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domingo, dezembro 10, 2006

Portugueses querem Salazar na RTP

Foto de Rosa Casaco

A RTP desmente mas parece que Salazar foi dos mais votados para figurar na lista dos 100 mais portugueses de sempre.
Esta é uma verdadeira batata quente que a administração da RTP tem na mão. É o que faz ter complexos de esquerda e querer agradar a gregos e troianos...

Salazar parece estar na moda.
A sua figura cria uma misteriosa curiosidade nos portugueses. Em tempo de crise não há nada como voltar aos valores do passado e àqueles que nos seguram a memória. O sucesso que está a ter o livro de Fernando Dacosta será também sintomático dessa curiosidade.

E com um primeiro ministro cinzento, solitário e austero, os portugas revivem o passado em S. Bento e sonham com paz e tranquilidade.
Um país de sonho perturbado pelos apitos dourados...

9 comentários:

  1. Do meu ponto de vista, sempre defendi que Salazar não era uma causa, mas uma consequência. Os Portugueses não eram assim, por causa de Salazar, Salazar é que se comportou assim, por ter por detrás os Portugueses que tinha. E a História repete-se: só um povo de desgraçados suporta, em simultâneo, coisas com o nome de Sócrates e Cavaco.

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  2. Não teria dito melhor :-))

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  3. Um Primeiro-Ministro cinzento, solitário e austero?

    Quem? O Sócrates? O cinzento aceito... o resto... enfim.

    Que auteridade e solidão tem um duche?

    Quanto a Salazar, se a RTP tivesse colocado o nome dele na lista inicial, certamente não se fazia o barulho que se fez à volta da figura do ditador.

    Quer queiramos, quer não, Salazar é uma figura da História de Portugal. Eu, que nada lhe devo e nada lhe admiro, acho que o lugar dele pertence apenas à História. Tem o seu lugar, ao lado de tantos outros que também perseguiram e mataram (Marquês de Pombal, por exemplo) e nem por isso deixam de figurar nos manuais das escolas e de ter estátuas, praças, ruas e avenidas que ostentam os seus nomes.

    Não, não quero nenhuma estátua para Salazar. Só quero o normal: um lugar na História.

    Pela minha parte, se tivesse que indicar 100 nomes de grandes portugueses, seria com grande facilidade que preencheria a lista sem ter de nela incluir o nome de Salazar. Mesmo uma lista de 200 ou 400 pessoas seria fácil de preencher sem o nome de Salazar.

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  4. Ehehehe, o Homem está de volta ... chupem-no.

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  5. Peço desculpa, Luís Carvalho: diz que a RTP "desmente" que o Salazar seja um dos mais votados no concurso Grandes Portugueses. Desde quando é que a RTP o desmente? Quem da RTP é que desmentiu? Tentei há duas semanas que a RTP me confirmasse essa informação e não confirmou, mas também não desmentiu. Se o L.Carvalho diz que desmente, é novidade absoluta e contraria as regras do concurso.

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  6. se ficassem apenas pelas Escolhas de Marcelo nao seria nada mal, mas alguem teve a "brilhante" ideia da Escolha dos 100 mais, agora esta ai o resultado.

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  7. É um assunto complicado, mas Salazar era tudo menos um homem que gostasse de Portugal, porque quem não gosta de portugueses não ama o país.

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  8. Em Salazar foram depositadas todas as frustrações de uma época. Tinha jeito para as incubar, e atirá-las em forma de escarros refrescantes, num Povo de sedenta estupefacção. Nos tempos actuais, onde a baba, mais parece super-cola, não admira que o Povinho de buraco apertadinho gema pela lubrificação salazarenta. É o eterno círculo do violador/violado. Volta Salazar, estás perdoado

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  9. Tenho quase a certeza que se em simultâneo com o programa fizessem uma sondagem, para saber efectivamente a popularidade de Salazar, esta ser-lhe-ia totalmente favorável.
    Infelizmente temos um povo que esquece que Salazar tirou Portugal da verdadeira miséria em que a 1ª República o deixou. Gostaria de saber quantos sabem ou lembram o que foi o milagre português.
    Esperava que não fosse necessário outro regime, mas é por demais evidente que o português até trabalha, tem efectivamente é que ser forçado a isso e por mais que digam ou façam nunca será um destes "pseudo (des)governos" que nos ajudará. a única coisa a que ajudam é a enterrar mais o país, é triste mas é a verdade dos factos.

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