A EDP é uma daquelas empresas portuguesas que factura milhões e ganha com uma margem de lucro muito grande. Os portugueses pagam mais pela electricidade do que os espanhóis e as empresas lusas desembolsam mais pelas suas facturas energéticas do que as de Espanha, logo: o país perde em todas as frentes, só a EDP ganha.
António Mexia é o presidente da EDP, um dos cargos mais bem pagos do país. O gestor esteve de ministro no governo de Santana e a sua carreira tem subido vertiginosamente. Para uns é um bluff como gestor, para outros um génio. Era um " enfant terrible" na juventude, andava barbudo à boleia e parece que o seu primeiro carro foi um mini, bem diferente do Mercedes S topo de gama e último modelo, de preto reluzente, em que se faz transportar todos os dias na sua qualidade de "patrão" da EDP.
Ora, o nosso Mexia lembrou-se que os reformados e pré-reformados da EDP andavam a almoçar de borla e que essa gorjeta custava cento e tal mil euros por ano, uma gota nos milhões de lucro da EDP. Cada "pobre" poupava 4 euros e tal por dose. Ele decidiu acabar com a benesse de trinta anos. Até pode ter alguma razão e veio logo dizer que tirava a uns para poder dar a outros. O que me parece desumano é uma empresa como aquela fazer contas a trocos ferindo a sensibilidade e o orgulho de quem durante anos se entregou de alma a uma empresa daquelas. Nem tudo são contas de somar e sumir.
Este é o Calcanhar de Aquiles dos neo-liberais. Acham sempre que há uns priviligiados que têm de abdicar da gorjeta em nome da justiça social e fazem-no com a arrogância de quem pode entre um almoço pago a cartão platina e o arranque no brutal Mercedes S.
Esses queridos gestores pulam de poiso como qualquer pardal!Andam sempre à procura da comida estatal.
ResponderEliminarEles são grandes gestores nas empresas do Estado.Eu só não percebo é porquê que as empresas estrangeiras não os veÊm buscar,como veêm buscar o Ronaldo ou o Nani ou outros craques da bola.Para além de as empresas estrageiras em portugal trazerem os seus quadros para cá. Trazem muitos Pablos , Gimenez etc.
Os Gestores da EPUL também não receberam premio pela grande gestão que fizeram!
O Mexia também vai receber com os lucros que vai conseguir por poupar na sopa!!As verduras estão muito caras!
E a CP , não é uma empresa do caraças! Não é um empresa ferroviaria do melhor que há!
E aqueles comboios que transportam o picas e o vendedor de cautelas à espera entre algum parvo no comboio!~E no trajecto ainda matam as pessoas nas passagens de nivel !
Se calhar será uma boa empresa para o Mexia!
Ahhh, grande carlos, que lucidez !!!
ResponderEliminartanto que poderíamos agora dizer sobre gestores públicos, empresas públicas, institutos do estado .. etc. etc ...já para não falarmos de funções de representação portuguesa, ao nível internacional.
A dança das cadeiras destes senhores gestores, de governo para governo, de cargos executivos governamentais, para essas empresas e vice versa ... enfim ... é melhor ficar por aqui.
Países há em que, os "pulhíticos" não podem ocupar determinados cargos, em organismos e empresas, antes e depois, de funções políticas assumidas.
Mas nós ?
Nós ainda somos um bocadinho Burkina Fasso, não é ???
Luiz, compreendo a sua crítica, e é oportuno (pleno de ironia) o título deste post.
António Mexia ? olha que "menino"... De facto, para esta "fauna", não há almoços grátis.
Mas devo dizer-lhe que, tomara todos os reformados do nosso país, terem as pensões de reforma e os direitos/benesses, que os funcionários da EDP, na aposentação têm. Já não estaríamos nada mal.
É o que eu penso, mas posso estar enganada.
Não há que ter inveja dos nossos compadres que por sorte tiveram mais umas migalhas que nós no bolo da vida. Mas há que bater forte e feio como fez aqui o LC nestes liberaizitos de meia tigela que tal qual vampiros nnos comem tudo e não deixam nada, sem esquerdalhices saloias, este Mexia e afins andam a enterrar o país, porque a EDP não é Portugal é apenas a Cia da Electricidade.
ResponderEliminarQualquer seja o «patrão» da EDP ou doutra empresa pública qualquer, acho esta medida muito justa, a qual devia mesmo ser estendida a todos os funcionários no activo.
ResponderEliminarÉ de facto um escândalo esta situação e outras do género de que dou apenas alguns exemplos: funcionários municipais com passes ou credenciais para estacionarem de borla ou quase nos parquímetros; funcionários de bancos com altíssimos benefícios nos juros que lhes são concedidos pelas instituições de que são funcionários; funcionários da CP e família com passes à borla para andar de comboio; casas do estado ou de serviços sociais de que continuam a beneficiar pessoal já na reforma e que alugam as casas a estudantes, sem recibo, estando já viver lá na aldeia nas suas próprias casas que entretanto construíram à custa do que aforraram com as rendas baixas que andaram a pagar enquanto estiveram no activo, etc.
E pergunto, então, porque não os funcionários do Expresso terem o jornal à borla todos os dias ao pequeno-almoço servido na cama, de preferência por uma funcionária de mini-saia.
Porque não os polícias terem descontos nas multas (muita gente pensa que têm ou que recebem uma parte das multas que aplicam, o que não é verdade, à excepção de algumas infracções de natureza fiscal, o que eu também acho mal...).
Eu não tenho lá grande admiração pelo Mexia, bastando para isso que tenha sido ministro dessa figura que costumo identificar com o rótulo publicitário de PSL, pouco de importando se o homem foi em tempos barbudo ou se agora rapa os cabelos do peito ou doutra parte íntima qualquer.
Já me importa o alto preço da factura da electricidade, da água, etc.
Mas também não acho que aqueles benefícios aos funcionários sejam justos.
E também não será por aqui que os lucros gigantescos destas empresas, sem falar das que têm gigantescos prejuízos e que também dão destes benefícios, se deve discutir.
Considero, portanto, o seu post demagogia barata. Ou cara, conforme o ponto de vista.
Obviamente, que já estou de acordo que, num país onde muita gente competente e com grandes responsabilidades em empresas ganham infinitamente menos que os Mexias e companhia que por aí andam, tenham altos estatutos remuneratórios.
Já para não falar nas avenças que algumas destas empresas pagam a políticos na reserva em troca de favores passados ou por conta de favores futuros, pois sendo verdade que hoje se está no poder e amanhã na oposição, e num caso ou noutro o poder existe, porque a manjedoira onde se lambem é a mesma.
Peço desculpa por alguns termos um pouco despropositados, mas que são bem a propósito.
«E pergunto, então, porque não os funcionários do Expresso terem o jornal à borla "todos os dias" ao pequeno-almoço servido na cama, de preferência por uma funcionária de mini-saia».
ResponderEliminarCorrijo:
O Expresso só sai ao sábado.
Já quanto ao pequeno-almoço e à mini-saia... pode ser.
Também não quero ser tão miserabilista.
As refeições apenas eram gratuitas em algumas cantinas da EDP. A maior parte dos reformados ficam de fora por não viverem junto a essas cantinas. Por isso faz todo o sentido que se acabe com isso e se distribua de uma forma mais justa.
ResponderEliminarNote-se ainda que essas regalias foram criadas no tempo em que os ordenados eram "miseraveis", mas a situação actual é bem diferente.
Não conheço o Mexia, mas se lidera uma empresa cheia de accionistas tubarões, certamente será competente.
Abraços!