderEliminarPois tem!
ResponderEliminarE com bom gosto.
Realmente! Era mesmo uma grande imundice. Teve azar. Eu tenho 48 e a minha aldeia era muito mais asseada que a sua...
ResponderEliminarEsse filme da beira alta não anda muito longe da verdade!
ResponderEliminarAgora o LC, pensa que a fidalguia está ao alcance de todos. Não está!
Em Portugal há pouco berço!
Fidalguia aparte, nesses tempos , só o ambiente e a disciplina militar impunham algum saber-estar a esses grunhosos, mas era preciso chegar a sargento no minimo, senão ficavam buçais na mesma!
Pois é. Há para aqui malta que não sabe o que era a Beira Alta.
ResponderEliminarEu nasci para os lados de Seia. Bem sei o que diz.
Ainda este verão dei uns passeios pelo concelho de São Pedro do Sul.
Os de lá tiveram mais azar. Ainda hoje é assim ou muito parecido.
Vi casas habitadas em que o chão é de terra. As pessoas vivem por cima, os animais por baixo. A separação de andares, são umas tábuas de madeira cheias de frestas, tal como antigamente.
Os odores confundem-se. Fritos, estrume de animais, fezes de gente, borras de azeite, suor. A minha filha Maria de 3 anos, tinha vómitos a chegar-se perto dos velhotes. O Zé de 4, corria atrás da cabras, chamando "marota, marota" que dele medo nenhum tinham. Evitava as senhoras de estranho que achava as vestes negras e os bigodes.
As ruas têm tantas bostas de vaca, que é impossível voltar imaculado.
Vi um velho com uma junta de bois. Enquanto com ele conversava, ele caminhava e mijava. Fotografei. Para ele aquilo era tão natural que sorria. Constragido pela fotografia talvez, não pela nudez.
As calças, que servem mais de um mês, mais parecem toldos de azeitona, para quem sabe o que é.
Estive com pessoas com mais de oitenta anos que trabalham alegremente. Podiam estar com os filhos na Suíça, dizem.
Aqui vi solidariedade, amizade.
Ainda há este Portugal. Ainda bem.
Há anos que não falava com gente tão boa e genuína e tão porca.
A higiene é relativa. Depende dos níveis culturais, meio e dos tempos.
E? Todos os que comem uma alheira de Mirandela têm obrigação a uma caganeira?
Não estarão estas fixações pela higiene, pelos bífidos pelos pro e macrobióticos a tirarem-nos a imunidade?
QUE COMENTÁRIOS DELICIOSOS, NÃOHÁ NADA COMO INCENDIAR ISTO !! EHEH!!
ResponderEliminarMeus caros,
ResponderEliminarSe estamos a falar de porcas misérias, não pensem que era assim só lá para o interior.
Nesse tempo, aqui bem no litoral dito desenvolvido, ainda me lembro com os meus dez anos, há 41, portanto, de obrar, ou seja, cagar, em bom português, numa latrina debaixo de uma tábua com um buraco ao meio assente em dois tijolos de adobo.
E hoje tenho alguma nostalgia desse tempo, sendo um prazer enorme fazer um bela cagada no quintal, mas correndo o risco de não ser civilizado por conta dos mirones dos vizinhos que, felizmente, estão obstruídos com muros e sebes, ou uma deliciosa mijada a olhar para a lua.
Nesse tempo, quando tive, feito por mim próprio, um “MG” com uma tábua e quatro rolamentos e com a direcção feita com uma corda embraiada ao eixo da frente, levei uma tareia do meu pai igual aquela em que fugi nu quando fui apanhado a nadar nas marinas que hoje são viveiros de aquicultura ou quando por gastar 25 tostões em pastilhas piratas levei vinte e cinco chapadas bem aviadas.
Hoje, tenho três carros; três computadores portáteis e dois fixos, todos em rede aqui em casa e mais um já do tempo do antigamente na garagem; tenho um barco; uma vivenda razoável, onde só falta ter televisão na retrete; dois telemóveis meus, mais três do resto do pessoal da casa, só faltando um para o cão; leitores de música, daqueles que os jogadores de futebol penduram nas orelhas; milhares de horas de música gravada; uma filha licenciada com 21 anos que quando acabou o curso queria uma máquina fotográfica digital (talvez, pancadas do Luís de Carvalho) e que, quando lhe aparecei com um carro, ficou de boca aberta, hoje tendo 25 anos e nunca lhe tendo faltado emprego; um filho com 17 anos que entrou em engenharia informática e a quem pago explicações na universidade por não saber uma merda de matemática no secundário.
Só me faltando já alguma tesão.
E, ás vezes, ainda me queixo, já para não falar na minha mulher que passa a vida a gastar a nota em mais um móvel para aqui e outro para acolá.
Por isso, muitas vezes, tenho saudades do tempo em que cagava por de cima daquela tábua, apesar de não me faltar ou, porventura, por ter tanto e ver ainda tanta miséria à minha volta.
E quantas vezes sinto que naquele tempo era mais feliz.
Como eu o percebo JS.
ResponderEliminarExcelente texto.
eu sou piromona mas só e quando as matas estão por limpar...
ResponderEliminare o caso aqui é que as ideias e as memorias são tão assepticas de verdade que não há fogo que lhe entre!
parabens a todos valeu a pena regressar a este pedaço de recortes da vida!
é que a bem da verdade antes pisar bostas de vaca que co´cós de cão nos passeios da lapa ou da estrela depois de estacionar o bmw serie 7 em cima do passeio. antes desviar a cara pa não levar com o rabo da vaca a enxutar varejeiras gratuitamente num acto da mãe natureza puro e duro! que enxutar com as mãos( por lavar) mas com manicure francesa as moscas que teimam em partilhar a lagosta no por(c)to de santa maria!!
Sim, concordo plenamente! Os tugas são do mais porco que há. Mesmo quando tem todos os luxos aindam pensam em cagar na mata (que gente porca). Os porcos dos tugas mesmo nas cidades são recos. Basta andar nos metros e nos autocarros para constatar esse facto. No estrangeiro somos considerados o curral de porcos do mundo! Até no Brasil há um samba com a letra : O portugês não toma banho ! O português não gosta de água! Por isso é que eu vou viver para os EUA. Não aguento tanta merda. Recos do caralho
ResponderEliminar