O preto e branco é sempre magnífico. Tem cor e tem vida. Apesar dos eléctricos estarem parados e ser à noite. Ou, se calhar, por isso mesmo.
E tem a melancolia que tantas vezes nos faz falta para nos fazer companhia, onde nos evadimos a pensar sobre tanta coisa que, afinal, não estão esquecidas.
Por onde tanto anos vagueei de eléctrico. À noite, quando Lisboa era linda e tinha muita luz. Hoje é triste e escura, com centros comerciais absurdos. Onde as pessoas se escondem na multidão. Procurando uma meia sopa por um euro e uns cêntimos.
Sinto a nostalgia da Graça, do Bairro Alto, da Calçada de São Vicente, do Sodré, do cheiro africano da Praça da Figueira e do Rossio.
E do Metro onde tantas vezes me perdia. Me deixava perder. Sem saber que rumo levar, enchendo o tempo que demorava a chegar. Com a ânsia de, contraditoriamente, querer voltar para o meu “Alentejo” onde agora escrevo.
E sinto a tristeza dos que acordam nas camas de papelão, que se sentam nas traseiras dos restaurantes e das tascas, na espera das suas refeições servidas nos contentores do lixo.
Sinto Lisboa... E sinto uma azia enorme por estes políticos que nos governam.
esta foto era quando ele andava a pé...de trotinete enfim tinmha tempo para olhar...agora a 150 km/h de range BMW Ferrari Harley Ricoh Digital são fotos apressadas de estúdio ou posadas algumas desfocadas..........
Não tenho Ferrari, nem Harley e o Range não é um V8 é uma daquelas camionetas com carroçaria de jeep de rico mas alma de trator. Um motor diesel naquilo é um atentado à tradição inglesa. Ainda por cima gripam, não andam puto e tenho sempre que andar a ver o óleo e a água, sendo o motor novo.
Na altura endava de mota BMW e o meu carro do dia a dia era um MGB-GT lindo ! Portanto não sejam preconceituosos: o Rosselini andava de Ferrari e o grande fotógrafo David Douglas Duncan ia visitar o Picasso no Sul de França num Mercedes 300 SEL, aqueles que abrem as portas como asas e custavam uma verdaeira fortuna na época. Não sejamos miserabilistas
O preto e branco é sempre magnífico. Tem cor e tem vida. Apesar dos eléctricos estarem parados e ser à noite. Ou, se calhar, por isso mesmo.
ResponderEliminarE tem a melancolia que tantas vezes nos faz falta para nos fazer companhia, onde nos evadimos a pensar sobre tanta coisa que, afinal, não estão esquecidas.
Por onde tanto anos vagueei de eléctrico. À noite, quando Lisboa era linda e tinha muita luz. Hoje é triste e escura, com centros comerciais absurdos. Onde as pessoas se escondem na multidão. Procurando uma meia sopa por um euro e uns cêntimos.
Sinto a nostalgia da Graça, do Bairro Alto, da Calçada de São Vicente, do Sodré, do cheiro africano da Praça da Figueira e do Rossio.
E do Metro onde tantas vezes me perdia. Me deixava perder. Sem saber que rumo levar, enchendo o tempo que demorava a chegar. Com a ânsia de, contraditoriamente, querer voltar para o meu “Alentejo” onde agora escrevo.
E sinto a tristeza dos que acordam nas camas de papelão, que se sentam nas traseiras dos restaurantes e das tascas, na espera das suas refeições servidas nos contentores do lixo.
Sinto Lisboa...
E sinto uma azia enorme por estes políticos que nos governam.
JS: voçê tem alma e faz falta aqui no Fatal. Obrigado
ResponderEliminarLC
Sabe, Luíz... Também existem "bófias" com "alma".
ResponderEliminarE não se esqueça que continuo à espera do boné que lhe pedi.
deixem-se lá de lamechiches queremos o ´fotógrafo a mostrar fotos ...é para isso que tem as máquinas os cartões os filmes o talento etc.
ResponderEliminaresta foto era quando ele andava a pé...de trotinete enfim tinmha tempo para olhar...agora a 150 km/h
ResponderEliminarde range BMW Ferrari Harley Ricoh Digital são fotos apressadas de estúdio ou posadas algumas desfocadas..........
O Luiz Carvalho (ou Luís Carvalho, vendo melhor...) que eu aprecio.
ResponderEliminarpf
Não tenho Ferrari, nem Harley e o Range não é um V8 é uma daquelas camionetas com carroçaria de jeep de rico mas alma de trator. Um motor diesel naquilo é um atentado à tradição inglesa. Ainda por cima gripam, não andam puto e tenho sempre que andar a ver o óleo e a água, sendo o motor novo.
ResponderEliminarNa altura endava de mota BMW e o meu carro do dia a dia era um MGB-GT lindo ! Portanto não sejam preconceituosos: o Rosselini andava de Ferrari e o grande fotógrafo David Douglas Duncan ia visitar o Picasso no Sul de França num Mercedes 300 SEL, aqueles que abrem as portas como asas e custavam uma verdaeira fortuna na época.
Não sejamos miserabilistas