Sócrates está de visita ao Brasil.
António Costa, que o substitui, vai hoje fazer aprovar a nova lei sobre imigração.
É uma coincidência? Não. É uma manobra engraxatória bem ao nosso estilo portuga. Duvido que o contrário pudesse acontecer.
Portugal tem permitido a imigração brasileira com uma tolerância desmedida ao ponto de a segurança do espaço Shenger já ter sido questionada pelos parceiros europeus.
Se com a lei que temos a invasão de brasileiros já era o que era o que fará agora!...
Nada tenho contra os irmãos brasileiros. Adoro o Brasil, a cultura, o país, tudo. Aliás o meu sonho é poder-me reformar e ir viver para debaixo de um coqueiro, apesar de já ter achado isso mais provável.
Assisti há 20 anos à chegada dos primeiros brasileiros a Portugal, nesta fase de grande redescoberta, e fiquei muito surpreendido com a qualidade das pessoas que então conheci.
Uma delas criou por cá uma empresa de marketing e cheguei a trabalhar com ela.
A Sílvia Lakeland era de uma competência notável e eu não estava habituado a trabalhar com aquele rigor profissional.
Aprendi muito, assim como com outros brasileiros, e algumas brasileiras ligadas à moda também me marcaram positivamente.
Aliás, o meu Director de Arte, o Marco, é um carioca com sotaque do Norte (!) o que só reforça o prazer que é trabalhar com ele.
A vinda de gente boa de outras culturas só pode contribuir para o nosso desenvolvimento e para o refrescar da sociedade portuguesa, infelizmente ainda demasiado cinzenta e fechada sobre si própria.
Ainda gostava de referir o contributo de Paula Lee para o entrusamento Brasil-Portugal.
O que irrita é que José Sócrates quando agora vai em visita de Estado a um país "irmão"dá sempre um ar de graxa. Já o fez em Angola, agora no Brasil repete.
Esperemos que ao menos nos poupe a mais uma sessão de correria no calçadão do Rio.
Mas já nada me admira. Quando está em jogo o marketing Sócrates parece que aprendeu com os brasileiros, o que só mostra inteligência.
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