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Podia disparar ao foco de mar,
apenas porque o frio desenhava o azul.
Voltaria depois da madrugada,
da geada e da canção, com maçãs de amar.
Encartado na doce voz de quem pariu sem prazo
e voltou num som fundo e cavo.
Chorando, chorando, como na canção, na fita curta.
Abandono sórdido e total,
na pérfida cantiga de embalar com cães danados ao acordar.
Havia uma negra de poema aberto,
como tudo o que acaba numa fraga.
Judite Cascais
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