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segunda-feira, novembro 13, 2006

A memória, os blogues, a liberdade

Passei hoje duas horas de tarde a falar com Sara Meireles sobre o meu percurso de vida como fotojornalista. Foi um mergulho nalgumas memórias. Dou muita importância à memória, apesar de me esquecer de dezenas de coisas do dia a dia. Sou aquilo que se chama um despistado.
Detesto memorizar o que não me interessa e tenho esse karma de viver diáriamente com a obrigação de fixar montes de pormenores que acabam por se revelar fundamentais para gerir aquilo que agora tenho de gerir: uma editoria de fotografia.
Esqueço-me de coisas triviais: do telemóvel em casa, de telefonar á mulher, do aniversário do casamento, do primeiro encontro, por pouco passo em claro por datas emblemáticas.
Não tenho disco duro para tudo e um pouco de ram não era de mais
Pode ser sintoma de génio (!) mas também poderá ser a idade que não perdoa. Estou como os meus carros, usado e com tendência para as avarias irritantes. Desde que não gripe como o motor do Range já não é mau.
Ninguém que aqui vem ao blogue tem de aturar estes desabafos mas é isto que blogar tem de bom: estabelecemos um feeling com os leitores que nos torna dependentes da comunicação.

Hoje já tive quase 200 visitas. Fico feliz pela atenção com que me seguem.
Há quem perca audiência...eu ganho audiência.

Depois de ter descoberto o Pandora a música é outra e da boa.
E de borla! Viva a net, o Google, a blogosfera aqui está como uma das grandes invenções do nosso tempo.

Os velhos do Restelo acham que esta forma de comunicar é menor e põe em causa a liberdade e a responsabilidade. Vêm com a treta da ética, mas a verdade é que tudo isto põe em causa os habituais comentadores. Achavam que só eles podia opinar...afinal há mais quem possa e ganha quem for o melhor.

O Mundo mudou e quem hoje tem menos de trinta anos encara a comunicação de uma maneira mais aberta, democrática e descomplexada.

Isto sim é liberdade de expressão. Não o 25 de Abril com os seus preconceitos consequentes e os seus dogmas ideológicos.

Miguel Sousa Tavares não gosta ? Paciência ! O regime chinês também não e os países àrabes ainda menos.

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