Agora à minha frente alunos meus de fotojornalismo da UAL, Universidade Autónoma de Lisboa, respondem a 3 perguntas de um teste.
Uma pergunta inside sobre o conceito de " instante decisivo", a outra sobre a relação entre a técnica fotográfica e a linguagem que ela permite e a última sobre a convergência entre fotojornalismo e internet.
Sinto-me sempre desconfortável em ter de pôr como matéria académica alguns dos assuntos que mais me tocam. Isto é: ter de chumbar um aluno por achar que o instante decisivo do Cartier-Bresson é "aquele momento feliz em que o fotógrafo diparou a máquina e conseguiu uma foto artística" e outras banalidades similares.
Em 30 alunos só um respondeu exemplarmente a esta pergunta apesar de eu ter falado até à exaustão nas aulas deste tema e de ter usado a fotografia da Gare du Nord para servir de exemplo. Não é só na vida profissional que temos de repetir até mais não uma coisa que deveria ser ponto assente para trabalho.
Também acho estranho dar uma generosa nota a um aluno que transformou a fotografia numa coisa acadámica. Mas no fundo fico feliz por poder falar de fotojornalismo e saber da recepção que os alunos têm a uma matéria que eu considero estruturante na aprendizagem do jornalismo.
Nem toda a gente está "talhada" para poder ser fotojornalista.
ResponderEliminar(Acabo de ler o artigo na fotodigital e concordo que é preciso, cada vez mais, fazer fotojornalismo para "surpreender". No entanto também este é um país de contrastes: numa universidade é de "surpreender" que estudantes de fotojornalismo possam responder assim).
Abraço
Não quer partilhar mais essas conversas aqui? Eu esponja... :)
ResponderEliminarE já alguma vez pensou que, a forma como transmite os temas aos seus alunos, poderá estar na origem de em 30 só 1 ter conseguido responder de forma exemplar à pergunta?
ResponderEliminarÉ um exercício que lhe proponho...passar da cadeira do professor para a cadeira do aluno. Talvez no próximo ano esteja a colocar aqui um novo post com resultados mais animadores.
Concordo com o comentário acima. Até porque deveria mesmo fazer sérias melhorias nas suas aulas. Fui seu aluno o ano passado e tenho de admitir que a sua aula era tudo menos criativa, organizada e fundamental para a minha formação enquanto jornalista ou fotojornalista. Por isso não espere respostas inteligentes e/ou criativas quando os ensinamentos transmitidos também não o são. São antes enfadonhos, atabalhoados e apresentados de modo medíocre. Sei que é um bom fotojornalista, bom professor, tenho as minhas dúvidas. No entanto, força para o próximo ano lectivo, há que dar sempre uma segunda oportunidade às pessoas.
ResponderEliminarVoçê pode ter a sua opinião, já agora podia saír do anonimato. Deve ser daqueles calaçeiros que nem às aulas vai e nao consegue estruturar duas ideias (?) seguidas.Fui aluno do prof e sei que o que escreveu é treta.
ResponderEliminarNão o conheço e tão pouco o seu trabalho. Simples factos e nenhum juizo de valor. Também fui Professor na Universidade ( Clássica Direito) e compreendo a sua insatisfação mas sempre considerei que o grande "culpado" das falhas dos alunos era EU. Se tivesse conseguido ser umpouco melhor no meu contacto com o aluno por certo ela teria compreendido o que eu pretendia dizer. Deixe que lhe digo que Hockney está entre os meus "idolos" ( não consigo encontra outra palavra e esta é horivel). Só há comunicaçáo quando o auditor consegue ouvir e para isso é necessário que saibamos falar,construir, dizer, ilustrar. Hockney faz isso faz a sua pintura falar e transmitir
ResponderEliminarBela de se passar por outro aluno. Acha que alguém com 22 anos utiliza palavras como: calaçeiros? (só se tiver mal do juízo!)
ResponderEliminarNão saiu do anonimato porque tenho direito a ele.Fui a todas as suas aulas.
Não sou o único a achar isto. Pergunte aos seus alunos do último ano e dos anos anteriores.
Além do mais, deve saber verdadeiramente se é ou não bom professor.
Aliás, o resultado de uma aula em que "fomos para a rua" tirar fotografias para que o professor depois nos pudesse mostrar exemplos do bom fotojornalismo que sabe fazer, foram surpreendemente maus. Não havia diferença entre as suas e as nossas fotografias.
Apenas o seu ego grandioso, convencido que faz trabalhos maravilhosos.
Quanto a mim, antes de dar aulas numa universidade, deveria considerar um aprofundamento da sua expressão portuguesa: ou esta não é uma questão onde costuma insidir nas suas tertúlias acadámicas?
ResponderEliminarCumprimentos,
um jornalista anónimo com muito medo de represálias