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sexta-feira, outubro 27, 2006

Scuts e RCC (Rápido Como o Carago)

A primeira imagem do TGV socratista com o sistema Mário Linux (RCC, rápido como o carago)
As scuts nasceram para renovarem a decrépita rede rodoviária nacional.
As Ip´s do cavaquismo e de Betoneira do Amaral eram estradas já obsoletas sem segurança activa, sem engenharia para responderem aos novos desafios do desenvolvimento, ao parque automóvel maior e mais rápido.
As scuts eram estradas novas, seguras, com abs, airbag, controle de tracção, controle de estabilidade, àreas de serviço, foram pensadas como as novas estradas.
Nunca foram pensadas como auto-estradas para serem alternativa às nacionais existentes.
A ideia política era tornar o país mais curto em tempo, mais moderno, mais àgil. Artérias de desenvolvimento, crescimento, a verdadeira regionalização já que passava a haver menos distância ao litoral, do interior às grandes cidades.
O dinheiro do Feder, ao que julgo cerca de 60 por cento do custo total, tinha como fundamento a modernização de Portugal.

O governo de Durão Barroso na sua febre neo-liberal achou que pôr a CREL a pagar portagem era a redescoberta da galinha dos ovos de ouro e Santana seguiu o mau exemplo.
Sócrates que na campanha eleitoral tinha prometido não aumentar impostos, nem pôr os portugueses a pagar scuts, mente agora sem vergonha e decide pôr a pagar as scuts.
Alguns troços não têm alternativa nas nacionais, a renegociação com as concessionárias vai ser dura e desfavorável ao Estado e as receitas liquídas depois de esprimidas vão dar uma ninharia ( o custo anual das scuts é agora 1,5 por cento do pib) já que só o sistema para pôr os utentes a pagar vai custar uma nota negra e porventura irá fechar acessos a povoações tornando-as ainda mais marginais.

Uma vergonha.

A Espanha construiu vias rápidas ( exemplo a de Badajoz-Madrid) sem custos para o utilizador. Aliás as auto-estradas pagas em Espanha são aquelas que são alternativas às estradas nacionais ( óptimas!) e que foram constrúidas nos anos 70.

O que é verdade é que estas portagens são mais um imposto sobre os portugueses.
É mais um expediente para os contribuintes continuarem a pagar um Estado gordo, gastador, inibidor do investimento público e privado. Um Estado absurdo, incompetente, caro e desorganizado.

Os portugueses podem continuar nesta letargia.
Não se ralem. Não ponham em causa o engenheiro.
Amanhã Mario Linux vai anunciar pela enésima vez o TGV. Mais uma loucura.
Todos sabemos que o TGV é para países onde as distâncias a vencer têm de ser no minímo de 600 quilómetros. Sócrates quer um Porsche para andar no Bairro Alto. Os tansos pagam.
Sabemos que o TGV não vai criar mais riqueza nem crescimento.
Um país triste. Vamos ter alta velocidade mas as carruagens da linha de Cascais chegam a ficar pelo caminho, desatrelando-se da máquina. Não é o máximo ?

Agora a dor de cabeça de Linux é que o TGV não se vai poder chamar TGV.
Para adaptar a coisa à lngua portuguesa porque não RCC ( Rápido Como o Carago?)

1 comentário:

  1. Não caro Luis,

    Não é preciso irmos por aí, é simples, o CAV (comboio de alta velocidade).

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