Pela manhã um alerta da SIC no telemóvel trazia-me a triste noticia da morte do Eduardo Prado Coelho. Eu estava na varanda olhando o adro vazio da aldeia.
Tinha pelo Eduardo uma enorme consideração, via-o como um mestre, alguém que nos abre caminhos, desbrava ideias, um batedor intelectual. Um professor.
Ler as suas crónicas no Público era sempre uma surpresa o seu pensamento irreverente, contraditório, por vezes escandaloso por conservador ou duvidoso por avançado no tempo, eram para mim uma fonte de inspiração e reflexão.
O meu primeiro contacto com ele foi em Paris quando era adido cultural e foi graças à sua compreensão que consegui entrar na visita reservada, no Palais des Arts, de Miterrand e Soares à exposição da Helena Vieira da Silva, também presente. Pude assim fotografar em exclusivo para O Jornal a pintora com os dois grandes socialistas ( estou com a ligeira sensação de estar a ficar velho!).
Em 1985 ele estava no Estúdio do Homem Cardoso para ser fotografado por mim, juntamente com um número significativo de artistas, para um retrato sobre os pós-modernos portugueses. Quem reuniu todos foi o Leonel Moura.
Há semanas estive em sua casa a fotografá-lo. Recebeu-me com grande amabilidade e disponibilizou-se para um retrato sereno. Gostei muito do resultado. Estava muito animado, ia de seguida a uma exposição, e uns dias mais tarde acenou-me ao longe da sua mesa no jantar de apoio ao António Costa na FIL.
O Eduardo criou amores e ódios entre os intelectuais mas não deixou nenhum indiferente.
A sua relação de amizade com a família Cavaco em pleno cavaquismo, com serões em S. Bento, deu muito que falar, agora estava mais próximo dos socialistas.
Num meio onde os pensadores de voz própria são cada vez menos, o desaparecimento do Eduardo é uma grande perda e uma grande tristeza.
Tinha pelo Eduardo uma enorme consideração, via-o como um mestre, alguém que nos abre caminhos, desbrava ideias, um batedor intelectual. Um professor.
Ler as suas crónicas no Público era sempre uma surpresa o seu pensamento irreverente, contraditório, por vezes escandaloso por conservador ou duvidoso por avançado no tempo, eram para mim uma fonte de inspiração e reflexão.
O meu primeiro contacto com ele foi em Paris quando era adido cultural e foi graças à sua compreensão que consegui entrar na visita reservada, no Palais des Arts, de Miterrand e Soares à exposição da Helena Vieira da Silva, também presente. Pude assim fotografar em exclusivo para O Jornal a pintora com os dois grandes socialistas ( estou com a ligeira sensação de estar a ficar velho!).
Em 1985 ele estava no Estúdio do Homem Cardoso para ser fotografado por mim, juntamente com um número significativo de artistas, para um retrato sobre os pós-modernos portugueses. Quem reuniu todos foi o Leonel Moura.
Há semanas estive em sua casa a fotografá-lo. Recebeu-me com grande amabilidade e disponibilizou-se para um retrato sereno. Gostei muito do resultado. Estava muito animado, ia de seguida a uma exposição, e uns dias mais tarde acenou-me ao longe da sua mesa no jantar de apoio ao António Costa na FIL.
O Eduardo criou amores e ódios entre os intelectuais mas não deixou nenhum indiferente.
A sua relação de amizade com a família Cavaco em pleno cavaquismo, com serões em S. Bento, deu muito que falar, agora estava mais próximo dos socialistas.
Num meio onde os pensadores de voz própria são cada vez menos, o desaparecimento do Eduardo é uma grande perda e uma grande tristeza.
Nota muito positiva para este post. Quem o leu nos jornais ou em livro mesmo discordando das suas posições políticas e públicas sempre com ele se divertiu e aprendeu alguma coisa.
ResponderEliminarSem mestrado.
velho é favor...estás mesmo a ficar jurássico mas o post está muito bem. Será a história do Vinho do Porto a vir ao de cima ?
ResponderEliminarnão erraria se dissesse que o 2º comment é feminino.
ResponderEliminaré tão engraçado como a escrita tb tem sexo.
eu tb sou "gaja".
Ora aqui estamos em pleno desacordo. Glórias da pluralidade democrática e intelectual :-)
ResponderEliminarhttp://asvicentinasdebraganza.blogspot.com/2007/08/ps-epitfio-de-eduardo-prado-coelho.html#links
pézinhos olha que os poetas são uns fingidores ... e se há escrita feminina é quando discorrem sobre soutiens ahahahahahaah
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