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terça-feira, dezembro 05, 2006

O passado nas mãos numa tarde deprimente


Peguei na caixa llford que o Eduardo Gageiro me passou com algumas fotografias sobre o seu último livro.

Vamos publicar uma entrevista com ele no Expresso, feita pela Ana Soromenho e por mim.

As fotografias são de um relevo de imagem profundo e de um preto e branco poderoso.

Depois o José Ventura regressado de Londres passa-me para a mão a sua Leica M6 que ele usou nas ruas londrinas. Usou T-Max e vai revelar os filmes em casa depois digitalizamos e aquilo dará um portfolio. Uma coisa de malucos !

De súbito caiu-me nas mãos, numa tarde chuvosa, deprimente, entre reuniões e uma sessão especial de fotografia de estúdio, o passado nas mãos através de um objecto: a Leica.


Por vezes não sabemos o que nos faz falta, o que nos traz mais tristes, depois damos conta que arredámos da nossa vida pequenas coisas, caprichos mesmo, que nos acalentavam a alma.

A Leica e o ritual do preto e branco, fazem-nos falta, mesmo que já não fossemos capazes de voltar a trabalhar da maneira antiga.
Só há uma solução: comprar uma M8.

5 comentários:

  1. eu substituiria "leica" por: fotografar projectos em que acreditamos e o ritual a preto e branco.

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  2. E haja dinheiro... não é qualquer um que se pode dar a esse luxo.

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  3. Não creio que uma M8 resolva isso.

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  4. Uma M8 é comoser rico: não traz felicidade mas ajuda

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  5. já vi justificações menos rebuscadas para comprar "things you don't need, but really, really want" :)

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